na boca da noite um gosto de sol
Belo Horizonte, 21 de julho de 2024
☀️12° – 26º
🔺Alerta de baixa umidade
Em 21 de julho de 1853 foi criado o Central Park. Em 1969 às 02:56 UTC, o astronauta Neil Armstrong se tornou a primeira pessoa a caminhar na Lua. Em 1983 foi registrada a temperatura mais baixa do mundo em um local habitado, na Estação Vostok, Antártica, a -89,2 °C. Em 1899 nasceu Ernest Hemingway, em 1914 Philippe Ariès, em 1944 Jovelina Pérola Negra, em 1971 Charlotte Gainsbourg. Em 2023 morreu Tony Bennett.
FOTOGRAFIA
os turistas não entenderam
por que aos onze anos
não quis entrar na tumba
no meio do deserto
fiquei no ônibus muito cética
aos cuidados do motorista
que riu do meu descaso
e me trouxe uma coca-cola
depois de tanta ruína
amarelo sobre amarelo
é difícil enxergar o extraordinário.
àquela altura eu não sabia
por milímetros não acertamos
nem um beijo na esfinge.
♠️
Julia de Souza
Em julho de 1866, num dia que pode muito bem ter sido o 21, escreveu Louisa May Alcott em seu diário:
Ficarei na senhora Travers até o dia 7. Encontrei-me com Routledge para falar de Moods. Ele o aceitou, disse que gostaria de outro livro e foi muito simpático. Disse adeus e, às seis horas do dia 7, parti para Liverpool com o senhor W., que cuidou da minha bagagem e foi embora. Cheguei em segurança ao Africa. Uma viagem de catorze dias tempestuosos, maçantes, longos e muito enjoo, mas, enfim, às onze da noite, navegamos pelo porto sob o luar e eu vi o querido John esperando por mim no cais.
Dormi a bordo, e no dia seguinte cheguei a casa ao meio-dia para encontrar papai na estação, Nan e os filhos no portão, May correndo loucamente pelo gramado e mamãe chorando à porta. Joguei-me em seus braços e, finalmente, estava em casa. Dias felizes, conversando e nos curtindo. Muitas pessoas vieram me ver, e todos disseram que eu melhorara muito; fiquei contente, pois para isso sempre houve, há e haverá possibilidade.
Louisa May Alcott: Vida, Cartas e Diário – Ednah Dow Cheney. Ed. Principis
Josué 7:7
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Existe é homem humano.
“Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! só estava era entretido na idéia dos lugares de saída e de chegada. Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso do que em primeiro se pensou: viver não é muito perigoso? Carece de ter coragem.”
João Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas
tra·ves·si·a
sf
1. Ato ou efeito de atravessar uma região, um continente, um mar etc.; travessa.
2. Vento forte e contrário à navegação.
3. Distância entre dois pontos marítimos ou terrestres.
4. Ação de atravessar gêneros, de açambarcar mercadorias.
5. Longo trecho de caminho desabitado.♠️
Neste 21 de julho nos chega o Arcano-travessia. O 6 de espadas. Depois deste hiato, (que ainda vai acontecer outras vezes nestas páginas, pois estou ainda longe de estar bem), chegamos numa espécie conclusão de jornada. O 6 de espadas fala sobre esse atravessar, muitas vezes sofrido, muitas vezes turbulento, mas mostra que chegamos inteiros ao fim de uma das muitas jornadas que faremos nesta travessia que é a vida. O primeiro verso da Divina Comédia de Dante já nos avisa do seguinte:
Da nossa vida, em meio da jornada,
Achei-me numa selva tenebrosa,
Tendo perdido a verdadeira estrada.
