Mês: abril 2024

não mande me procurar

Belo Horizonte, 7 de abril de 2024

🌤️ 18° – 29º


Dia 7 de Abril é dia Mundial da Saúde. Um dia antes do aniversário da Leticia, e um dia depois da morte do eterno Ziraldo. Em 1141 a imperatriz Matilde se torna a primeira governante feminina da Inglaterra.
Em 1724  estreia a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach na igreja de São Nicolau, Leipzig. Em 1831 o imperador Pedro I do Brasil abdica em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara, futuro D. Pedro II. O ato marcou o fim do Primeiro reinado. Em 1906 O Monte Vesúvio entra em erupção e devasta Nápoles. Em 1948 a Organização Mundial da Saúde é criada pelas Nações Unidas. Em 1994 começa o pavoroso Genocídio de Ruanda: o massacre de tutsis tem início em Kigali, Ruanda. Em 1889 nasceu Gabriela Mistral, em 1890 Victoria Ocampo, em 1893 Almada Negreiros, em 1915 veio a inesquecível  Billie Holliday, em 1939 Francis Ford Coppola e em 1941 o também inesquecível Mussum. Em 1614 morreu El Greco.



Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobresselente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

E ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconsequente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro eléctrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.

♣️

Álvaro de Campos


Em 7 de abril de 1923 escreveu Marina Tsvetáieva num desabafo para Tchiríkova

Estou completamente cansada da vida material.
Caem-me os braços só de pensar em quantos chãos há para lavar quantos já lavados, quantos leites derramados e quantos não, quantos senhorios ou panelas ainda estão a espera. […] Não sinto nada além de ódio por todos os proprietários desta vida isso porque não sou como eles. […] É o pobre diante dos que possuem, o pobre – diante dos que não possuem (ódio dobrado), sozinho, diante de todos e contra todos. É a alma e o guisado, a alma e o espírito pequeno-burguês. São essas forças que se chocaram uma vez mais!
Não sei viver aqui embaixo!

Você acredita num outro mundo? Eu – sim. Mas num mundo terrível. Aquele do castigo! Um mundo onde reinam as Intenções. Um mundo onde serão julgados os juízes. Será 0 dia de minha absolvição. não, é pouco: de meu rejúbilo! Eu estarei lá e rejubilarei. Porque lá não irão julgar pela roupa, que todos aqui tem melhor do que a minha e que fez com que tanto me detestassem nesta vida, mas justamente pela essência que me impediu de me preocupar com a roupa.
Mas esse dia – quem sabe – estará longe? Enquanto isso tenho sob os olhos uma série de tribunais humanos e jurídicos onde sempre eu estarei errada!

Marina Tsvetáieva – Vivendo Sob o Fogo – Ed. Martins Fontes

Livra-te, como a gazela, da mão do caçador e, como a ave, da mão do passarinheiro.

Provérbios 6:5


É fácil viver no mundo seguindo as opiniões do próprio mundo; é fácil viver na solidão seguindo a sua própria opinião; mas o grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém com perfeita cordialidade a independência da solidão.

Ralph Waldo Emerson

O Quatro de Paus é uma carta de tarô que representa a celebração, a harmonia e a realização. Ao olhar para esta carta, vemos quatro varinhas erguidas, decoradas com folhas e flores, formando um arco triunfante. Esta imagem transmite a sensação de vitória, de conquista e de celebração.

