Belo Horizonte, 8 de outubro de 2023
🥵 21° – 33° – Sensação térmica: cozinhando por dentro
8 de outubro é aniversário da Karin, essa linda com quem a gente faz a revolução todos os dias. Também é aniversário da Lala, minha sobrinha mais fofa. É dia de Santa Taís. É o Dia do Nordestino. Neste dia, em 1967 Che Guevara foi capturado na Bolívia. Em 1970 Aleksandr Solzhenitsyn ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, e embora não pareça, os dois eventos estão conectados. Em 1998 José Saramago foi o primeiro autor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. E em 2023 tem gente reclamando que ele não pontua os textos. Em 1971 John Lennon lança o single “Imagine”. Em 2004 a queniana Wangari Maathai foi a primeira mulher africana a receber o Prêmio Nobel da Paz. Em 2014 foi Svetlana Aleksiévitch que ganhou o Nobel de literatura. Em 1863 nascia o incrível Catulo da Paixão Cearense, em 1895 Juan Domingo Perón, em 1949 Sigourney Weaver, em 1947 Gulherme Karan, em 1970 estreou o adorável Matt Damon. E em 1985 chegou Bruno Mars. Em 2018, por causa daquelas pessoas seguidoras da pior escória perdemos Moa do Katendê.
“Sede sóbrios e vigilantes; o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar.” 1Pedro 5:8 |
A paz das coisas selvagens
Quando o desespero pelo mundo
cresce em mim
e eu acordo no meio da noite
ao menor ruído
com medo do que possa ser da minha vida
e dos meus filhos,
Eu saio e vou descansar na água
onde repousa sua beleza o pato selvagem
e se alimenta a garça-real.
Eu mergulho na paz das coisas selvagens
que não sobrecarregam
a vida com premeditações de tristeza.
Eu me coloco
na presença da água parada.
E sinto acima de mim
as estrelas cegas do dia
esperando com sua luz.
Por um instante
participo da graça do mundo
e sou livre.
♣️
Wendell Berry
Na véspera de sua captura, que aconteceu num 8 de outubro, Che Guevara escreveu em seu diário:
Cumpriram-se os 11 meses da nossa inauguração guerrilheira sem complicações, bucolicamente; até as 12:30 horas, em que uma velha pastoreando seu rebanho de cabras entrou na garganta onde havíamos acampado e foi preciso enxotá-la. A mulher não deu qualquer notícia fidedigna sobre os soldados, respondendo a tudo que não sabe, que faz muito tempo que não passa por ali. Só deu informação sobre os caminhos; do resultado das suas explicações deduzimos que estamos, aproximadamente, a uma légua de Higueras e outra de Jaguey, e a duas léguas de Pucará. As 7:30, Inti, Aniceto e Pablito foram, a casa da velha que tem uma filha com paralisia e outra meio anã. Deram-se 50 pesos com o compromisso de que não fosse falar nem uma só palavra, mas com poucas esperanças de que o respeite, apesar das promessas. Saímos os 17 com pouca lua e a marcha foi muito exaustiva; deixamos muitos rastros na garganta onde estávamos, que não tem casas próximas, mas sementeiras de batatas, regadas por calhas do mesmo regato. As 2, paramos para descansar, pois era inútil seguir para a frente. El Chino converte-se numa verdadeira carga quando e preciso caminhar de noite. O Exército deu uma estranha informação sobre a presença de 250 homens em Serrano para impedir a passagem dos sitiados, em número de 37, indicando como zona do nosso refúgio a que fica entre o Rio Acero e o Oro. A notícia parece diversionista
H 2.000 m.
A página manuscrita. A página do dia seguinte
Che Guevara – O Diário – LeBooks Editora
A luta mais vã
Essa semana traz o Cinco de Paus. Primordialmente, esta carta significa conflitos, lutas, competições. Para o nosso caminho aqui, a aparição deste arcano indica que precisamos colocar a atenção em nossas lutas internas. Especialmente naqueles conflitos que nos machucam há tanto tempo. É claro que não podemos dar conta de todos os conflitos ao mesmo tempo. Mas quase todos nós temos um conflito assim, de estimação. Algo que nos atormenta e não vai embora. Que às vezes a gente até alimenta. É aquele assunto em que sabemos ou desconfiamos de que somos nossos principais adversários. Um tópico que nos tira a paz interna e pode ser até que nos acorde à noite. Qual é o seu conflito interno mais renitente? Qual é luta interior que você trava e sabe que é consigo mesmo?