A metáfora da estrada, da travessia, é tão antiga quanto as mais antigas páginas da cultura ocidental. E se assim é, talvez seja porque de fato experienciamos como travessia, como viagem e jornada várias passagens da nossa vida, vários estágios e acontecimentos. É de um desses estágios que nos fala o arcano de hoje. Ele mostra que viajamos por algum lugar em águas outrora turbulentas e estamos nos aproximando de águas mais calmas. Temos terra à vista. Mirando o espelho de nossas vidas, o que encaramos neste momento de 6 de espadas é a chegada em algum lugar. Um alívio, um porto seguro. Ainda temos dor, ainda estamos doloridos da caminhada, molhados das tempestades, mas temos sol para aquecer e secar nossas vestes. Chegamos em algum lugar. Conseguimos desvencilhar alguma pendência, alguma dificuldade se foi. É um momento de celebração, embora não festiva ou efusivamente completa porque vem de uma trilha de espadas. Mas de toda forma, é um momento de descanso e ganho.
A experiência da travessia, do caminho pode ser pensada no seu caráter de vida pura e pulsante. Atravessando estamos comprometidos com o real, comprometidos com a ação e a responsabilidade, mesmo que não tenhamos consciência ou que seja intencional esse compromisso. Mas estar a caminho é estar mergulhado na vida e na esperança, ninguém se levanta para viajar sem uma sorte de fé ou de esperança. A travessia mostra a vida como força real. E além disso exige uma dose de singularidade e liberdade. Heidegger escreveu que tudo está no caminho, e que nós mesmos somos o caminho. E tinha razão o complicado filósofo.
E estritamente, quando buscamos um caminho, qualquer caminho, já estamos nele. Estar no caminho é condição da travessia, e é inescapável, não saímos de nós, e somos o caminho, e Nele, que é o caminho, a verdade e a vida. Essa é a metáfora poderosa. Isso numa dimensão basicamente ontológica, do nosso ser. Atravessar é, basicamente, ser. E estar vivo. Então, se chegamos estropiados e cansados a algum lugar, agradeçamos. E se não chegamos ainda, agradeçamos também, pois estamos a caminho, estamos sempre a caminho, se ainda existe vida.
Sebo nas canelas, queridos. Ou se já estão adiantados e chegaram, banhem-se e descansem, tem muita estrada ainda. Oxalá.
A carta 6 de espadas está associada ao elemento ar, que representa a mente, a comunicação, a intelectualidade e a razão. Ela também está relacionada ao número 6, que simboliza harmonia e cooperação. Essas associações influenciam a interpretação e o significado da carta 6 de espadas no contexto de uma leitura de tarô. A imagem da carta 6 de espadas mostra um barco navegando em águas calmas, conduzido por uma figura que parece estar em uma jornada. Esta imagem sugere um movimento tranquilo em direção a um novo destino, simbolizando a transição, a mudança e a superação de desafios. A presença das espadas na imagem indica que essa jornada envolve questões mentais, intelectuais e de comunicação. A carta 6 de espadas geralmente é interpretada como um sinal de que é chegada a hora de descansar em alguma vitória. Ela nos encoraja a buscar novos horizontes, a nos afastar de conflitos e dificuldades e a nos abrir para novas perspectivas. Essa carta também pode indicar a necessidade de buscar orientação, conselho ou apoio para lidar com as mudanças que estão por vir. Em termos de relacionamentos, a carta 6 de espadas pode indicar a necessidade de deixar para trás ressentimentos, mágoas ou desentendimentos do passado e seguir em direção a uma fase mais tranquila e harmoniosa. Ela sugere a importância da comunicação aberta e honesta para superar desafios e fortalecer os laços afetivos. No âmbito profissional, a presença da carta 6 de espadas pode apontar para a necessidade de se afastar de ambientes ou situações desgastantes. Ela também pode indicar a importância de buscar orientação ou mentoria para avançar em nossa carreira ou projetos profissionais. Em termos de saúde e bem-estar, a carta 6 de espadas sugere a importância de cuidar da saúde mental, de buscar o equilíbrio emocional. Ela também pode indicar a necessidade de buscar apoio profissional para lidar com questões emocionais ou mentais. Ao incorporar os ensinamentos dessa carta em nossa vida, podemos encontrar maior clareza mental, equilíbrio emocional e um caminho mais harmonioso em direção ao nosso crescimento pessoal e espiritual. |