Esse arcano representa a coroação dos esforços que fizemos, que fazemos, mas que têm a ajuda de mais pessoas, é uma vitória mais coletiva que individual. É um momento em que a celebração do que conquistamos tem a participação de algum coletivo.
Ela fala daquilo que conquistamos num trabalho conjunto, num esforço comunitário e concentrado. Trabalhamos, fizemos coisas boas e agora é hora de colher os frutos do nosso esforço. Celebremos, vamos sair para comemorar o esforço, vamos ser felizes neste momento de conquista. Essa carta também indica união, alguma promoção no trabalho, uma evolução de lugar ou posição. E às vezes até mesmo um casamento, uma união feliz.
Ela sempre tem um caráter mais coletivo do que individual. É o poder da tribo, da aldeia. É quando a aldeia se mostra de maneira mais efetiva.
O principal efeito dessa carta é realmente a celebração de um esforço, uma conquista. Mas para a conversa da semana ela nos pede que falemos do seu lado negativo. Sendo uma carta de coletividade, da expressão da tribo, o quatro de paus algumas vezes pode suscitar um fenômeno que é o da dissolução da individualidade dentro da tribo, dentro do coletivo, perante a sociedade. Talvez estejamos preocupados demais com o peso da opinião dos outros sobre nós. Pode acontecer dessa preocupação ser tão grande que nem percebemos e nem nos damos conta que não conseguimos ser fiéis aos nossos princípios mais caros e profundos. Pode ser que não consigamos, por medo do julgamento alheio, permanecer fiéis ao que somos e ao que queremos.
Eu entendo que estamos em um momento, em um lugar em que somos muito mais individualistas do que seria produtivo. Entendo que estamos num país em que o senso de coletividade é muito fraco e que deveríamos estar mais preocupados com uma restauração do sentido de coletividade. Sabemos que precisamos construir, ou reconstruir até mesmo um senso de republicanismo neste país de gente tão ensimesmada e preocupada com a graça e a salvação individual. Tudo isso é real e urge pensarmos nisso, se queremos um futuro.
Mas como um caminho individual, o tarô, através do quatro de paus, nos pergunta que parte de nossa vida, que parte de nós está sendo sugada, dissolvida e não vivida por causa de demandas que não são nossas, de exigências a que atendemos e que nos afastam do nosso centro, dos nosso princípios e desejos reaisO que você está deixando de fazer simplesmente porque precisa dar uma satisfação aos seus vizinhos, seus colegas de trabalho, seus familiares distantes, que na verdade nem se importam tanto assim com você ou com o que você faz?
É um pouco sobre isso que o 4 de paus quer falar essa semana, para você pensar um pouco se não tem algo que está deixando de viver, de fazer, de realizar por medo do ridículo, por medo dos julgamentos alheios. O que é que não prejudica ninguém mas que deixamos de fazer por medo do julgamento alheio?
A reflexão da semana é esta, tentem encontrar o centro de onde emana a sua força interior. E se tiver que ser fiel, que seja a esse centro, que seja a você mesmo. Não há nada a temer, senão o correr da luta.
Boa semana, cheguem ao domingo inteiros de si.

A carta de tarô “Quatro de Paus” é frequentemente associada a celebrações, harmonia e estabilidade. Esta carta simboliza um período de felicidade e gratidão, onde os esforços anteriores começam a dar frutos, permitindo um momento de descanso e apreciação das conquistas. Visualmente, o “Quatro de Paus” geralmente apresenta a imagem de pessoas celebrando sob uma estrutura decorada com flores, sugerindo um ambiente de festa ou cerimônia. Esta imagem pode representar a celebração de um casamento, um aniversário ou qualquer outro evento significativo que traga alegria e satisfação. No contexto do amor e dos relacionamentos, esta carta é um sinal positivo, indicando harmonia e um período de felicidade compartilhada. Pode sugerir a consolidação de um relacionamento, o compromisso mútuo e a construção de uma base sólida para o futuro. Em termos de carreira e finanças, o “Quatro de Paus” pode indicar a conclusão bem-sucedida de um projeto ou a realização de um objetivo profissional. É um lembrete para celebrar os sucessos e também para compartilhar as conquistas com aqueles que apoiaram o processo.

Espiritualmente, esta carta encoraja a gratidão e o reconhecimento das bênçãos recebidas. Ela sugere um momento de paz e contentamento, onde se pode refletir sobre o caminho percorrido e as lições aprendidas.

No entanto, como toda carta de tarô, o “Quatro de Paus” também pode ter um significado invertido. Neste caso, pode alertar para a necessidade de não se render aos mandamentos descabidos da sociedade ou do coletivo. Ele alerta para que não aconteça o sufocamento diante das demandas de outrem. O “Quatro de Paus” é uma carta que traz uma mensagem de otimismo e alegria. Ela convida a apreciar o momento presente, celebrar as conquistas e compartilhar a felicidade com os outros, sempre mantendo um olhar atento para o futuro e as responsabilidades que ainda estão por vir.

Um texto para coletar o Eu

Existe um momento na educação de todo homem no qual ele chega à conclusão de que a inveja é ignorância; que a imitação é suicídio; em que ele deve aceitar a si mesmo pelo que ele é, tanto no melhor como no pior; e que, apesar do universo ser cheio de bondade, nenhum grão de trigo chegará às suas mãos que não seja fruto do trabalho dedicado ao pedaço de terra que lhe foi dado para cultivar. O poder que reside nele é original por natureza e ninguém além dele mesmo sabe o que poderá fazer com ele — nem ele sabe, até experimentar. Não é por acaso que um certo rosto, uma certa personalidade ou um certo acontecimento lhe causam uma forte impressão, enquanto outros o deixam indiferente.

