desligar os controles da nave espacial
Belo Horizonte, 25 de junho de 2023, 🌥️ 13° – 24°, lua nova, estamos no inverno, sob o signo de Câncer.
Luis Fernando Verissimo ♥️
Dia do Imigrante Internacional. Dia Mundial do Vitiligo, condição que me afetou quando eu era jovem e tinha o rosto manchado. Faltam dois dias para o aniversário da Karina. Um dia depois do aniversário da Lu Naves e da Mara. Em 1947 é publicado pela primeira vez o Diário de Anne Frank. Em 1950 começa a Guerra da Coreia; em 1975, Moçambique se livra de ser colônia de Portugal. Em 1991 Croácia e Eslovênia declaram a independência da Iugoslávia. Em 1852 nasce António Gaudi, em 1903 o sensacional George Orwell, em 1924 Sidney Lumet. Em 1952 chega Miguel Sousa Tavares, em 1956, Anthony Bourdain. Em 1984 choramos a passagem de Michel Foucault. Em 1997 morreu Jacques Cousteau, e não foi num submarino improvisado. Em 2000 Wilson Simonal e em 2009, no mesmo dia deixam o mundo Farrah Fawcett e Michael Jackson. Na Guatemala hoje é dia do professor. Espero que eles sejam valorizados por lá.
Dê play, tem só um minuto, é um story de Instagram*
Um dia depois de 25 de junho de 1994, escreveu Maria Gabriela Llansol em seu diário:
—— vi hoje o medo numa andorinha: prefiro vê-lo em mim própria. Uma andorinha parada, no canto angular da cozinha com o olho vidrado de impotência, não é aspecto da natureza desmunida que eu queira ver.
Mas vi.
E, no espírito do meu corpo, que estava na minha mão e no meu olhar, desenhou-se a figura do monstro da metanoite,
aquático, viscoso,
que habita nos confins da terra.
e vem ter connosco
para se
salvar no humano,
se houver humanos que assim queiram. E, se houver, haverá medo, linguagem, beleza e pensamento.
A trilogia do belo, do pensamento e do vivo que esconde um medonho em si. Esta cozinha, toda janelas, pode precipitar em formas monstruosas, no meu espírito —— andorinhas desprevenidas. Foi-me dado o dom, no entanto, de avançar para os monstros de mãos nuas. Disse-lhe, pegando nela com a repugnância já transformada em preensão:
– Vai querida andorinha.
E, por um golpe de voo ou de mágica que ocorre, sob o olhar ascendente, em todas as espécies, a andorinha retomou o seu corpo alado, volteou na imagem do Príncipe Feliz, de Óscar Wilde, e levou consigo o medo profundo de perder a identidade que se apoderara de mim pela manhã.
Maria Gabriela Llansol – Inquérito às Quatro Confidências – Ed. Autêntica
e todas as tardes
subo e desço
esta avenida
e posso garantir
que também este caminho
é feito das mesmas pedras
e do mesmo céu
♣️
Inês Francisco Jacob
Oráculo da Semana
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A carta Seis de Paus do Tarô é uma das cartas mais positivas do baralho, e tradicionalmente representa vitória, sucesso, realização pessoal. Esta carta é frequentemente associada a celebrações e reconhecimento público, indicando que o consulente está alcançando seus objetivos e sendo reconhecido por isso. É carta que traz a coroa de louros. Mas também é a carta que tem o rei na barriga. A carta daquela secreta (ou nem tanto) satisfação consigo mesmo. Mas não exatamente uma satisfação inocente, só de alegria por ter conseguido um objetivo. O lado desta carta que vamos explorar hoje é o daquela sensação de muita importância pessoal. É sobre aqueles momentos em que achamos que somos grandes pessoas, grandes coisas e bem melhores que os outros. Ou aquela corrida para sermos melhores e mais importantes que o resto do mundo.
Ela fala dos momentos em que isto aparece na nossa ação. Nenhum de nós escapa de se sentir ou de agir assim. Algumas pessoas mais, outras menos. Esta é uma das várias facetas do Seis de Paus, e por isso ele é também, uma carta sobre a auto importância. Lá no fundo sabemos todos que nossa importância é sempre muito relativa (minha lua em Leão chora :)). Mas às vezes gostaríamos que não fosse, gostaríamos de ser mais importantes do que sabemos. Queremos reconhecimento, sempre. E isto é normal e muito humano. Ruim é sempre o excesso, sabemos disso também.