Um texto para singrar qualquer mar
Assim correm as histórias, e como eu poderia deixar de lembrá-las enquanto bebericamos nosso vermute de despedida e eu escrevinho estas linhas? Mal seriam necessárias para reavivar o respeito que sinto diante de nossa empreitada, pois sou um sujeito respeitoso e, por assim dizer, trago as sobrancelhas sempre levantadas, como todo homem a quem coube a dádiva divertida, mas provinciana, de ter fantasia. Ninguém se torna um homem do mundo por obra dela, pois a fantasia nos “preserva” – se é que cabe o termo elogioso – de toda superioridade até a velhice. Ter fantasia não significa ser capaz de inventar uma coisa, e sim de levar as coisas a sério – e isso não é próprio do homem do mundo. Estamos aqui, muito implausivelmente, a ponto de repetir a viagem de Colombo além do Ocidente; por dias e dias vagaremos (em primeira classe) no vazio cósmico, entre dois continentes – mas não creio que a maioria de nossos companheiros de viagem esteja pensando alguma coisa do gênero a respeito. Onde estão, aliás? Estamos sozinhos no salão forrado de couro, agradavelmente vazio, e agora me ocorre que éramos praticamente só nós na lancha que nos trouxe até aqui pelas águas do porto de Boulogne-Maritime. O atendente do bar aproxima-se e informa, balançando a cabeça, que quatro passageiros da primeira classe, incluindo nós dois, embarcaram aqui, uma dúzia já vinha de Roterdam e quatro mais chegarão hoje à noite, em Southampton. Ninguém mais. O que dizer? Dizemos que, numa viagem como essa, a companhia de navegação inevitavelmente perderá muito dinheiro. Uma pena, é a crise, a depressão. Mas na viagem de volta, concordamos com ele, tudo deverá melhorar. Em junho começa a temporada europeia para os americanos: Salzburgo, Bayreuth, Oberammergau acenam à distância, não há erro. É nesses termos que ele se refere, tacitamente, às gorjetas. Assim-assim, com nítida reticência, o sujeito preocupado vai se conformando com a situação, enquanto ponderamos, do nosso ponto de vista, que será muito agradável viajar num navio tão vazio. Será quase todo nosso, viveremos como num iate particular. E a ideia de que não serei perturbado me leva de volta à minha leitura de viagem, ao volumezinho cor de laranja que, parte de um todo bem maior, está aqui a meu lado.
Leitura de viagem – um gênero cheio de conotações de pouco valor. A opinião geral pretende que o que se lê em viagem deve ser o mais fácil e raso possível, alguma besteira para se “passar o tempo”. Nunca entendi por quê. Pois, deixando de lado que a dita literatura de entretenimento é sem dúvida a coisa mais aborrecida que há na Terra, não consigo aceitar que, justamente numa ocasião séria e solene como uma viagem, devamos abdicar de nossos hábitos espirituais e nos entregar à tolice. O ambiente relaxado e descontraído da viagem criaria talvez uma disposição dos nervos e do espírito em que a tolice causasse menos repulsa que de costume? Falava ainda há pouco sobre respeito. Como tenho estima por nossa empreitada, parece-me certo e apropriado que também tenha estima pela leitura que há de acompanhá-la. O Dom Quixote é um livro mundial – o livro justo para uma viagem pelo mundo. Escrevê-lo foi uma aventura ousada, e a aventura receptiva que se cumpre ao lê-lo está à altura das circunstâncias. É estranho, mas jamais levei sua leitura sistematicamente até o fim. Quero fazê-lo a bordo e chegar à outra margem deste mar de histórias, assim como, dentro de dez dias, chegaremos à outra margem do oceano Atlântico.
