que Merlim não revelou

Belo Horizonte, 18 de fevereiro de 2024

⛈19° – 26°


Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo. De acordo com o Surya Siddhanta, a era Kali Yuga começou à meia-noite de 18 de fevereiro de 3102 aC. Esta também é considerada a data em que Krishna deixou a terra para retornar a Vaikuntha. Em 1678O Peregrino” de John Bunyan foi publicado em Londres. Em 1772 foi fundada a Academia Científica do Rio de Janeiro.  Em 1884 a polícia russa apreende todas as cópias do livro Minha Religião, de Tolstoi. Em 1930, neste dia, Clyde Tombaugh descobre Plutão. Em 1943 os nazistas prenderam os membros do movimento Rosa Branca. Em 1962 se deu a fundação do Partido Comunista do Brasil.  Em 1968 David Gilmour se juntou ao Pink Floyd. Em 1977 George Harrison lançou “True Love” Em 18 de fevereiro de 1979 caiu neve no deserto do Saara. Em 1883 nasceu Níkos Kazantzákis, em 1931 Toni Morrison, em 1932  Miloš Forman, em 1933 Yoko Ono, em 1934 Audre Lorde, e em 1954 John Travolta.



O DESEJADO

Onde quer que, entre sombras e dizeres,
Jazas, remoto, sente-te sonhado,
E ergue-te do fundo de não-seres
Para teu novo fado!
Vem, Galaaz com pátria, erguer de novo,
Mas já no auge da suprema prova,
A alma penitente do teu povo
À Eucaristia Nova.
Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,
Excalibur do Fim, em jeito tal
Que sua Luz ao mundo dividido
Revele o Santo Gral!
Graal o que te alimenta, o caldeirão da abundância
A resolução dos opostos dentro de si
O que importa é a jornada

♣️

Fernando Pessoa


Em um dia 18, das anotações pessoais de Virginia Woolf: (meu Deus, que texto!)

Quando criança, então, assim como hoje, meus dias continham uma grande proporção desse algodão cru, dessa não-existência. Uma semana após a outra passava em St. Ives e nada produzia uma impressão mais forte em mim. E então, sem nenhuma razão aparente, houve de repente um choque violento; algo aconteceu com tanta violência que nunca mais pude esquecê-lo. Vou enumerar alguns exemplos. O primeiro: eu estava lutando com Thoby na grama. Estávamos esmurrando um ao outro. No momento exato em que ergui minha mão para socá-lo, pensei: por que machucar outra pessoa?
Deixei minha mão cair no mesmo instante, e fiquei parada, deixei que ele batesse em mim. Lembro-me da sensação. Foi um sentimento de tristeza desesperançada. Era como se eu me tivesse dado conta de algo terrível; e de minha própria impotência. Escapuli, sentindo-me horrivelmente deprimida. O segundo: foi também no jardim em St. Ives. Eu estava olhando o canteiro de flores junto à porta da frente;
Isso é o todo, eu disse. Estava olhando uma planta com uma grande folhagem; e de repente ficou claro que a própria flor era uma parte da terra; que um anel envolvia aquilo que era a flor; e essa era a verdadeira flor; parte terra, parte flor. Foi um pensamento que guardei comigo, julgando provável que ele me fosse ser muito útil mais tarde. O terceiro: foi também em St. Ives. Algumas pessoas de sobrenome Valpy tinham passado uns tempos em St. Ives e tinham ido embora. Estávamos esperando o jantar ser servido uma noite, quando, não sei como, ouvi meu pai ou minha mãe dizer que o Sr. Valpy tinha se matado. Só me lembro de que depois eu me vi no jardim à noite, andando no caminho junto à macieira. Pareceu-me que a macieira tinha relação com O horror do suicídio do Sr. Valpy. Não consegui passar por ela. Fiquei parada olhando as pregas verde-acinzentadas da casca da árvore – era uma noite enluarada – num transe de horror. Eu tinha a impressão de estar sendo arrastada para baixo, sem salvação, para algum abismo de desespero absoluto do qual não podia escapar. Meu corpo parecia paralisado.
Esses são três exemplos de momentos excepcionais. Muitas vezes eu os enumero mentalmente, ou melhor, eles vêm à superfície inesperadamente. Mas agora que os coloquei por escrito pela primeira vez, percebo algo que nunca percebi antes. Dois desses momentos acabaram num estado de desespero. O outro, ao contrário, acabou num estado de satisfação. Quando disse “Isso é o todo”, a respeito da flor, senti que tinha feito uma descoberta. Senti que tinha guardado na minha mente algo [a] que voltaria, para estudar e investigar. Percebo agora que a diferença foi profunda. Foi, em primeiro lugar, uma diferença entre desespero e satisfação. Creio que essa diferença resultou do fato de eu ter me sentido incapaz de enfrentar a dor de descobrir que as pessoas machucam umas às outras; que um homem que eu conhecera tinha se matado. O horror que experimentei me deixou sem ação. Mas, no caso da flor, encontrei um motivo; e então consegui lidar com a sensação. Não fiquei sem ação. Percebi — embora de uma maneira vaga — que, com o tempo, eu explicaria aquilo.