O convite que este arcano nos faz é para que, nesta semana, contemplemos a nossa pequenez, a nossa insignificância, especialmente perante o cosmos e perante o tempo. Que por um momento a gente observe a vastidão do universo e entenda toda nossa desimportância.
Mas qual o motivo disso, Seis de Paus? Não é pela humildade, isso é assunto de outros arcanos. É porque ter noção da nossa insignificância nos liberta. Porque entender como somos pequenos nos torna mais gratos, e nos dá mais urgência de ver a beleza de tudo, pois um dia, muito breve, não seremos mais. Mesmo que já não sejamos muito.
Esse tema me faz lembrar dos ensinamentos do nagualismo de Carlos Castaneda. Ele mostrava nos seus livros, (meus companheiros de juventude), que um dos principais temas da filosofia tolteca era a urgência de se abrir mão da importância pessoal. Castaneda escreveu sobre isso através de seu personagem, Don Juan, um índio que ele teria conhecido quando foi fazer trabalho antropológico de campo no México. Um dos conceitos centrais dos ensinamentos de Don Juan era o abandono da importância pessoal, que ele definia como a capacidade de deixar de se levar tão a sério e de se libertar das amarras das expectativas alheias. Para Don Juan, a importância pessoal era um obstáculo para o verdadeiro poder, para a liberdade e para a felicidade.
A importância pessoal nos faz crer que somos o centro do universo, que nossos problemas são únicos e insuperáveis, que nossas opiniões são as mais válidas e que nossas ações têm consequências definitivas. Essa atitude nos torna vulneráveis ao medo, à culpa, à raiva, ao orgulho, à inveja e à autopiedade. Por isso o Seis de Paus nos exorta a olharmos para o universo nesta semana, para o cosmos. Para a vastidão do universo. Até nos sentirmos o que somos, pequenos e desimportantes em relação à grandeza do mundo, do qual somos apenas ínfimas partículas de poeira. Agora sabemos que isso não é somente uma metáfora, como mostra o vídeo que coloquei no começo do post. Saber que somos pequenos coloca as coisas na sua devida perspectiva. Nos ajuda a entender o que realmente importa.
O universo é lindo, é imenso, misterioso. E quase nunca paramos para pensar nessa vastidão, não é? Vamos pensar sobre esse mistério profundo, olhar para cima, para o espaço entre as estrelas e deixar que essa imensidão nos liberte de sermos tão grandes, tão bons e tão importantes. O universo é tão bonito, tão grande, tão devastador. Não é uma sorte imensa ser parte disso, poder ser? Existe um infinito que não é. A nós foi dada a imensa sorte de ser, e de ser agora.
Teremos vitórias essa semana, mas não deixemos que elas venham junto com um palanque, uma coroa ou um dedo apontado. Que ao contrário, a grandeza, junto com os ganhos possam nos inundar de um sentimento oceânico tão raro, tão único. E depois volta para a Terra, só quem erra tem perdão, volta, homem do espaço e firma teus pés no chão.
Boa semana, poeirinhas.
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A imagem tradicional da carta Seis de Paus mostra um cavaleiro segurando um bastão com uma coroa de louros na ponta. Ele é cercado por uma multidão de pessoas que o aplaudem e o parabenizam, simbolizando o reconhecimento público de suas realizações. O cavaleiro está vestido com uma armadura, indicando que ele trabalhou duro para chegar onde está e que sua vitória foi conquistada através de esforço e dedicação.
