Mês: agosto 2024

e se você trouxer o seu lar

Belo Horizonte 25 de agosto de 2024

🥵16° – 31° 


Em 1660 ocorreu a Revolta da Cachaça, no Rio de Janeiro. Em 1825 o Uruguai se proclamou independente do Império do Brasil. Em 1933 o terremoto de Diexi matou 9000 pessoas na China. Em 2012 a sonda Voyager 1 se tornou o primeiro objeto construído pelo homem a sair do Sistema Solar. Em 2020 a África foi declarada livre da poliomielite. Neste dia aniversariam Sean Connery, Frei Betto, Tim Burton, Bernardinho, Fernanda Takai. Num 25 de agosto deixaram o mundo: em 1776 David Hume, em 1867 Michael Faraday, em 1984 Truman Capote, em 2012 Neil Armstrong, e em 2019 Fernanda Young.


A vida na hora.
Cena sem ensaio.
Corpo sem medida.
Cabeça sem reflexão.

Não sei o papel que desempenho.
Só sei que é meu, impermutável.

De que se trata a peça
devo adivinhar já em cena.

Despreparada para a honra de viver,
mal posso manter o ritmo que a peça impõe.
Improviso embora me repugne a improvisação.
Tropeço a cada passo no desconhecimento das coisas.
Meu jeito de ser cheira a província.
Meus instintos são amadorismo.
O pavor do palco, me explicando, é tanto mais humilhante.
As circunstâncias atenuantes me parecem cruéis.

Não dá para retirar as palavras e os reflexos,
inacabada a contagem das estrelas,
o caráter como o casaco às pressas abotoado –
eis os efeitos deploráveis desta urgência.

Se eu pudesse ao menos praticar uma quarta-feira antes
ou ao menos repetir uma quinta-feira outra vez!
Mas já se avizinha a sexta com um roteiro que não conheço.

Isto é justo – pergunto
(com a voz rouca
porque nem sequer me foi dado pigarrear nos bastidores).

É ilusório pensar que esta é só uma prova rápida
feita em acomodações provisórias. Não.
De pé em meio à cena vejo como é sólida.
Me impressiona a precisão de cada acessório.
O palco giratório já opera há muito tempo.
Acenderam-se até as mais longínquas nebulosas.
Ah, não tenho dúvida de que é uma estreia.
E o que quer que eu faça,
vai se transformar para sempre naquilo que fiz.

♣️

Wislawa Szymborska



Em 25 de agosto de 1961 Jânio Quadros escreveu a carta-renúncia 🙄:

“Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções, nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta nação, que pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, a única que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.
“Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou de indivíduos, inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até com a desculpa de colaboração.
“Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo que não manteria a própria paz pública.
“Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes, para os operários, para a grande família do Brasil, esta página da minha vida e da vida nacional. A mim não falta a coragem da renúncia.
“Saio com um agradecimento e um apelo. O agradecimento é aos companheiros que comigo lutaram e me sustentaram dentro e fora do governo e, de forma especial, às Forças Armadas, cuja conduta exemplar, em todos os instantes, proclamo nesta oportunidade. O apelo é no sentido da ordem, do congraçamento, do respeito e da estima de cada um dos meus patrícios, para todos e de todos para cada um.
“Somente assim seremos dignos deste país e do mundo. Somente assim seremos dignos de nossa herança e da nossa predestinação cristã. Retorno agora ao meu trabalho de advogado e professor. Trabalharemos todos. Há muitas formas de servir nossa pátria.”

Brasília, 25 de agosto de 1961. Jânio Quadros

Carta renúncia de Jânio Quadros.
“Ao Congresso Nacional.
Nesta data, e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça, as razões de meu ato, renuncio ao mandato de Presidente da República.
Brasília, 25.8.61.”