Essa escultura em sua memória não existe sem uma harmonia pré-estabelecida. O olhar cai onde um raio de luz deveria incidir, para que pudesse ser testemunha de sua presença. Nós nos expressamos pela metade, e nos envergonhamos da idéia divina que cada um nós representa. Podemos dizer que a nossa própria idéia divina foi repartida de uma maneira correta e harmônica, a fim de ser fielmente transmitida, mas Deus não deixará o seu trabalho ser expressado por covardes. Uma pessoa se sente aliviada e feliz depois de ter posto seu coração em seu trabalho, quando deu o melhor de si, mas o que disse e fez de outra maneira não lhe trará paz. É uma libertação que não liberta. Nessa tentativa o seu gênio o abandona, não há musa que lhe sorria, não há invenção ou esperança.

Confie em si mesmo: cada coração vibra nessa corda de ferro. Aceite o lugar que a divina providência encontrou para ti, aceite a sociedade de seus contemporâneos e o encadeamento dos eventos que lhe trouxeram até aqui. Grandes homens sempre procederam assim e confiaram como crianças no gênio de sua época, e assim, revelaram sua percepção de que o que lhes era inteiramente digno de confiança residia em seu coração, manifestando-se pelas suas mãos e predominando em todo o seu ser. Mas agora, sendo homens, devemos aceitar com elevação o mesmo destino transcendente; que não sejamos fracos e enfermos em um canto protegido, ou covardes fugindo de uma revolução, mas guias, redentores e benfeitores, obedecendo ao Todo-Poderoso esforço, caminhando pelo Caos e pelas Trevas.

Ralph Waldo Emerson – Autossuficência


Arte que me deixa inteira

Os dias por aqui continuam difíceis, tenho sentido muita dor e não está fácil escrever. O tarô, quando é assim, também acompanha o ritmo interno e não tem conversado de maneira tão clara comigo. Por isso, hoje não tem tanta indicação, mesmo eu sabendo que o assunto é farto e que procurando mais eu encontraria outras coisas. Mas entre procurar e correr o risco de não escrever, e escrever indicando pouca coisa, preferi essa segunda opção. Assim também deixo o caminho aberto para que vocês lembrem de coisas relacionadas, que ajudem a pensar sobre esse assunto. E que ajudem a manter vocês em consonância consigo mesmos e preservem a inteireza de vocês e de seu caminho. 

Livro

Querida Konbini – Sayaka Murata. Um dos livros que mais gostei de ler nos últimos tempos. Achei uma delícia a escrita, as questões que ele levanta, as conclusões que tiramos da leitura. O breve panorama da cidade de Tóquio. É um livro que realmente eu adorei ler. Indico ele aqui porque a personagem pricnipal é um exemplo muito incrível de alguém que se mantém fiel a si mesma, mesmo com a pressão de uma sociedade inteira, a pressão da família, de amigos, conhecidos e colegas de trabalho. Keiko só queria viver a vida do seu jeito, o que ela tinha estava bom, ela era feliz com o jeito como organizou a própria vida e não entendia muito bem porque aquilo não estava nunca bom o osuficiente para as pessoas que conviviam com ela. Pra mim ela é uma personagem que se manteve fiel a si mesma, que se recusou a ser engolida por demandas que não eram dela. Ela queis viver de um jeito próprio e até certo ponto conseguiu ter sucesso nessa empreitada. 


“Querida Kombini” de Sayaka Murata conta a história de Keiko Furukura, uma mulher de 36 anos que vive no Japão e trabalha em uma loja de conveniência. A narrativa revela a monotonia de sua vida e sua sensação de não pertencimento devido à falta de adesão ao modelo tradicional da mulher japonesa. O livro propõe reflexões sobre as expectativas sociais e a pressão para se conformar com padrões estabelecidos. Keiko é constantemente questionada por optar permanecer na loja de conveniência, em vez de buscar um emprego mais “adequado” para alguém de sua idade e gênero. Apesar disso, para Keiko, a loja de conveniência é onde ela se sente verdadeiramente integrada à sociedade. A autora incita o questionamento das normas sociais e da busca pela felicidade individual. Keiko encontra conforto na rotina da loja de conveniência, onde as regras são claras e ela sabe o que se espera dela. No entanto, a sociedade tem dificuldade em compreender sua escolha, colocando-a sob constante pressão para se encaixar. O livro aborda temas como pressão social e solidão, com uma narrativa envolvente e inteligente que desafia conceitos preestabelecidos. Ele também provoca reflexão sobre o significado de uma vida bem-sucedida, apontando que cada um tem seu próprio caminho para a realização. A cativante escrita de Sayaka Murata nos imerge na complexidade da mente de Keiko, fazendo-nos questionar nossas próprias crenças e preconceitos. No geral, “Querida Kombini” é uma obra estimulante que nos desafia a repensar as normas sociais e a buscar a felicidade além das convenções pré-estabelecidas.