 Virginia Woolf –  Momentos de Vida – Ed. Nova Fronteira

Ao despertar de seu sono, Jacó disse: “De fato, Javé está nesse lugar e eu não sabia. E com temor, disse:”Este lugar é terrível. Não é nada menos do que A Casa de Deus. Esta é a porta do Céu”.

Gênesis 28:16-17

Se um homem ama a vida e sente a sacralidade e o mistério da vida, então ele sabe que a vida está cheia de imperativos estranhos, sutis e até conflitantes. E um homem sábio aprende a reconhecer os imperativos à medida que surgem – ou quase isso – e a obedecer. Mas a maioria dos homens se machuca mortalmente tentando lutar e superar suas próprias necessidades, nascidas da vida, os sempre estranhos imperativos da vida. O segredo de toda a vida é a obediência: obediência ao impulso que surge na alma, ao impulso que é a própria vida, impelindo-nos para novos gestos, novos abraços, novas emoções, novas combinações, novas criações.

D. H. Lawrence

A semana que vem depois do Carnaval, para nós brasileiros, tem um espírito muito propício ao recomeço. É mais uma, entre tantas chances, de ser de novo. Quem sabe agora faremos as coisas certas, quem sabe o jogo vai virar a nosso favor. É uma semana sempre, ou quase sempre, esperançosa. E para essa semana a carta que me escapou das mãos se impondo, foi o Ás de Copas. Uma carta bonita, feliz, e bem cheia de esperanças e recomeços.

Esse arcano, diz Rachel Pollack, é o próprio Santo Graal. É o desenho do Cálice Sagrado que está na carta do baralho de Smith-Waite.
Essa carta significa várias coisas, quase todas ligadas ao amor. Como um Ás, ela representa um início, uma força inicial, um primeiro passo numa viagem. E a jornada em busca do Santo Graal é sempre interior, pessoal e intransferível. A busca do Graal é a busca de cada um de nós pelo Sagrado. É o que em nós que anseia e deseja o numinoso, o mysterium tremendus, que necessita ocasionalmente tocar o céu para poder continuar na terra.

O aspecto do Ás de Copas que aparece hoje tem similaridade com a carta O Mundo. Mas a diferença é que a carta do Mundo é o Sagrado em si mesmo, em sua dimensão paradisíaca, e já está pronto, já está dado. O Ás de copas não está pronto, estamos ainda confusos, machucados, estamos no mundo, e precisamos encontrar e saber o que é sagrado para nossa vida e nossa permanência no mundo. Temos que saber o que é intocável, o arcano nos pede que dentro do cálice encontremos o elixir da vida. O Ás de Copas é a busca pelo Graal, ou é o encontro com ele, às vezes, o encontro inesperado. Já que a mão desenhada na carta, é a mão divina que nos oferta o cálice que contem o sangue sagrado. O sangue que pode ser até mesmo a pedra alquímica em nossa vida. O encontro do cálice é divinal.

Talvez pareça que o tarô está sendo repetitivo. Mas isso é porque não levamos a sério ainda seu apelo, o apelo para encontrarmos o sentido. Já estivemos no lugar de nos darmos conta, já chegamos ao paraíso, mas precisamos manter esse sentido em nós, precisamos saber o que nos é sagrado, e o que, em nós é sagrado, para continuar o ano e terminar a subida da escada de Jacó. E depois começar tudo de novo, o Sagrado é cíclico também. A dimensão aterrorizante do sagrado é real, a sarça ardente queima e pode cegar. Talvez esse medo nos afaste da busca. Porém, mesmo com o terror e o tremor, que sempre aparecem, o próximo passo é iluminação, é ser tocado pelo divino. Para em seguida atravessar o rio do esquecimento e começar de novo.

O Ás de Copas nos fala sobre a busca pelo que é sagrado em nossa história e contexto. O Sagrado é um anseio de potência, é o que nos move e nos tira da cama todos os dias. Sem acreditar que algo é sagrado para nós seria muito difícil continuar.