Quando a carta Seis de Paus aparece em uma leitura de Tarô, ela pode representar uma série de coisas positivas. Em primeiro lugar, pode indicar que o indivíduo está prestes a alcançar uma grande vitória ou sucesso em sua vida. A carta Seis de Paus também pode representar o reconhecimento público dessas realizações, como receber um prêmio ou ser promovido.Além disso, a carta Seis de Paus pode indicar um aumento na autoconfiança e autoestima do indivíduo. Eles podem se sentir mais seguros em suas habilidades e confiantes em suas decisões. Isso pode ajudá-los a enfrentar desafios com mais facilidade e a tomar medidas para alcançar seus objetivos. Ela indica que o indivíduo está no caminho certo para alcançar seus objetivos e que seu trabalho duro e dedicação serão recompensados. É importante continuar trabalhando duro e permanecer comprometido com seus objetivos para garantir que essa vitória seja alcançada. Mas é sempre sábio não deixar que os sentimentos de auto importância subam à cabeça.
Ler com olhos verdes que piscam no escuroOuvir sua voz à noite pelo telefone, no hotel onde eu fui me esconder para trabalhar, foi como um sonho estranho e bonito. Você parecia mais calorosa e madura. Você sempre será uma grande mulher. Eu tenho muitas coisas para te ensinar agora, caso nos encontremos, sobre a mensagem que me foi transmitida debaixo de um pinheiro na Carolina do Norte em uma noite de inverno enluarada e fria. A mensagem disse que Nada Aconteceu, então não se preocupe. É tudo como um sonho. Tudo é êxtase por dentro. Nós simplesmente não sabemos disso por causa de nossas mentes pensantes. Mas em nossa verdadeira essência bem-aventurada, sabemos que está tudo certo para sempre e sempre e sempre. Feche os olhos, relaxe as mãos e terminações nervosas, pare de respirar por 3 segundos, ouça o silêncio dentro da ilusão do mundo, e você se lembrará da lição que esqueceu, que foi ensinada em imensos caminhos leitosos de nuvens em inumeráveis mundos há muito tempo. É tudo uma coisa vasta e acordada. Eu chamo isso de eternidade dourada. É perfeito. Nunca nascemos realmente, nunca morreremos realmente. Não tem nada a ver com a ideia imaginária de um eu pessoal, outros eus, muitos eus em todos os lugares ou um eu universal. O eu é apenas uma ideia, uma ideia mortal. Aquilo que passa por tudo é uma coisa. É um sonho que já acabou. Eu sei disso porque olhei para as montanhas por meses a fio. Elas nunca mostram qualquer expressão, são como espaço vazio. Você acha que o vazio do espaço vai desmoronar algum dia? As montanhas vão desmoronar, mas o vazio do espaço, que é a essência universal da mente, que também é vasta, vazia e desperta, nunca desmoronará porque nunca nasceu. Trecho de uma suposta carta de Jack Kerouac para sua primeira esposa, Edie Parker. Não encontrei a fonte. Alguns sites mencionam que é o livro The Portable Jack Kerouac, mas não é, essa carta não está neste livro e não encontrei em nenhum outro a que tive acesso. Se alguém souber e puder me contar, agradeço. |
Niquel Náusea♥️
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Livro
Contato – Carl Sagan – Indico porque tem tudo a ver com a pequenez da gente frente ao cosmos. Quando saiu o Seis de Paus, pelo tema eu perguntei ao meu Akio o que ele indicava, ele falou deste livro. Ele é físico, com certeza saberia de algo. E como claramente gosta do Carl Sagan, saiu essa indicação. Pra não indicar sem ler, devorei. E amei, amei muito, indico demais. Leiam, tem várias camadas, fala de muita coisa e leva à muitas reflexões. Minha cabeça ainda tá fritando com algumas questões deste livro.
O livro “Contato” de Carl Sagan é uma obra de ficção científica que aborda temas como a busca por vida extraterrestre, a relação entre ciência e religião e a importância do diálogo intercultural. Publicado em 1985, o livro conta a história da cientista Ellie Arroway, que lidera uma equipe de pesquisadores em busca de sinais de vida inteligente no universo. A narrativa se desenvolve a partir da descoberta de um sinal de rádio vindo de Vega, uma estrela próxima à Terra. A equipe liderada por Ellie trabalha para decifrar o sinal e descobrir sua origem, enfrentando desafios técnicos e políticos ao longo do caminho. Além da trama principal, o livro também aborda questões filosóficas e religiosas relacionadas à possibilidade de vida extraterrestre. A personagem principal, Ellie, é uma ateia convicta que se vê obrigada a lidar com o fato de que a descoberta de vida em outros planetas pode desafiar algumas das crenças mais profundas da humanidade. O livro também explora a relação entre ciência e religião. Ao longo da história, Sagan tece uma narrativa que mostra como a ciência pode ser um instrumento poderoso para conectar diferentes culturas e superar barreiras ideológicas. A equipe de pesquisadores liderada por Ellie é composta por pessoas de diferentes origens étnicas e culturais, e a busca por vida extraterrestre é vista como uma missão que transcende as fronteiras nacionais e ideológicas. Em resumo, “Contato” é uma obra que combina elementos de ficção científica, filosofia e crítica social para explorar temas profundos e relevantes. O livro é uma reflexão sobre a natureza humana e nossa busca por respostas para as grandes questões do universo.