Mas com gente é diferente

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2

A carta deste domingo é o nove de paus. Não sei se chegou numa boa hora.Uma das características desta carta é estar sempre defasada. Na hora errada. O 9 de paus fica parado e perde alguns bondes e trens. Essa carta é o tio do pavê, o anacrônico que ainda acha que em pleno 2024 aquilo que não é espelho é mimimi. É uma das faces do nove de Paus, estar em desacordo com seu tempo, não entender o zeitgeist. E nem é preciso ser velho para sofrer do anacronismo deste arcano. Embora essa característica seja mais frequente em pessoas envelhecidas, cronológica ou espiritualmente.
Essa carta é um enorme alerta. Um alerta para que você não se perca na tradução. Para que você consiga traduzir o seu próprio tempo. É a carta que revira os olhos quando dizemos “na minha época que era bom”, “no meu tempo tudo era mais legal/inteligente/interessante______”.
Esse arcano surge como um trem que pára alguns segundos e diz: sobe nesse trem, menina. Se você não subir ele não passará mais. Ele alerta aquelas pessoas que estão nos anos 20 do século XXI usando as ferramentas dos anos 90 do século XX. Meus amores, os anos 90 já foram. Aquilo que você, da minha geração, ou de gerações anteriores, aprendeu naquela época, em sua maioria já passou e não serve mais para analisar e nem para viver os anos 20. Não vamos atrapalhar o século com nossa ignorância, nosso atraso, nossa arrogância que teima em usar fichas de orelhão nos smartphones. Vamos parar de atravancar os caminhos do tempo, os caminhos do mundo. Sabe, é preciso sempre aprender. Uma característica negativa para a qual essa carta alerta é a certeza de que, passados os 20, 30, 40 anos, não se tem mais nada para aprender. É uma carta que adverte para a cristalização do que se pensa saber. Não vamos inventariar nossa sapiência apenas, vamos aprender de novo. Só se vive bem aprendendo. Ah, eu estou cansada, o capitalismo, o trabalho, os filhos, a pobrezaSim, tudo isso e muito mais. Sim, nada disso deveria ser impeditivo, só você pode aprender por si e para si... Não há osmose de conhecimento e aprender inglês dormindo, bem, ¯ \ _ (ツ) _ / ¯
Ah, minha cabeça não dá mais para isso. Oi? Só aprende quem é vivo. O tempo de aprender com os erros ou acertos, ou só aprender, é hoje. Você não é velho demais para isso, nem aos 117 anos.
Talvez a humanidade poucas vezes tenha visto uma mudança tão enorme e radical como, justamente, na passagem dos anos 90 para o nosso agora. Foi radical, foi aterrorizante (se você estava acordado), foi magnífica. Nos meteu nessa embrulhada gigantesca que vivemos agora. O trem da história passou, e nos deixou no orelhão da Telemig esperando a ficha cair. Quer dizer, não deixou a todos, claro.
Trouxe essa geração atual que como toda geração protagonista, é linda. E se você acompanhou e acompanha bem essa passagem das décadas, dos séculos e do milênio, esse arcano só vai lhe trazer bençãos. Ele é o arcano que mais aprende com os erros. Ele é ressabiado, mas aprende, sempre.
Mas se você está parado esperando as ridículas portas da esperança se abrirem para viver, sinto muito por você.
O que quer dizer com isso esse estranho 9 de paus? Quer dizer para você abrir sua velha caixa de ferramentas e se dar conta de que é preciso pensar tudo de novo. E tudo, é tudo, não vai doer. Ou vai, mas não disseram que só tecido morto não dói? É preciso ter 20 anos novamente, é preciso se deslumbrar com o mundo e não atrapalhar, atravancar com falas e atitudes idiotas o caminho de quem está tentando melhorar as coisas. Já temos atrasos demais, por favor, não seja o velho babão que acha o mundo chato porque não pode mais ofender. Até essa advertência já devia ter envelhecido, já devia poder ter sido enterrada. Mas infelizmente, não, tem muito tio e tia véios atravancando vários passarinhos.
Boa semana, queridos, não esqueçam as chaves de fenda, e que suas cabeças façam menos clang clang.