Filme

Imensidão Azul – Luc Besson – 1988 – Esse filme também para mim é um exemplo de alguém que não se traiu, que conseguiu ser fiel a si mesmo despeito de tudo, de todas as pressões e imperativos sociais. Um mergulhador tão envolvido com a sua atividade, tão apaixonado pelo mar, tão integrado com o que fazia, que acaba inumano, acaba se fundindo com o que era o mais íntimo do seu ser. Além de ser um filme belíssimo, emocionante. Eu amo esse filme, preciso rever. 


O filme “Imensidão Azul” (The Big Blue) é uma obra-prima do renomado diretor Luc Besson, lançado em 1988. Esta produção franco-italiana é um drama biográfico que retrata a vida de dois amigos, Jacques Mayol e Enzo Molinari, que compartilham uma paixão incomum pelo mar e pela prática do mergulho livre. A trama se desenrola em um cenário deslumbrante, com locações na Grécia, Itália, França e Peru, proporcionando uma experiência visualmente deslumbrante para o espectador. O filme é uma celebração da natureza e da liberdade, explorando a relação entre o homem e o oceano de uma forma poética e emocionante. A história é baseada em eventos reais e segue a jornada de Jacques Mayol, interpretado brilhantemente por Jean-Marc Barr, um mergulhador talentoso e visionário que busca alcançar novos limites em suas explorações subaquáticas. Seu amigo Enzo Molinari, interpretado por Jean Reno, também é um mergulhador experiente e competitivo, criando um contraste interessante com a personalidade mais introspectiva de Jacques. O filme aborda temas como amizade, rivalidade, amor e a busca pela superação pessoal. A relação entre Jacques e Enzo é complexa e multifacetada, refletindo a intensidade das emoções humanas diante dos desafios da vida. A trama também explora o impacto do estilo de vida nômade dos mergulhadores, que vivem à margem da sociedade convencional, buscando uma conexão mais profunda com a natureza. “Imensidão Azul” é mais do que um filme sobre mergulho; é uma reflexão sobre a natureza humana e a busca pela transcendência. A obra de Luc Besson cativa o público com sua beleza visual e sua narrativa envolvente, deixando uma impressão duradoura naqueles que se aventuram em suas profundezas.  Com sua abordagem poética e visualmente deslumbrante, esta obra-prima de Luc Besson continua a inspirar e emocionar o público décadas após seu lançamento. Uma verdadeira celebração da imensidão do oceano e da alma humana.


Documentário

Eu não sou seu Negro – Raoul Peck – 2017. Esse deve ser um dos documentários que eu mais amo nessa vida. James Baldwin era uma figura devastadora, encantadora e inacreditável. Uma pessoa que sim, contra tudo e contra todos conseguiu se manter em pé, conseguiu ser ele mesmo, de uma maneira mais do que peculiar. Conseguiu produzir uma obra maravilhosa mantendo o centro de seu ser intacto, apesar do tanto que foi machucado, já que era negro e homossexual nos EUA nos anos 60, 70, etc. Recomendo demais. Na minha ditadura esse documentário seria obrigatório a todos os cidadãos do meu reino. Assistam, é uma coisa maravilhosa.


I Am Not Your Negro é um filme-documentário frances e estadunidense de 2016 dirigido e escrito por Raoul Peck e James Baldwin, e narrado por Samuel L. Jackson. Teve sua primeira aparição no Festival Internacional de Cinema de Toronto e explora, baseado no manuscrito Remember This House, relações étnicas durante a luta dos direitos civis dos Estados Unidos, tendo como principais ícones Martin Luther King, Jr., Malcolm X e Medgar Evers. Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, “Remember This House”, relatando as vidas e assassinatos dos lideres ativistas que marcaram a história social e politica americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos.


♫ Playlist

  • Caçador de mim – Milton Nascimento
  • Eu vezes eu – Titãs
  • Meu mundo e nada mais – Guilherme Arantes
  • Coração Selvagem – Belchior
  • Quem me levará sou eu – Fagner
  • Quem eu sou Biquini Cavadão
  • Tocando em Frente Almir Sater

Não ser ninguém – além – de – você – mesmo num mundo que está fazendo de tudo, noite e dia, para transformar você em outra pessoa – significa travar a batalha mais difícil que qualquer ser humano pode travar; e nunca parar de lutar.

 E. E. Cummings

7 de abril é o 97.º dia do ano no calendário gregoriano (98.º em anos bissextos). Faltam 268 dias para acabar o ano.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Outono, que alegria!

Esta é a 43ª de 78 páginas que terá este almanaque.