Série
Star Trek – Nova Geração. Essa série é uma das minhas series favoritas de todos os tempos. Não canso de ver, e ela sempre me desperta esse sentimento de ser pequena perante a imensidão do universo. Sempre coloca as coisas em perspectiva. Fora que é a série com as melhores discussões sobre ética, sobre o sentido da vida, sobre as coisas que ao fim realmente importam. Assistir Star Trek muda a gente. Assistam. E tem o Data, o melhor personagem de série de todos os tempos.
Star Trek: Nova Geração é uma série de televisão americana de ficção científica que foi ao ar originalmente entre 1987 e 1994. Criada por Gene Roddenberry, a série se passa no século XXIV e segue as aventuras da tripulação da nave estelar USS Enterprise-D. A série apresenta um elenco diverso e carismático, liderado pelo Capitão Jean-Luc Picard, interpretado por Patrick Stewart. Picard é um líder forte e compassivo, que toma decisões difíceis para proteger sua tripulação e cumprir sua missão de explorar novos mundos e civilizações. Ao longo das sete temporadas, Star Trek: Nova Geração aborda temas importantes como ética, moralidade, diversidade e tolerância. A série também apresenta uma visão otimista do futuro, onde a humanidade superou suas diferenças e trabalha em conjunto para alcançar grandes feitos.Além disso, a série apresenta uma grande variedade de criaturas alienígenas e tecnologias futuristas, que são exploradas em detalhes ao longo dos episódios. A nave Enterprise-D é equipada com um holodeque, que permite aos tripulantes experimentarem ambientes virtuais imersivos, e um teletransportador, que permite a transferência instantânea de pessoas e objetos. Outro destaque da série é o androide Data, interpretado por Brent Spiner. Data é um ser artificial que busca compreender a natureza humana e desenvolver emoções próprias. Sua jornada pessoal é explorada ao longo da série, e ele se torna um dos personagens mais queridos pelos fãs. Star Trek: Nova Geração também apresenta uma grande variedade de vilões memoráveis, incluindo os Borgs, uma raça cibernética que busca assimilar outras espécies em sua coletividade, e Q, um ser onipotente que usa seus poderes para testar a tripulação da Enterprise-D. No geral, Star Trek: Nova Geração é uma série emocionante e inspiradora, que cativou uma legião de fãs em todo o mundo. Com sua visão otimista do futuro e seus personagens icônicos, a série continua sendo uma referência na cultura pop e um exemplo de como a ficção científica pode ser usada para explorar questões profundas e relevantes.
