Mês: março 2024

mas só trouxe mais frio

Belo Horizonte 17 de março de 2024

Previsão do tempo: ele está passando

🌤️22° – 33° 🥵


17 de março é dia do Mel e dia de São Patrício. Neste dia em 2014 começou a famigerada Operação Lava Jato, vade retro. Em 1919 nasceu Nat King Cole, em 1938 chegou Rudolf Nureyev em 1945 nasceu a magnífica Elis Regina,  em 1952 Perla, em 1960 nasceu Lula Queiroga. Em 180 morreu Marco Aurélio, em 1680 partiu François de La Rochefoucauld. Em 1973 ficamos mais pobres com a morte de Monsueto Menezes e em 2009 menos felizes com a morte de Clodovil.


Negar a sucessão temporal, negar o Eu, negar o universo astronômico, são desesperos aparentes e consolos secretos.
Nosso destino não é assustador por ser irreal; é assustador porque é irreversível e ferrenho.
O tempo é a substância de que sou feito.
O tempo é um rio que me arrebata, mas eu sou o rio; é um tigre que me devora, mas eu sou o tigre; é um fogo que me consome, mas eu sou o fogo.
O mundo, infelizmente, é real; e eu, infelizmente, sou Borges.

♣️

Jorge Luis Borges


Num dia como este, escreveu Maria Gabriela Llansol em seu diário:

Lovaina, 17 de Março de 1975

Pusemos a partida sob o impulso do Génesis, como há dez anos pusemos a deserção do Augusto, e a nossa vinda subsequente para aqui, no rastro do Exodo.

Principio a deslocar objectos, papéis, livros, para os organizar por grupos. Começo com antecedência essa tarefa porque não se devem desprezar as épocas que começam. O desejo do Mestre Zen não era infantil, quando procurava o rosto original,

o de antes do nascimento. Um encontro

com o consigo-próprio-instante; participar no desejo ou no no acaso que iriam gerá-lo.

Todas as crianças que analisei tem esse desejo, a que psicanálise chamou a cena primitiva. Nelas, recusar essa curiosidade, é o principio afirmativo do pensamento distanciando-se, mesmo aí do conhecimento. Pensar nesse instante, é o preço de não saber. Mas sei que há também um instante em que se não deve desprezar a época que principia. O instante em que devo suspender o pensamento, como medida-salvaguarda da respiração e da visão,

e arriscar a razão nesse encontro comigo no momento em que fui desejada quando o meu pai me viu rapaz.

Se eu nunca arriscar a razão, nunca saberei.

Nunca saberei pensar.

Maria Gabriela Llansol – Finita. Diário II – Ed. Autêntica

Ensina-nos a contar os nossos dias
para que o nosso coração alcance sabedoria.
Salmos 90:12


O que fazia Deus antes de criar o céu e a terra?

Diga-me por favor que horas são para saber que estou vivendo nesta hora.

Água Viva – Clarice Lispector

Esta carta custou a me dizer o que queria. Custou muito. Tenho vivido dias de muitas dores físicas. À espera de um diagnóstico que não vem, tomando muitos remédios e isso, obviamente me nubla o pensamento demais e muitas vezes é impeditivo para ler adequadamente o tarô. Mas num relâmpago, a carta veio, disse que o que queria, como num flash, ou num disparo de flechas.

O Oito de Paus, no baralho concebido por Edward Waite e desenhado por Pamela Smith, é o único arcano menor que não tem nenhuma figura humana. Ele mostra um conjunto de oito bastões que parecem atravessar o céu, e não sabemos muito bem se estão subindo ou descendo. Inferimos que estão em movimento, e que a imagem é a captura do cenário em que elas atravessam o céu. É um momento, um instante, e esse instante, apesar de congelado evoca movimento. Um movimento congelado. Esse arcano tem em seu núcleo a noção de deslocamento, movimento.

Para Crowley esse arcano é a própria Rapidez. Já falamos sobre a pressa. Se a sorte está com você, pra que pressa? Então, o que esse arcano nos suscita para essa semana não é a pressa. Mas que sejamos certeiros, que estejamos atentos aos sinais. Para capturarmos os sinais do universo, que não são nada a não ser que os personalizemos, precisamos ser certeiros. Precisamos capturar o instante, aquele instante que não volta mais. Agarrar aquele flash de milésimos de segundos que nos atravessa a mente e nos dá um vislumbre do futuro. Futuro possível ou imaginado, futuro real. Futuro que nunca existe, mas que precisamos criar, senão nos criarão nele.