O Nove de Paus é uma carta do tarô que representa resistência, perseverança e proteção. Na imagem mais clássica desta carta, vemos um homem com uma expressão determinada segurando um grande bastão, simbolizando a força interior necessária para enfrentar desafios e superar obstáculos. Quando o Nove de Paus aparece em uma leitura de tarô, ele sugere que a pessoa está passando por um período de dificuldades, mas possui a força e a determinação necessárias para superá-las. Esta carta nos lembra que sempre é possivel evoluir e aprender com os próprios erros. Além disso, o Nove de Paus também fala sobre a importância de estabelecer limites e se proteger. Ele nos lembra que, em certas situações, é fundamental defender nossos interesses e preservar nossa energia. Quando se trata de aprender com os erros, o 9 de paus no Tarô pode oferecer uma perspectiva valiosa. Esta carta nos lembra que todos nós enfrentamos desafios e obstáculos em nossa jornada, e que é importante encontrar força e determinação para superá-los. No entanto, também nos lembra que é fundamental reconhecer quando estamos sobrecarregados e precisamos fazer uma pausa. A capacidade de aprender com os erros está intrinsecamente ligada à nossa capacidade de nos adaptar e crescer. O 9 de paus nos lembra que cometer erros faz parte da vida, mas o que realmente importa é como lidamos com esses erros. O 9 de paus nos encoraja a não desistir diante das dificuldades, mas também a não deixar que elas nos consumam. Em vez disso, devemos buscar maneiras de superar os obstáculos e aprender com eles. A carta também nos lembra da importância da autoconfiança. Ao aprender com os erros, é essencial acreditar em nossa capacidade de superar desafios e seguir em frente. A autoconfiança nos ajuda a enfrentar os erros de cabeça erguida, sabendo que somos capazes de aprender e crescer com eles.

Um texto que nos mantem eternamente jovens

Mas o que é, afinal, uma noite? Um curto espaço, especialmente quando a escuridão diminui tão cedo, e tão cedo um pássaro chilreia, um galo canta, ou um verde desmaiado se aviva, tal como uma folha revirada no oco de uma onda. A noite, entretanto, sucede à noite. O inverno guarda uma boa safra delas em estoque e as distribui igualmente, imparcialmente, com dedos infatigáveis. Elas aumentam; elas escurecem. Algumas delas mantêm no alto planetas límpidos, placas de luminosidade. As árvores outonais, devastadas como estão, trajam o clarão de bandeiras esfarrapadas ardendo na escuridão dos frios porões de catedrais onde letras douradas sobre páginas de mármore descrevem a morte na batalha e contam como, muito longe, os ossos se desbotam e queimam nas areias indianas. As árvores outonais cintilam à luz amarela do luar, à luz da lua de colheita, a luz que suaviza a energia do trabalho, e amacia o restolho, e traz a onda batendo toda azul na praia.

Parecia agora como se, tocada pela penitência humana e toda sua labuta, a bondade divina tivesse corrido a cortina e exibido, atrás dela, únicos, distintos, a lebre à espreita; a onda quebrando; o barco ondulando; os quais, se os merecêssemos, deveriam ser sempre nossos. Mas, ai – a bondade divina, puxando o cordão, cerra a cortina; isso não lhe agrada; ela cobre os seus tesouros sob uma enxurrada de granizo, e de tal forma os rompe, de tal forma os desintegra que parece impossível que sua calma algum dia retorne, ou que de seus fragmentos possamos, algum dia, recompor um todo perfeito ou ler nos desordenados pedaços as claras palavras da verdade. Pois nossa penitência merece um vislumbre apenas; nossa labuta, uma pausa apenas.