O cabrestante rangeu enquanto eu registrava este propósito por escrito. Vamos agora subir ao deque e ver o que fica para trás e o que vem pela frente.
Thomas Mann – Viagens Marítimas com Dom Quixote – Ed. Zahar
Sem livros e sem FuzilArte de travessia, alegria alegria que tem demais. Que delícia estar vivo se tem tanto ainda. |
Livro
Odisseia – Homero. Não é possível falar de travessia sem pensar na Odisseia né? A travessia das travessias. Eu não terminei de ler ainda. Não inteirinha, de maneira linear. Mas já li várias vezes de maneira desordenada. Ainda não me autorizei a dizer: sim eu já li a Odisseia, mas a verdade é que mesmo quem não leu mas é ligado em literatura e na Grande Conversa mundial sabe o que acontece na Odisseia. E essa odisseia em específico, é uma volta pra casa. E isso é muito característico da carta 6 de espadas. A jornada de Ulisses é a que está inscrita em todos nós que fazemos parte do centro ou da periferia do ocidente. Uma parte imensa de nossa arte bebeu na Odisseia e é produto dela. Então é esse o livro por excelência do arcano 6 de paus. O que me encanta nele é esse mote de que a travessia é a própria vida. As muitas travessias de Ulisses nos ensinam o que é ser um humano. Ulisses cria a si mesmo atravessando, mesmo que já seja muito ser humano quando começa a longa jornada de volta. O encanto da Odisseia ainda é vivo, ainda pulsa e vale a pena ler, seja de maneira caótica, como a minha travessia, ou de maneira linear. Ler a Odisseia já pode ser em si uma travessia.
A narrativa do regresso de Ulisses a sua terra natal é uma obra de importância sem paralelos na tradição literária ocidental. Sua influência atravessa os séculos e se espalha por todas as formas de arte, dos primórdios do teatro e da ópera até a produção cinematográfica recente. Odisseia se tornou também um substantivo comum, que denomina jornadas marcadas por perigos e eventos inesperados, e Homero um adjetivo usado para relatar feitos grandiosos. Seus episódios e personagens – a esposa fiel Penélope, o filho virtuoso Telêmaco, a possessiva ninfa Calipso, as sedutoras e perigosas sereias – são parte integrante e indelével de nosso repertório cultural. O enredo pode ser resumido em poucas palavras. Em seu tratado conhecido como Poética, Aristóteles escreve: “Um homem encontra-se no estrangeiro há muitos anos; está sozinho e o deus Posêidon o mantém sob vigilância hostil. Em casa, os pretendentes à mão de sua mulher estão esgotando seus recursos e conspirando para matar seu filho. Então, após enfrentar tempestades e sofrer um naufrágio, ele volta para casa, dá-se a conhecer e ataca os pretendentes: ele sobrevive e os pretendentes são exterminados”.
Mais Um Livro
Caminhando no Gelo – Werner Herzog – Outro livro que acho muito dificil não mencionar quando penso em travessias, e em jornadas na vida, é este. É um livro incrível, intimista, corajoso e poético. O diretor de cinema Werner Herzog quando soube que uma querida amiga estava muito doente resolveu caminhar mais de mil quilômetros para encontrá-la. Foi levando praticamente nada, numa esperança louca de que sua caminhada pudesse interferir no desfecho da doença da amiga. E foi registrando o caminho, os perrengues, os pensamentos, e as paisagens e cidades que encontrou pelo caminho, enquanto refletia. É um livro que está longe de ser um clichê de relatos de peregrinação. Eu amei e esse livro ficou comigo por muito tempo.
Ele já era um cineasta conhecido quando em fins de novembro de 1974, em Munique, recebeu telefonema de um amigo de Paris dizendo que Lotte Eisner “estava muito doente, à beira da morte.” A reação de Werner Herzog foi passional: “Não pode ser (…) Não agora. O cinema alemão não pode ficar sem ela, não devemos deixá-la morrer. Peguei um casaco, uma bússola e uma sacola com o indispensável. Minhas botas estavam tão sólidas e novas, que me inspiraram confiança; Pus-me a caminho de Paris pela rota mais curta, na certeza de que ela viveria se eu fosse encontrá-la a pé, Além disso, tinha vontade de ficar só” (p. 7).