Mas existe futuro? Pensar a rapidez, o instante, os vislumbres requer que pensemos no senhor de todos os destinos, o Tempo. Que nem existe, de acordo com o físico Carlos Rovelli, considerado por alguns o novo Einstein. O tempo, essa entidade onipresente que não existe. O Tempo, caso existisse, seria a medida da mudança, só na mudança poderíamos sentir o tempo. Assim, como seres do presente somos contínuos deixar de ser.

O tempo é a memória do passado e a espera do futuro. Por Santo Agostinho soubemos que o conhecimento do tempo depende do conhecimento do movimento das coisas e, portanto, o tempo não pode estar onde não há criaturas para medir sua passagem. Somos criaturas do tempo e de um tempo particular. O tempo é o absoluto que nos rege, mesmo que não exista.

E o Oito de Paus nos pede que façamos um trabalho análogo ao trabalho do fotógrafo, que a gente tente capturar o instante que não está ali, nunca está. Então para essa semana, o dever de casa é capturar o instante, que não deixa de ser o exercício do agora, e o exercício de pensar o tempo, de ter em mente que o tempo está passando e nossa vida junto com ele. E que existindo ou não, ele é finito.

Precisamos do balanço do que vale à pena, precisamos nos ajoelhar de novo no altar do Senhor Tempo e pedir que, ainda estando vivos, tenhamos o que viver. Mas sem mais tardar, porque se olhamos para o lado as flechas do Oito de Paus já atingiram o chão. É preciso apanhar o instante em pleno voo, e deixar que ele seja uma bonita fotografia que olhamos e não dói somente. É isso que fica de tudo, a nossa coleção de memórias fotografadas. Que essa semana tenhamos instantâneos bonitos para colecionar e reviver pelo olhar.

É isso, o 8 de Paus nos convoca a traduzir pelo instante os sinais que o Verbo envia. Quais são as fotos que você quer colar no seu Album do seu Tempo? Qual é o seu tempo? Ainda é a sua época? Quanto tempo temos ainda pra fotografar os instantes que nos escapam e não maltratam o coração?

O Tempo é como a Liberdade para Cecília Meireles: não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.

Boa semana queridos, tirem boas fotos.

O 8 de Paus é uma carta que está associada à ação rápida, movimento e progresso. Na maioria dos baralhos de Tarô, a carta retrata oito varinhas voando pelo ar em direção a um destino desconhecido. Isso sugere um senso de urgência e movimento acelerado, indicando que as coisas estão se movendo rapidamente e que mudanças estão chegando. Quando o 8 de Paus aparece em uma leitura de Tarô, ele pode indicar que uma situação ou projeto está ganhando impulso e avançando rapidamente. Pode ser um sinal de que as coisas estão se movendo mais rápido do que o esperado ou que eventos inesperados estão ocorrendo. Esta carta também pode sugerir a necessidade de agir rapidamente ou de se adaptar a mudanças inesperadas. Além disso, o 8 de Paus também pode representar comunicação rápida e eficiente. Pode indicar que mensagens importantes estão a caminho ou que a comunicação será crucial para avançar em uma determinada situação. Isso pode se manifestar como notícias inesperadas, uma conversa importante ou a necessidade de se comunicar claramente com os outros. Em termos mais gerais, o 8 de Paus também pode ser interpretado como um sinal de progresso e avanço. Pode indicar que os obstáculos estão sendo superados e que o caminho está aberto para avançar em direção aos objetivos desejados. Esta carta pode ser encorajadora em uma leitura de Tarô, sugerindo que o momentum está do seu lado e que é hora de agir e seguir em frente. No entanto, como todas as cartas do Tarô, o 8 de Paus também tem um lado sombrio. Quando mal aspectado, esta carta pode indicar que as coisas estão se movendo rápido demais e que você pode estar se sentindo sobrecarregado ou incapaz de acompanhar o ritmo. Pode ser um lembrete para desacelerar e encontrar equilíbrio em meio ao caos.