As noites estão agora cheias de ventania e destruição; as árvores cedem e se curvam, e suas defloradas folhas voam a torto e a direito até cobrirem todo o gramado e acabarem aos montes nas bocas de lobo, e entupirem os bueiros, e inundarem as úmidas trilhas. O mar também se agita e rebenta, e caso algum adormecido, imaginando que possa encontrar na praia uma resposta para suas dúvidas, um comparsa para sua solidão, se desfaça de suas roupas de cama e desça sozinho para caminhar na areia, nenhuma imagem, com atitude de ajuda e divina presteza, acorre prontamente para trazer a noite à ordem e fazer o mar refletir a bússola da alma. A mão encolhe-se em sua mão; a voz grita em seu ouvido. Parece quase inútil fazer à noite, nessa confusão, estas perguntas referentes ao quê, e ao porquê, e ao para quê, que tiravam o adormecido de seu leito para buscar uma resposta.

[O Sr. Ramsay, andando aos tropeções por um corredor, numa manhã escura, estendeu os braços, mas, tendo a Sra. Ramsay morrido um tanto subitamente na noite anterior, seus braços, embora estendidos, continuaram vazios.]

Virginia Woolf – Ao Farol – Ed. Autêntica – Tradução Tomaz Tadeu

Meu Coração Navegador

Um pouco de arte também desenferruja e lustra as ferramentas

Livro

Esperando Godot – Samuel Beckett – Esse livro porque todos somos Vladimir e Estragon à beira do caminho. Beckett faz essa assombrosa peça e só quer nos dizer do absurdo que é a vida e nossas esperas. Não sabemos ao certo quando chega Godot. Ontem? Hoje, amanhã? Virá Godot a este lugar? É realmente Godot o nome dele? Precisamos ir embora. Não podemos, estamos esperando Godot… Vladimir e Estragon deixaram quantos bondes passarem? Eu adoro escrever esse almanaque, porque só li este livro agora, e para esse arcano. E que delícia, não poderia realmente não ter lido Esperando Godot. E vocês abram a caixa, e leiam Esperando Godot, que a hora pode chegar ou não. 


Esperando Godot marca o início da publicação da obra de Samuel Beckett pela Companhia das Letras. Expoente do Teatro do Absurdo, escrita em 1949 e levada aos palcos pela primeira vez em 1953, Esperando Godot é uma tragicomédia em dois atos que segue desafiando público e crítica. Na trama, duas figuras clownescas, Vladimir e Estragon, esperam por um sujeito que talvez se chame Godot. Sua chegada, que parece iminente, é constantemente adiada. Em um cenário esquálido ― uma estrada onde se vê uma árvore e uma pedra ―, Beckett revoluciona a narrativa e o teatro do século XX. A edição conta com tradução e posfácio do professor e crítico Fábio de Souza Andrade, ilustração de capa do pintor alemão, e profundo admirador de Beckett, Georg Baselitz e textos críticos inéditos em português dos especialistas Ronan McDonald e Steven Connor.


Filme

Susie e os Baker Boys. Steve Kloves – 1989. Esse filme foi sugestão do Akio, eu tinha visto há muitos anos e não me lembrava mais de muita coisa. Revi hoje. E tem tudo a ver com a carta da semana. É uma história de pessoas que perderam o bonde da vida. O personagem de Jeff Bridges deixou a vida passar em nome de sentimentos variados e sente ter se perdido tentando preservar uma parceria. O filme todo já começa com uma incrível sensação de defasagem de tempo. Nos anos 80, quando foi feito, já estava querendo mostrar um clima de decadência. Os irmãos Baker tocam piano em hotéis, para um público antiquado e já no começo do filme estão em franca decadência. As músicas escolhidas e tocadas por eles já demonstram que o tempo passou e o público esperava coisas novas. Eu amei o filme. É tão nostálgico, transporta a gente direto para os anos 80 e toda sua glória. Mas também toda sua idiossincrasia. Tem coisas que seriam inaceitáveis hoje em dia, e isso mostra que algumas coisas realmente não passam no teste do tempo, como quer mostrar o 9 de Paus. Vale muitíssimo à pena ser visto, é desses filmes que não se fazem mais, desse tipo de filme que só quer contar uma história. Eu queria poder falar com mais propriedade dele, porque me tocou bastante, mas não vai dar tempo, então reforço, vejam, é um filme muito diferente dos filmes feitos hoje em dia e rende uma reflexão muito pertinente sobre o tema da semana.