Esse é o assunto da semana. Algo desta luta interna vai aparecer e você vai ser tentado a repensar sua paz interior, sua zona de conforto (de onde não queremos que você saia; se for lutar com demônios internos é melhor estar aconchegado). O que esperamos é que uma dose de sabedoria interna apareça para ajudar. Não é possível vencer todas as nossas lutas internas. Permanecer ao menos com a luta interior de nos transformarmos em pessoas melhores é bastante aconselhável, e oxalá seja essa sua luta mais complicada. Se for, você é dos que têm muita sorte, ou fez um trabalho magnífico durante sua existência.
O que o Cinco de Paus evoca, mesmo que de forma derivada, é o confronto com nossos demônios interiores. Ele fala da hora em que eles saem faceiros e sorridentes de suas gaiolas e voltam para atrapalhar nossa paz. É o confronto com aquilo que nos divide. A etimologia da palavra diabo remete mesmo à divisão, desunião. É o momento em que nos sentimos divididos por dentro, desunidos de nós mesmos. Estamos no deserto, o lugar em que sucumbimos às tentações, mas ao mesmo tempo o lugar onde a voz divina ecoa mais alto.
Não é muito complicado receber o Cinco de Paus, ele não vem com nenhuma mensagem de luto ou de perda, apenas sinaliza que os nossos demônios interiores vão se mexer. E que cabe neste momento, olhar para a cara deles e realizar aquela cena cada vez mais clichê de convidar os demônios para tomar chá. Os demônios gostam de chá e ficam mansinhos se os convidamos.
E como sempre, o tarô convida a um exame de si, ao autoconhecimento; melhorando a nós mesmos, o mundo melhora em consequência.
Acontece que atualmente vivemos em uma sociedade que rechaça o negativo, em todas as suas faces. Por isso tendemos a fazer o mesmo com nossas partes sombrias, e escondemos nossos conflitos. Isso desemboca em um desconhecimento de partes inteiras de nós, até mesmo do que nos move. Fernando Pessoa reflete sobre isso nesse belíssimo fragmento de poema:
Para onde vai a minha vida, e quem a leva?
Por que faço eu sempre o que não queria?
Que destino contínuo se passa em mim na treva?
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?
O Cinco de Paus nos fala que a luta interior com nossos demônios não é tão impossível assim de ser vencida. Ele chega para lembrar que muitas vezes somos nossos piores adversários. E que é possível deixar de ser, mesmo que não seja fácil. É preciso olhar para o abismo onde estão escondidos esses demônios. Se entendermos isso, ficamos mais perto de encontrar uma certa paz interior, que de um modo avesso, também é o tema do Cinco de Paus. Este arcano aterrissa para lembrar que não há nada a temer, senão o correr da luta.
Boa semana, e caprichem no chá.
Cinco de PausA carta de tarô 5 de paus representa uma luta, um conflito interno que pode estar presente em nossas vidas. A carta mostra cinco paus emaranhados, que parecem estar lutando uns contra os outros.Em geral, a carta 5 de paus sugere uma situação de competição, conflito ou desafio. Ela pode indicar que estamos enfrentando uma batalha interna, lutando contra nossos próprios medos, inseguranças ou limitações. Em alguns casos, a carta pode indicar uma situação de competição ou conflito externo, como uma disputa no trabalho, em casa ou em relacionamentos. Nesses casos, a carta sugere que precisamos encontrar uma maneira de lidar com a situação de forma construtiva e pacífica. Por outro lado, a carta 5 de paus também pode ser vista como um convite para enfrentar nossas inseguranças e conflitos. Ela nos lembra que muitas vezes somos nossos maiores inimigos e que precisamos aprender a nos superar para alcançar nossos objetivos. A carta também pode indicar um momento de transição ou mudança em nossas vidas e sugere que precisamos estar preparados para enfrentar os desafios que virão e que devemos estar dispostos a lutar por aquilo que acreditamos. Esse arcano é associado à mudança, à instabilidade e à liberdade. Sugere que precisamos estar abertos a novas experiências e dispostos a seguir adiante, apesar dos conflitos. Ela também é um alerta para não perdermos o foco de nossos objetivos, embora a competição e o conflito possam ser inevitáveis em algumas situações, devemos sempre manter nossos olhos no objetivo final e não nos deixarmos distrair pelos obstáculos ao longo do caminho. Essa carta também tem um lado positivo. Ela pode significar que você está se desafiando, você tem coragem, determinação e criatividade