E assim foi feito: os mil quilômetros que separam Munique de Paris foram percorridos entre 23 de novembro e 14 de dezembro de 1974. Werner Herzog foi escrevendo no caminho o que lhe passou pela cabeça em um caderninho de notas que, a princípio, não deveria ser publicado. Quase quatro anos depois, ao reler seus registros, confessou: “fui tomado de uma estranha emoção, e o desejo de mostrá-lo venceu minha timidez de desnudar-me assim aos olhos dos outros”
Ainda outro livro
(Mas deste não vou falar muito porque é um dos 3 livros que eu mais amo nesta vida. E também mostra uma imensa travessia. Falarei em outro post, em outra carta. Deixo só pra dar um gostinho. E saibam desde já que esse nome em português ficou horrível. )
Filme
Uma História Real – David Lynch – 1999. Eu vi esse filme por acaso um dia destes, e fiquei bem impressionada. O filme tinha tudo pra que eu não gostasse dele, exceto o fato de ser um filme do David Lynch. Se passa no interior dos EUA, cheio de homens velhos, brancos, heteros, de pescoço vermelho. A história parecia ser típica deste tipo de pessoa. Mas era David Lynch e resolvi ver. Na verdade, não só por isso, me intrigou um pouco que fosse a história real de um senhor que resolveu percorrer centenas e centenas de quilômetros no interior dos EUA dirigindo um cortador de grama. Resolvi pagar pra ver e não me arrependi. É um filme belíssimo, comovente sem ser piegas, com uma história bem contada e muito peculiar. É a travessia do Sr. Alvin rumo a encontrar parte dele mesmo, e encontrar o que lhe improta. Vale demais ser visto. Mesmo quem tem dificuldade com a estranheza do David Lynch pode ver sem medo, pois é bastante linear e nada bizarro.
Um retrato lírico da real viagem de um homem através do coração da América. Filmado ao longo da rota de 260 milhas que Alvin Straigt percorreu em 1994, indo de Laurens, Iowa para Mr. Zion, Wisconsin, História Real conta as crônicas da odisséia de Alvin e das pessoas com as quais encontrou ao longo da travessia. É baseado na história real da jornada de Alvin Straight em 1994 através de Iowa e Wisconsin em um cortador de grama. Alvin é um idoso veterano da Segunda Guerra Mundial que mora com sua gentil filha com deficiência intelectual. Quando ele ouve que seu irmão distante sofreu um derrame, Alvin decide visitá-lo e, esperançosamente, fazer as pazes antes que ele morra. Como as pernas e os olhos de Alvin estão muito prejudicados para que ele obtenha uma carteira de motorista, ele engata um reboque em seu cortador de grama John Deere 110 de trinta anos de idade, que tem uma velocidade máxima de cerca de 5 milhas por hora (8,0 km/h), e parte em uma jornada de 240 milhas (390 km) de Laurens, Iowa, até Mount Zion, Wisconsin. O filme foi lançado pela Buena Vista Pictures (sob a marca da Walt Disney Pictures) nos Estados Unidos e foi um sucesso crítico, apesar de ter um desempenho abaixo do esperado nas bilheterias. Os críticos elogiaram a intensidade das performances dos personagens, especialmente o diálogo realista que o crítico de cinema Roger Ebert comparou às obras de Ernest Hemingway. Ele recebeu uma indicação à Palme d’Or no Festival de Cinema de Cannes de 1999 e Richard Farnsworth recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator.