Os irmãos Frank (Beau Bridges) e Jack Baker (Jeff Bridges) se apresentam juntos em um pequeno porém bem-sucedido número de piano, mas a falta de ambição os prejudica. Eles começam a perder shows e acabam relegados a lugares de terceira categoria. Na tentativa de dar vida nova às apresentações, os irmãos recrutam a bela Susie Diamond (Michelle Pfeiffer). O novo grupo faz sucesso, mas uma crescente atracão entre Susie e Jack ameaça a estabilidade do trio.


Série

Downton Abbey – 2010 -2015. Direção de Brian Percival. Essa é uma das minhas séries preferidas da vida. Adorei ver e invejo as pessoas que nunca viram. E ela mostra muito bem o cenário do 9 de Paus. Mostra a passagem de um mundo a outro, mostra a morte de um tempo com tudo que isso implica. Fala de profundas transformações sociais e das consequencias disso. É muito interssante ver a decadência, se não da aristocracia, pelo menos de seu simbolismo. E é uma ´serie bonita, com histórias ótimas, pouco óbvias e cheia de dramas humanos que são bons de acompanhar. É um 9 de Paus em ação. 


Downton Abbey é uma série de televisão britânica, do gênero drama histórico, ambientada no início do século XX, criada e co-escrita por Julian Fellowes. Produzida pela companhia Carnival Films, a série estreou em 20 de setembro de 2010 na rede ITV no Reino Unido. No início do século XX, a família Crawley luta para manter o legado de Downton Abbey. Após a morte de um parente que estava à bordo do Titanic, Robert Crawley (Hugh Bonneville) descobre que o novo herdeiro da propriedade é um sobrinho distante, Matthew Crawley (Dan Stevens), um advogado com pensamentos modernistas. Enquanto Robert e sua esposa Cora (Elizabeth McGovern) se preocupam com o futuro das suas filhas, Mary (Michelle Dockery), Edith (Laura Carmichael) e Sybil (Jessica Brown Findlay), os empregados da mansão trabalham para manter a rotina da família, com todas as regras da época.


♫ Playlist

Os Cegos do Castelo – Titãs
Mudar – Dani Black & Milton Nascimento
Anacrônico – Pitty
Metamorfose Ambulante – Raul Seixas
Divã – Roberto Carlos
Segue o seco – Marisa Monte
Just breathe – Pearl Jam
Linda Juventude – 14 Bis
Sobradinho – Sá & Guarabira
Admirável chip novo – Pitty
Forever Young – Alphaville
Foi Um rio que passou em minha vida – Paulinho da Viola
The Logical Song – Supertramp
Blowin’ In The Wind – Bob Dylan
Disparada – Jair Rodrigues
Quero Voltar pra Bahia – Paulo Diniz
Saudosa Maloca – Adoniram Barbosa


O jabuti que só possuía uma casca branca e mole deixou-se morder pela onça que o atacava. Morder tão fundo que a onça ficou pregada no jabuti e acabou por morrer.
Do crânio da onça o jabuti fez seu escudo.

Antonio Callado

Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Estamos morrendo esturricados.

Resumo do post de hoje

Assistam, é curtinho, menor que um story

Se não der, clique aqui


25 de agosto é o 237.º dia do ano no calendário gregoriano (238.º em anos bissextos). Faltam 128 dias para acabar o ano.