Um texto para o tempo que foge

Não é o tempo que provoca destruição, mas aquele acontecer de diferenças – a mudança, justamente – que nos leva a sofrer, amar, padecer; aquela vivência que ocorre ao pensamento que não é uma ideia, mas pathema. Vivência da vida, porém, não vida da vivência. Eu vivo, de fato. No sentido que vivo meu viver. Mas este é apenas um momento de minha vida, não alguma coisa que antecede minha vida, da qual, ainda assim, é expressão. Essa vivência é uma vontade que recompõe os momentos descontínuos de minha consciência. Nos círculos internos de minha vida não há uma ordem que vive por si, mas apenas um movimento de con-córdia e dis-córdia aberto ao porvir. Esse tempo novo, diria Rilke, nos transforma da mesma maneira que uma casa que tenha abrigado um hóspede: não sabemos dizer quem ele seja – e talvez nunca cheguemos a saber –, mas muitos indícios dizem que o hóspede entrou em nós antes de chegar ali.
Nos caminhos do tempo os anos são promessas por vir. Tudo está inervado pelo porvir. O presente é um fio tênue que torna contínuo o que é descontínuo. Esse é o mistério da memória. Migra o tempo, despedindo-se do que é familiar, de tudo. Sequer a mais obstinada raiz poderia retê-lo. Sequer um frêmito de saudades. O tempo é espontaneidade, improvisação: tem apenas liames tênues com o passado. Na melhor das hipóteses, passado e porvir podem se atrair na distância arriscada e aventurosa que os divide e os une: rastros imperceptíveis, nômades, interditados. O tempo é movimento puro, que escapa sem se subtrair. Pura errância. Em seu movimento, toda migração acontece, abrindo-se para uma liberdade além da história. Aquela mesma liberdade que os homens sempre tentam eludir, incapazes de aguentar a responsabilidade que carrega em si.
O tempo remete ao mistério e à graça, à violência e à esperança, à culpa e à coragem de um por vir ou, melhor dizendo, de um advento que se torna evento imprevisível. Sem imprevisibilidade o tempo seria uma espera inerte. Minha espera, ao contrário, é uma inquietude ativa, como um rio que escorre rumo a um mar desconhecido, não uma cronologia ordenada de eventos. Claro, eu vivo na história, mas ela é quase sempre uma ficção ideal. Minha vida nunca é isso. A história, da qual se escreve e dizemos que existe, nunca tem a ver comigo. Não fala de mim. Aliás, minha vida é acessível somente emendada de suas formas históricas. Narrar minha vida, seja qual for seu significado, quer dizer escrever sempre outra coisa em relação ao antes, ao agora, ao depois. Tudo é mais claro quando, ao ser narrada por outros ou fixada em representações provisórias de mim mesmo (fotografias, imagens e tantas outras), descubro que a vida não me pertence mais, que não é mais a minha, que é apenas uma reconstrução de instantes diferentes entre si. História, justamente! Mas já disse que eu não sou história. Não posso ser história. Instantes, talvez. Um conjunto de instantes que me leva de volta ao problema que eu sou para mim mesmo. O tempo esclarece tudo. Eu o atravesso como se atravessa um território ambíguo, elusivo, irredutível à apreensão dos conceitos.

Mauro Maldonato – Passagens de Tempo – Edições Sesc

A Cara do Meu Filho

As obras que ajudam a montar meu álbum de retratos. Tentei pensar em obras que me evocassem esse movimento de capturar o instante, de alfinetar num quadro as borboletas que morrem. Como sempre, tem muita coisa, esse é o recorte de hoje, as obras emolduradas nas paredes da minha casa.

Livro

Água Viva – Clarice Lispector. Um livro que eu gostaria de ter lido mais jovem, acho que ele iria me devorar por dentro mais do que devorou agora, que sou mais velha. Não que eu não tenha amado, eu amei. Mas não sou tão intensa como na juventude. Isso não me impediu de sentir deleite acompanhado os pensamentos muito peculiares de Clarice neste livro. É um livro sobre essa angústia imensa e tentaiva desesperada de capturar os instantes. É um livro sobre o Tempo e sobre navegar no tempo à deriva e ao mesmo tempo com o leme em mãos. É lindo, é a lingua portuguesa em toda beleza e máximo potencial. Não tenho como recomendar mais. 