para superar as dificuldades e alcançar seus objetivos. É importante também saber escolher suas batalhas. Nem todo conflito vale a pena ser travado. Às vezes, é melhor ceder, negociar ou cooperar do que insistir em uma posição que pode gerar mais desgaste, hostilidade ou inimizade. Você deve avaliar se o que está em jogo é realmente importante e se vale a pena o esforço. O 5 de paus também pode sugerir que você precisa ter mais equilíbrio e harmonia na sua vida. Talvez você esteja se envolvendo em muitas atividades, projetos ou compromissos e isso esteja gerando estresse, ansiedade ou conflitos internos. Você pode precisar priorizar o que é essencial, delegar o que é possível e descartar o que é desnecessário. Ela te mostra que você tem potencial para superar obstáculos, mas que você também precisa cuidar do seu bem-estar. |
Um texto para o chá das cinco
A meditação que vou descrever a seguir baseia-se numa história de Fiodor Dostoievski. […]
A história diz respeito a um homem casado, que morava em Moscou e que era um negociante bem-sucedido. Certo dia, quando já estava na meia-idade, ele começou a ser perseguido por um demônio. Este tinha patas, chifres e os habituais complementos, mas apenas Ivan conseguia vê-lo ou ouvi-lo. O demônio sussurrava o tempo todo no ouvido de Ivan que ele devia desconfiar de todos os que o cercavam. Ele dizia coisas como: “Não confie neste homem.” “Tome cuidado com aquele; ele vai passá-lo para trás.” “Não acredite naquela pessoa; ela o odeia”, e assim por diante. Quanto mais zangado Ivan ficava com o demônio, maior este se tornava e mais alto Ivan ouvia a voz dele. À medida que Ivan desconfiava cada vez mais dos outros, seus relacionamentos pioravam a olhos vistos. Sua mulher acabou indo embora com as crianças e o seu negócio foi ficando cada vez menos lucrativo.
Finalmente, seu negócio estava prestes a ir à falência e ele só tinha uma oportunidade de se recuperar e de recomeçar tudo. A chance seria numa reunião com alguns de seus antigos clientes. Ivan dirigiu-se ao escritório, no centro da cidade, determinado a pelo menos uma vez reagir a essas pessoas com a confiança que elas mereciam depois de longos anos de amizade e de trabalho conjunto. Ele jurou para si mesmo que desta feita não sucumbiria à suspeita e à paranoia. No entanto, o demônio o seguiu, sussurrando constantemente em seu ouvido, e ele deu consigo tão desconfiado de seus antigos clientes e das intenções deles, que desperdiçou a última oportunidade que tinha de salvar seu negócio. Seus clientes partiram enraivecidos e ele acabou arruinado.
Ivan voltou para casa desesperado, pensando que o suicídio era a única saída. O demônio o seguia de perto. Quando chegaram à porta da sua casa, Ivan teve uma ideia. Voltou-se para o demônio e o convidou para tomar chá. O demônio pareceu surpreso, mas aceitou. Ivan disse à criada que pusesse a mesa para dois. Ela, ao vê-lo sozinho, achou que ele tinha ficado maluco, mas fez como o patrão lhe ordenara. Ivan serviu chá ao demônio e conversou com ele como o faria com uma pessoa. O demônio começou a ficar cada vez mais transparente e a voz dele cada vez mais fraca.
Ivan, é claro, não conseguiu se desfazer do demônio tão facilmente – ele ficaria com ele durante muito tempo. Mas aprendera uma nova maneira de reagir ao demônio e de diminuir o controle que este exercia sobre ele.
Lawrence LeShan – Meditação e a conquista da saúde – Editora Pensamento
Galvão Bertazzi
Quem te acompanha nas trincheirasOs temas do tarô são muito arquetípicos, em quase todas as cartas. Por isso, em geral sobejam obras que ajudam a entender as partes do caminho em que estamos. Com o tema do Cinco de Paus não é diferente, a luta com os demônios interiores engendrou um sem número de obras culturais. Como sempre e necessariamente, o recorte que faço é muito pessoal e na maior parte das vezes nem sei dizer de que meandros internos essas obras vieram. Mas ei-las 🙂 , espero que gostem. |
Livro
O Velho e o Mar Ernest Hemingway. Tradução: Fernando de Castro Ferro. É a primeira obra da cultura de que eu me lembro quando lido com o cinco de paus. Além de ser um livro sensacional, é o retrato muito comovente de alguém lutando com seus próprios demônios, de maneira mental e física. A trajetória da pesca de Santiago é um triunfo sobre os demônios que nos habitam. Esse é um livro magistral, literatura deleite. Leiam sem titubear. O filme também é muito bom, muito bom mesmo, recomendo sem medo.