Outra Série
ER – Plantão Médico, 1994 – Michael Crichton. Essa série foi uma sugestão da Laís. Mas eu assisti as 15 temporadas e tenho uma história pessoal com ela. Foi a série que inaugurou as noites de séries aqui em casa, que já duram 20 anos. Eu indico pois é uma série que mostra o tempo todo como somos pequenos, frágeis e indefesos frente ao universo, à natureza, ao acaso. Laís disse que o personagem principal, o Dr. Carter representa esse sentimento da carta de hoje, pois mostra como ele se sente em relação a si mesmo diante da grandeza do sistema que é o hospital e a medicina. Que é um personagem que chega ao sistema médico americano com toda pompa, com o espírito de pessoa mimada, e de repente se depara com a realidade ainda esperando validação o tempo todo. A série também mostra os profissionais que provavelmente mais têm o rei na barriga, os médicos, mostra a disputa de egos deles dentro do hospital. E no fim de cada embate o homem sempre perde para a força do acaso, do imponderável, da natureza. Se perde sempre que se acha grande coisa. É uma ótima série, não é preciso ver toda, a primeira temporada já é suficiente. E além disso te transporta diretamente para os loucos anos 90, a era dourada do Ocidente 🙂
ER Plantão Médico é uma série de televisão norte-americana que foi exibida entre 1994 e 2009. Criada por Michael Crichton, a série se passa no pronto-socorro do fictício hospital County General, em Chicago, e acompanha o dia a dia dos médicos e enfermeiros que trabalham no local. Ao longo de suas 15 temporadas, ER Plantão Médico conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo e se tornou um dos seriados mais importantes da história da televisão. Com um elenco ótimo, roteiros inteligentes e uma produção impecável, a série abordou temas complexos como doenças raras, violência doméstica, abuso de drogas e questões éticas na medicina. Um dos pontos altos de ER Plantão Médico é a forma como os personagens são construídos. Cada um deles tem uma história de vida e um passado que influencia suas decisões e atitudes no presente. Além disso, a série aborda temas como a relação entre médicos e pacientes, a importância da empatia na medicina e a pressão emocional que os profissionais da saúde enfrentam diariamente. Outro aspecto marcante de ER Plantão Médico é a sua capacidade de emocionar o público. A série não tem medo de abordar temas difíceis e de mostrar as consequências reais das escolhas dos personagens. Muitos episódios são verdadeiras montanhas-russas emocionais, capazes de fazer o espectador rir, chorar e refletir sobre a vida.
Ao longo dos anos, ER Plantão Médico também se destacou pela sua produção impecável. A série foi pioneira no uso de técnicas de câmera subjetiva e de edição rápida, o que criou uma sensação de realismo e urgência nas cenas de emergência. Além disso, a trilha sonora é marcante e ajuda a criar o clima de tensão e emoção que permeia a série.
Filme
Corpos Celestes – 2011 – Marcos Jorge. Indico porque é um filme inesperado para o assunto de que tratamos hoje. É um filme brasileiro, desconhecido e um pouco inusitado. Este tema que tratamos acaba por pedir indicações bem óbvias, é impossível fugir de alguns titãs, como Contato, Star Trek, Cosmos, etc. Mas este filme trata bem do tema em questão. Tanto pelo lado da astronomia, da imensidão do cosmos, da nossa vida de poeira, como pelo sentimento de insignificância, que quase esmaga o protagonista. Não é um filme inesquecível (apesar de que eu desconfio que ele vai ecoar em mim ainda muito tempo), mas é muito bonito, ganhou prêmios importantes pela fotografia e tal. E é bom pra limpar os olhos de tudo que acaba sendo muito igual. Assistam, é curto. Eu sempre gostei muito do Dalton Vigh também, apesar de saber que ele não é uma sumidade. O filme tem uns cliches, que se não fossem por eles, eu estaria muito mais encantada. Mesmo assim, valeu a hora e meia que gastei com ele.
Cena do filme
Corpos Celestes é um filme brasileiro de drama e romance, dirigido por Marcos Jorge e Fernando Severo, e lançado em 2011. O filme narra a trajetória de Francisco, um filho de caminhoneiro que se apaixona pela astronomia na infância, quando conhece um piloto e astrônomo americano que mora em um casarão no interior do Paraná. Na fase adulta, Francisco se torna um professor austero e solitário, que vive em Curitiba e se envolve com Diana, uma jovem e belíssima prostituta. O filme explora as questões existenciais de Francisco, que busca seu lugar no universo e na sociedade, e as relações entre o céu e a terra, o sonho e a realidade, o amor e a solidão. O filme tem uma bela fotografia e uma trilha sonora envolvente, além de boas atuações de Dalton Vigh, Rodrigo Cornelsen e Carolina Holanda nos papéis principais.
O filme foi dirigido por Marcos Jorge em parceria com Fernando Severo e recebeu diversos prêmios em festivais de cinema pelo Brasil e pelo mundo. Apesar de ser belo e bem-produzido, o roteiro é subjetivo e não entrega facilmente suas intenções, o que pode deixar o espectador um pouco distante da história. Corpos Celestes é um filme bonito e interessante, me tocou muito, mas não acho que seja inesquecível.