Série
Travelers – Brad Wright – 2016. Eu não sou uma boa leitora de ficção científica, quase não li nada deste gênero. Mas sou uma excelente espectadora. Minhas séries preferidas são todas de ficção científica. Alguns filmes preferidos também. Sempre fico desencavando séries assim pra ver. Essa série é excelente, mas não teve um final satisfatório. Não porque o fim tenha sido ruim, mas porque a netflix cancelou na terceira temporada. Como fim de temporada, foi ótimo o final, amarrou pontas explicou coisas. Mas deixou um gosto de quero mais, deixou muitos pontos para serem continuados. E claro que isso é frustrante. Mas foi muito mais para quem estava assistindo ao vivo. Mesmo assim, a história é excelente, deliciosa de assistir, eu me envolvi imensamente com ela. Recomendo muito, com a ressalva de que poderia ter continuado por muito tempo ainda.
Travelers foi uma série de televisão de ficção científica canadense-americana criada por Brad Wright, estrelado por Eric McCormack, MacKenzie Porter, Jared Abrahamson, Nesta Cooper, Reilly Dolman e Patrick Gilmore. A série é uma coprodução internacional entre o serviço de streaming Netflix e o canal especializado canadense Showcase nas duas primeiras temporadas, após o que a Netflix assumiu como única empresa de produção e distribuidor mundial exclusivo. A série estreou no Canadá em 17 de outubro de 2016 e em todo o mundo em 23 de dezembro de 2016. Uma segunda temporada seguiu em 2017, e uma terceira temporada foi lançada em 14 de dezembro de 2018.
Em um futuro pós-apocalíptico, milhares de agentes especiais são encarregados de impedir o colapso da sociedade. Esses agentes, conhecidos como “viajantes”, têm suas consciências enviadas de volta no tempo e transferidas para o corpo dos indivíduos atuais que, de outro modo, seriam momentos da morte, para minimizar o impacto inesperado na linha do tempo. A transferência requer a localização exata do alvo, possibilitada pelos smartphones e GPS do século XXI. Preparados usando mídias sociais e registros públicos referentes a seus alvos, cada viajante deve manter a vida preexistente do hospedeiro como pelo resto de suas vidas, enquanto realizam missões em equipes de cinco pessoas. Essas missões são ditadas pelo Diretor, uma inteligência artificial no futuro que monitora a linha do tempo, visando salvar o mundo de uma série de eventos catastróficos. Um método pelo qual o diretor se comunica com os viajantes é através de crianças pré-púberes usadas como mensageiras; Ao contrário dos adultos, qualquer criança pode ser seguramente tomada por alguns minutos e depois liberada do controle sem o risco de matá-los. Todos os viajantes devem se comportar de acordo com certos protocolos para proteger o cronograma.
♫ Playlist
Sorriso Aberto Jovelina pérola negra
Peripécias da Vida – Jovelina Pérola Negra
O Trenzinho do Caipira – Heitor Villa-Lobos
Alegria Alegria – Caetano Veloso
Deixa a vida me levar – Zeca Pagodinho
Chan Chan – Buena Vista Social Club
Você Não Entende Nada – Caetano & Chico
A Vida do Viajante – Luiz Gonzaga
Máscara – Pitty
Nada Será Como Antes – Milton Nascimento
Travessia do Eixão – Legião Urbana
Travessia do Araguaia – Tião Carreiro & Pardinho
As Curvas da Estrada de Santos – Roberto Carlos
Estrada – Cidade Negra
Na Estrada – Marisa Monte
Catedral – Zélia Duncan
Estrada da Vida – Milionário & José Rico
Vamos Fugir – Skank
Preciso me encontrar – Cartola
Encontros e Despedidas – Maria Rita
Hotel California – Eagles
Taxi Lunar – Zé Ramalho
Paris, Texas – Lana Del Rey
trajeto entre tons de escuridão destino pode até ser escolhido com outros olhos eu me espantaria pode me levar, mar laís mr |
21 de julho é o 202.º dia do ano no calendário gregoriano (203.º em anos bissextos). Faltam 163 dias para acabar o ano.
Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.
Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.
© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. E esse inverno infernal? |