Contada em sua famosa prosa poderosa e minimalista, esta história de coragem e triunfo pessoal é até hoje uma das obras mais duradouras de Ernest Hemingway. O último romance de Ernest Hemingway publicado em vida, O velho e o mar se imortalizou na literatura norte-americana. Escrito em 1952, O velho e o mar venceu o Prêmio Pulitzer de Ficção e foi fator decisivo para a premiação de Hemingway com o Nobel de Literatura em 1954. Ao lado de contemporâneos como F. Scott Fitzgerald e John Steinbeck, Ernest Hemingway foi um dos escritores mais importantes da chamada “Geração Perdida” e inspirou as gerações subsequentes de escritores americanos.
O Velho e o Mar é uma obra-prima da literatura mundial, e é uma história emocionante e comovente sobre um velho pescador cubano e sua batalha épica com um gigantesco peixe. A história começa com o velho Santiago, um pescador experiente e solitário que não consegue pegar um peixe há 84 dias. Mesmo assim, Santiago não desiste de sua paixão pela pesca e decide sair sozinho em busca de um grande peixe. Após uma longa espera, Santiago finalmente consegue fisgar um enorme peixe-espada. Começa então uma batalha épica, na qual o velho pescador luta contra o peixe por três dias e três noites. Durante a luta, Santiago é testado física e mentalmente, mas sua determinação e coragem nunca falham.
Ao final da batalha, Santiago consegue matar o peixe-espada e amarrá-lo ao barco. No entanto, seu triunfo é amargo, pois o peixe é devorado por tubarões antes que ele possa chegar à costa. O velho pescador retorna à aldeia exausto e derrotado, mas ainda assim orgulhoso de sua luta. O livro é uma meditação sobre a vida e a morte, sobre a solidão e a amizade, sobre a natureza implacável e a força do espírito humano.
Filme
Clube da Luta – David Fincher – 1999 – Adoro! Talvez não seja tão adequado para os nossos anos 20, mas eu acredito no poder de uma boa história, e acho é o caso aqui. Temos claramente um protagonista que luta até o fim com seus demônios e talvez vença, talvez não. Filme bom de ver, instigante e daqueles que hipnotizam e ficam ecoando na cabeça por muito tempo depois que acaba.
Clube da Luta, dirigido por David Fincher e lançado em 1999 é baseado no livro homônimo de Chuck Palahniuk; O filme conta a história de um homem desiludido com sua vida, que encontra em um clube da luta uma forma de escapar da monotonia e da falta de sentido. O protagonista, interpretado por Edward Norton, é um homem comum, com um emprego medíocre e uma vida sem graça. Ele sofre de insônia e encontra na participação em grupos de apoio para doentes terminais uma forma de se sentir vivo. É nesse contexto que ele conhece Marla Singer, personagem vivida por Helena Bonham Carter, que também frequenta os grupos de apoio sem ter nenhuma doença terminal. A vida do protagonista muda radicalmente quando ele conhece Tyler Durden, interpretado por Brad Pitt, um homem carismático e enigmático que o convida para participar do clube da luta. Esse clube é um grupo clandestino que se reúne para lutar uns contra os outros, sem regras ou limites. Através das lutas, o protagonista encontra uma forma de extravasar sua raiva e frustração com a vida. No entanto, a participação no clube da luta não é suficiente para satisfazer o protagonista. Ele começa a seguir os ensinamentos de Tyler Durden, que prega a destruição do sistema e a libertação do indivíduo da opressão da sociedade moderna. Juntos, eles fundam uma organização que tem como objetivo realizar atos de vandalismo e sabotagem em nome da liberdade individual. A violência é um elemento central no filme, tanto nas lutas do clube da luta quanto nas ações do Projeto. No entanto, essa violência não é gratuita. Ela é uma forma de libertação do indivíduo da opressão da sociedade. O filme questiona se a violência é realmente necessária para alcançar a liberdade individual ou se ela apenas perpetua a opressão.
Série
O Urso – 2022 – Christophe Storer. É uma série em que todos os personagens estão nesse momento da vida – o de lutar arduamente contra os demônios interiores. O resultado é uma série não tão clichê assim e bem gostosa de assistir. Poucos episódios, trama interessante, ótimas atuações. É um bom entretenimento e dá pra ver o cinco de paus em ação o tempo todo.