Série Documental
Cosmos: Uma Odisseia no Espaço-Tempo. 2014 – National Geographic. Indico porque de tudo que vi até hoje, depois do filme A Chegada (que não vou indicar hoje) e do universo Star Trek, é a obra que me fez entrar em contato mais aprofundado com a minha pequenez frente ao universo. Além de ser extremamente informativa, é uma série linda, deliciosa de se ver. É um presente para a alma.
Cosmos: Uma Odisseia no Espaço-Tempo é uma série documental de televisão que estreou em 2014. A série é apresentada pelo astrofísico Neil deGrasse Tyson, que conduz o espectador em uma jornada através do espaço, do tempo e da história da ciência. A série é uma continuação do programa original de 1980, apresentado por Carl Sagan. Assim como seu antecessor, Cosmos: Uma Odisseia no Espaço-Tempo é uma exploração fascinante e educativa do universo e da ciência. Ao longo dos 13 episódios, a série aborda uma ampla gama de tópicos, desde a formação do universo até a evolução da vida na Terra. A série também explora a história da ciência e dos cientistas que ajudaram a moldar nossa compreensão do mundo ao nosso redor. A produção da série é impressionante, com efeitos visuais deslumbrantes e animações que ajudam a ilustrar os conceitos científicos mais complexos. A trilha sonora, composta por Alan Silvestri, é igualmente impressionante e ajuda a criar uma atmosfera emocionalmente envolvente.
No entanto, o verdadeiro destaque da série é a presença de Neil deGrasse Tyson como apresentador. Tyson é um comunicador talentoso e apaixonado pela ciência, e sua presença na tela é cativante. Sua capacidade de explicar conceitos complexos de forma clara e acessível é impressionante, e sua paixão pela ciência é contagiosa. Outro aspecto notável de Cosmos: Uma Odisseia no Espaço-Tempo é a sua mensagem inspiradora. A série incentiva os espectadores a se maravilharem com o universo e a explorar o mundo ao seu redor. Ele também destaca a importância da ciência e da razão na tomada de decisões importantes. A série é uma homenagem ao poder da curiosidade humana e à capacidade da ciência de nos inspirar e nos unir como uma espécie.
Rádio relógio
O Buraco negro do centro da Via Láctea
Buracos negros são um dos objetos mais fascinantes do universo. Eles são conhecidos por terem uma força gravitacional tão forte que nem mesmo a luz consegue escapar de sua atração. E no centro da nossa própria galáxia, a Via Láctea, existe um desses buracos negros supermassivos. O buraco negro no centro da Via Láctea é chamado de Sagitário A*. Ele tem uma massa equivalente a cerca de quatro milhões de vezes a massa do nosso sol e está localizado a cerca de 26 mil anos-luz da Terra. Embora seja incrivelmente massivo, Sagitário A* é relativamente pequeno em comparação com outros buracos negros supermassivos que foram descobertos em outras galáxias. A existência de Sagitário A* foi descoberta em 1974 por meio da observação de estrelas próximas ao centro da Via Láctea. Essas estrelas pareciam estar orbitando um objeto invisível e muito massivo, o que levou os cientistas a concluir que havia um buraco negro no centro da nossa galáxia. Sagitário A* é relativamente calmo em comparação com outros buracos negros supermassivos. Ele não está atualmente engolindo grandes quantidades de matéria.
Links de uma galáxia muito distante
7 Lugares impressionantes que revelam a vastidão do universo
O mistério sobre o tamanho real do universo
“Para criaturas pequenas como nós, a vastidão do Universo só é suportável através do amor.” Carl Sagan |
25 de junho é o 176.º dia do ano no calendário gregoriano (177.º em anos bissextos). Faltam 189 dias para acabar o ano.
Post com a colaboração de @laismeralda e @norbertoakio
*Vídeo legendado pelo André Abujamra, é do instagram dele.
Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca de referências, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias.
© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Já no inverno, friozinho, graças aos céus. |
Esta é a 17ª de 78 páginas que terá este almanaque.