Desde seus primeiros textos Clarice Lispector anuncia um brilhante projeto literário. Água viva, publicado em 1973, adensa o processo característico de sua narrativa, enfatizando-lhe a fragmentação, a contaminação do romanesco com o lírico e o abrandamento das linhas descritivas e representacionais, recursos menos acentuados em outras de suas obras, anteriores e posteriores. A trama do livro é tênue, o que faz dele “um romance sem romance”. Um eu, declinado no feminino, escreve a um tu, no masculino, expondo suas ânsias e procuras, num discurso de fluidez ininterrupta entre o delírio, a confissão e a sedução: “Para te escrever eu antes me perfumo toda. Eu te conheço todo por te viver toda.” O eu e o tu de Água viva ganham dimensões permutáveis de significação, integrando-se com o não humano: a natureza, as palavras, os animais, a “coisa” ou o “it”. A linguagem se espessa numa densa selva de palavras e a obra descortina voraz processo de correspondências que interconectam vida, paixão e violência. Obsessivamente, a protagonista de Água viva busca surpreender as intrincadas relações entre o instante fugidio e sua inscrição no espaço. Sem nome, escondida sob o pronome eu, a personagem procura entender o significado da solidão e o de seu estar no mundo, no desencadear dos instantes que prefiguram um presente contínuo onde os limites cada vez mais esgarçados entre o que é interior e exterior à personagem desaparecem. Nesse lugar “enfeitiçado”, em linguagem incandescente, escreve Clarice Lispector Seu texto faz fluir o sentimento de agora e, paradoxalmente, interliga a petrificação e a mudança. Água viva é um lindo poema em prosa, no qual se comemora a vida de tudo o que, intensamente, é. Sem receitas para decodificar o mundo enfeitiçado da incitante narrativa, o leitor toma consciência de que já não dispõe de modelos para ler, nem para entender Clarice Lispector.


Filme

(Talvez eu tenha escrito todo esse post só pra recomendar esse filme)

Perfect Days – Wim Wenders – 2023. . Este filme ainda está em cartaz nos cinemas neste momento em que escrevo. É uma das coisas mais lindas que já vi. Eu acho um filme perfeito. Para mim não tem nada sobrando nem faltando. É um filme que me descansou e colocou muita beleza nestes dias difícieis e dolorosos que ando tendo. Achei encantador e forte, e delicado. Conta uma história sobre o banal e o cotidiano, sobre uma pessoa deliciosamente comum, sobre uma Tóquio que talvez nem seja real, mas que é convidativa. Que vontade de ir a Tóquio. Recomendo demais, e ainda por cima o protagonista também é um capturador de instantes. 


Perfect Days  é um filme de drama de 2023 dirigido por Wim Wenders, a partir de um roteiro escrito por Wenders e Takuma Takasaki. Uma coprodução entre o Japão e a Alemanha, o filme combina quatro contos e estrela Kōji Yakusho no papel de um limpador de banheiro. O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes de 2023, onde estreou no dia 25 de maio e ganhou o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio de melhor ator para Yakusho. Foi selecionado como representante japonês para o Oscar de melhor filme internacional na edição de 2024. Sinopse: Hirayama trabalha como limpador de banheiros em Tóquio. Ele parece satisfeito com sua vida simples. Segue um dia a dia estruturado e dedica seu tempo livre à paixão pela música e pelos livros. Hirayama também gosta de árvores e as fotografa. Mais do seu passado é gradualmente revelado através de uma série de encontros inesperados.


Documentário, Fotos & Livro

A Fotografia Oculta de Vivian Maier. John Maloof & Charlie Siskel. 2013. Que história maravilhosa a que conta esse documentário. Vivian era outra magnífica colecionadora de momentos. Um gênio, era essa mulher que não teve família, nem muitos amigos, que era acumuladora compulsiva de coisas e de momentos. Eu me identifiquei muito com essa necessidade voraz que ela tinha de registrar momentos, de guardar tudo, de eternizar tudo que via. Mas ela era genial e conseguiu fazer esse trabalho lindo, com estas fotos maravilhosas que foi tirando ao longo de uma existência solitária e calada. Obviamente ela não era uma pessoa neurotípica e deve ter passado muito sofrimento na vida, mas é pelo menos feliz pensar que o mundo pode ver a vida através de suas fotografias incríveis. Vale à pena conhecer a vida e as fotos de Vivan, é uma história muito boa para ficar desconhecida. Tem o documentário, infelizmente sem legendas, aqui. Com legendas, nos melhores corsários por aí também é possível assistir.


O documentário “A Fotografia Oculta de Vivian Maier” é uma obra que revela a história fascinante por trás de uma das fotógrafas mais talentosas e misteriosas do século XX. Vivian Maier foi uma mulher que passou a maior parte de sua vida trabalhando como babá em Chicago, mas que tinha um hobby secreto: a fotografia. Durante décadas, Maier registrou o mundo ao seu redor com uma câmera Rolleiflex, capturando momentos do cotidiano, retratos de pessoas nas ruas e paisagens urbanas de uma forma única e cativante.