Na série de comédia dramática The Bear, Carmen Berzatto (Jeremy Allen White) é um jovem chef que herda um restaurante e tenta transformar o lugar em um grande negócio. No entanto, Carmy enfrenta várias dificuldades e busca ajuda nos diversos funcionários para tentar melhorar e transformar o The Beef em um dos maiores e melhores restaurantes de Chicago. A trama explora como cada personagem lida com suas vidas pessoais enquanto tentam alavancar suas carreiras na indústria alimentícia. Além das ambições profissionais e a rotina estressante do restaurante, a relação de Carmy com a família é cheia de tensão, especialmente depois do suicído do irmão que impactou a todos. A produção discute comida, família e a rotina insana dos restaurantes. Carmy batalha para elevar seu estabelecimento e a si mesmo ao lado da equipe de cozinha carrancuda que aos poucos se transforma em uma nova família.
Documentário
Marina Abramovic – A artista está presente – 2012 – Matthew Akers. Desde que eu vi esse documentário pela primeira vez me pareceu que Marina é o tipo de pessoa que faz arte dos seus demônios internos, e por isso tem tanta beleza, tanta força e magnetismo em suas obras. Essa performance, em especial, parece ter saído diretamente do confronto dela com seu interior, que sempre grita: arte. Recomendo demais, essa é uma artista que vale muito à pena conhecer.
O documentário “Marina Abramovic: A Artista Está Presente” é uma obra cinematográfica que retrata a vida e a obra da artista performática Marina Abramovic. Dirigido por Matthew Akers e Jeff Dupre, o filme foi lançado em 2012 e se tornou um marco na história do cinema documental. Marina Abramovic é uma artista sérvia, nascida em 1946, que ganhou notoriedade mundial com suas performances que desafiam os limites do corpo e da mente. Ela é conhecida por suas apresentações que envolvem dor, violência, nudez e interação com o público. O documentário acompanha a preparação de uma grande retrospectiva da artista no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em 2010. A exposição, intitulada “The Artist is Present”, consistia em uma performance na qual Marina ficava sentada em uma cadeira por horas, recebendo a visita de pessoas que se sentavam em outra cadeira em frente a ela. A performance durou 736 horas e Marina ficou sentada na cadeira durante todo o período, sem comer ou ir ao banheiro. A exposição atraiu milhares de pessoas e se tornou um dos eventos mais marcantes da história da arte contemporânea. O documentário mostra não só a preparação da exposição, mas também a trajetória da artista ao longo de sua carreira. O filme apresenta entrevistas com Marina, sua equipe e pessoas que participaram de suas performances ao longo dos anos. Além disso, o documentário aborda temas como a relação entre arte e vida, a importância da presença física na era digital e o papel do artista na sociedade contemporânea. Marina Abramovic é uma artista que desafia os padrões estabelecidos e questiona os limites do que é possível fazer em nome da arte.
Links
O Bhagavad Gita e a Guerra Interior
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“Mire veja: o que é ruim, dentro da gente, a gente perverte sempre por arredar mais de si. Para isso é que o muito se fala?” Guimarães Rosa |
Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.
Ah! Os meus demônios! Sei que são muitos e sinceramente não sei se os odeio, ou se os amo, apenas é evidente que os ignorar não será permitido ! Às vezes me questiono sobre a existência funesta (ou não) de tais criaturas. Sim, claro, tenho uma gama de anjos protetores. Quem sou eu no contexto das batalhas imensuráveis entre essas criaturas. Pobre alma desgarrada que sou! É notório que o poder maligno sempre foi e é muito poderoso e como sou um vivente muito instável sou presa fácil. Quase sempre meus demônios me acenam com possibilidades múltiplas de realizações ou mesmo de felicidade, me impulsionando para situações que não percebo perniciosas. Mas meus anjos da guarda estão alertas, não obstante muitas das vezes ignoro o apelo de meus protetores. Altamente preparados meus demônios me direciona para as coisas ruins, ou negativas. Penso que sou um pouco volúvel em certas questões pois costumo apreciar as coisas com os quais meus ferrenhos inimigos me acenam. A luta é diária e resolver os conflitos não é nada fácil. Tenho certeza de que sou muito amado por Deus e espero que através de seus guardiões eu consiga um dia finalmente caminhar o caminho do bem. Anjos e demônios a postos pois o caminho é longo mas o tempo talvez não seja! Que Deus e seu filho Jesus Cristo esteja sempre em nossos corações.