No entanto, o trabalho de Vivian Maier permaneceu desconhecido durante sua vida. Foi somente após sua morte, em 2009, que seu talento foi descoberto por acaso, quando um colecionador adquiriu um lote de negativos em um leilão e se deparou com as incríveis imagens de Maier. A partir daí, a história de Vivian Maier se tornou um fenômeno mundial, com suas fotografias sendo exibidas em galerias de arte e museus ao redor do mundo.

O documentário “A Fotografia Oculta de Vivian Maier” mergulha na vida dessa fotógrafa enigmática, revelando não apenas seu talento artístico, mas também sua personalidade complexa e as circunstâncias que a levaram a manter seu trabalho em segredo. Através de entrevistas com pessoas que a conheceram, incluindo as crianças que ela cuidou como babá, o filme traça um retrato íntimo de Vivian Maier, mostrando sua paixão pela fotografia e o impacto que suas imagens tiveram no mundo da arte. “A Fotografia Oculta de Vivian Maier” oferece uma visão única sobre a vida e o trabalho dessa fotógrafa excepcional. Ao revelar os segredos por trás das fotografias de Vivian Maier, o documentário reflete sobre a natureza da arte, a importância da autenticidade e o poder transformador da paixão criativa. “A Fotografia Oculta de Vivian Maier” é mais do que um simples documentário sobre fotografia. É uma homenagem a uma artista extraordinária que, mesmo sem buscar fama ou reconhecimento, deixou um legado duradouro e extremamente rico.


Fotos

Fotos no site de Vivian Maier. Vejam, são lindas. Ela tinha um belíssimo modo de capturar o instante.


Livro

Vivian Maier - Uma fotógrafa de rua by Grupo Autentica - Issuu

Não vou falar mais porque está esgotado e só se encontra com preços exorbitantes na estante virtual. 


Série

Tales by Light – Abraham Joffe – 2015. Esta série está aqui pra continuar a tradição de falar de coisas que eu ainda não vi. Mas tem tudo a ver com o tema, que me interessa muito, já foi pro caderninho de coisas para assistir. Parece ser uma série muito bonita. Se alguém já viu, por favor, me conte nos comentários. Está aqui porque fala exatamente dos que vivem para capturar o instante.


A série “Tales by Light” é uma produção da Netflix que combina fotografia deslumbrante com histórias inspiradoras de pessoas ao redor do mundo. A série segue fotógrafos renomados em suas jornadas para capturar momentos únicos e revelar a beleza e a diversidade do planeta. Cada episódio de “Tales by Light” apresenta um fotógrafo diferente, mostrando seu trabalho e sua paixão pela arte da fotografia. A série explora não apenas as técnicas e os desafios enfrentados pelos fotógrafos, mas também as histórias por trás das imagens que capturam. Desde retratos de tribos indígenas até imagens deslumbrantes da vida selvagem, “Tales by Light” oferece uma visão fascinante do mundo através dos olhos dos fotógrafos. Além de destacar o trabalho dos fotógrafos, a série também aborda questões importantes, como conservação ambiental, preservação cultural e justiça social. Ao mostrar a beleza da natureza e da diversidade humana, “Tales by Light” convida os espectadores a refletir sobre o impacto de suas próprias ações no mundo. “Tales by Light” vai além de simplesmente exibir belas imagens. A série convida o público a se conectar com as pessoas e os lugares retratados, despertando uma maior compreensão e empatia em relação ao mundo ao nosso redor. Através das lentes dos fotógrafos, “Tales by Light” oferece uma experiência visual e emocional única nesta série que é muito mais do que uma série sobre fotografia. É uma celebração da beleza e da diversidade, bem como um lembrete do poder das imagens para inspirar mudanças e promover a compreensão entre as pessoas.


♫ Playlist

Sobre o Tempo – Pato Fu
Tempo Rei – Gilberto Gil
Oração ao Tempo – Caetano Veloso
Resposta ao Tempo – Nana Caymmi
Tempos modernos – Lulu Santos
Tempo Perdido – Legião Urbana
E aí tempo – Chitãozinho e Xororó
Time After Time – Cyndi Lauper
Retrato em Branco e Preto – Elis Regina e Tom Jobim
Time – Pink Floyd
É preciso saber viver – Roberto Carlos
Good Riddance (Time Of Your Life) – Green Day
Cotidiano – Chico Buarque
Time in a Bottle – Jim Croce
Tempo Só – Gilberto Gil
Bill Medley, Jennifer Warnes – The Time Of My Life
I Can See Clearly Now – Johnny Nash


Quero ainda ver
nas flores no amanhecer
a face de um deus.

Bashô

Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Fim do Verão, aleluia!

Esta é a 42ª de 78 páginas que terá este almanaque.