Diz o psicólogo Gilberto Safra:

A pessoa não se instaura de forma definitiva, mas, sim, em ciclos. O indivíduo pode ter elementos de seu ser que se inscreveram no encontro com o outro e muitos outros que não chegaram a evoluir e a se simbolizarem. Esse fenômeno leva o indivíduo a experimentar a necessidade de encontrar um objeto que possa promover a evolução dos aspectos de seu ser que não chegaram a acontecer pelo encontro com um outro ser humano, condição necessária para colocar em marcha o processo de devir de si-mesmo.

Cada vez que depara com um determinado aspecto que, potencialmente, poderia vir a se constituir na relação com um outro como um elemento de si, a pessoa experimenta, novamente, uma vivência de alegria, de júbilo, de encantamento. A experiência vivida dessa forma é, freqüentemente, nomeada pela pessoa como sagrada. A experiência do sagrado surge antes que o indivíduo tenha qualquer tipo de representação ou concepção sobre o divino. O sentido do sagrado se relaciona com a nossa dimensão ontológica.

O Sagrado está no encontro com o Mundo, com a Estrela, está no desejo que o Mago tem de realizarO sentido do sagrado é intrínseco ao humano. E o Ás de Copas nos incita a começar a busca pelo nosso sagrado.

Muitas vezes, na vida cotidiana, não temos tanta clareza do que é sagrado para nossa vida. Esse é o convite do Ás de Copas nessa semana de inícios, que a gente pense sobre o que nos é sagrado, o tarô nos lembra que não estamos aqui à toa, que a experiência humana mais terrível e mais maravilhosa é o encontro com o sagrado. O sentido do sagrado está sempre relacionado à alteridade e ao amor, é sobre isso. Mas não adianta falar, precisamos experimentar pessoalmente, na pele, a busca é de cada um. Comecemos nossa busca do nosso cálce sagrado, vamos fazer o caminho caminhando. E começar de novo, com toda alegria terrível que merecemos. Oiá, meu Deus.

Boa semana

O Ás de Copas é uma cartaque representa o início de um novo ciclo emocional e afetivo. Esta carta está associada a sentimentos de amor, compaixão, empatia e conexão emocional. Ela também pode indicar o surgimento de novas oportunidades de relacionamento. Ele sugere que é hora de abrir o coração e permitir que as emoções fluam livremente. Este é um momento para se conectar consigo mesmo e com os outros de forma genuína, sem medo de se expressar ou de mostrar vulnerabilidade. Além disso, também pode indicar um período de grande sensibilidade e intuição. É importante prestar atenção às mensagens que o seu coração e a sua intuição estão lhe enviando, pois eles podem ser guias valiosos neste momento. O Ás de Copas é uma carta extremamente positiva. Ela sugere que novas oportunidades amorosas podem surgir, ou que um relacionamento existente pode se fortalecer ainda mais. Esta carta também indica a importância de expressar amor e carinho pelos outros, e de estar aberto para receber esse amor em troca. No contexto de trabalho e finanças, pode indicar que é hora de seguir os seus sonhos e desejos mais profundos. Este é um momento para buscar atividades e projetos que estejam alinhados com as suas paixões e valores emocionais. Também pode ser um bom momento para investir em atividades que envolvam cuidado e apoio aos outros, como trabalhos sociais ou terapias.

Um texto que encontra José de Arimateia

Desde a tenra infância até a morte, existe no fundo do coração de todo ser humano algo que, não obstante toda a experiência relativa a crimes cometidos, sofridos ou testemunhados, espera invariavelmente a bondade alheia, e não o mal. É isso, antes de tudo, que é sagrado em todo ser humano. … O sagrado, bem longe de ser a pessoa, é o que, em um ser humano, é impessoal. Tudo o que é impessoal no homem é sagrado, e só isso. …
[…]O canto gregoriano, as igrejas romanas, a Ilíada, a invenção da geometria não foram, nos seres por quem essas coisas passaram para chegar a nós, instâncias de realização. A ciência, a arte, a literatura e a filosofia, que são apenas formas de realização da pessoa, constituem um campo em que se produzem sucessos vistosos, gloriosos, os quais fazem nomes ecoar por milhares de anos. Mas acima dessa seara, bem acima, separado dela por um abismo, há outro patamar, em que se situam as coisas de primeiríssima ordem. Essas são essencialmente anônimas.
Se o nome dos que acederam a esse patamar é lembrado ou não, trata-se de puro acaso. Mesmo que tenha sido guardado, eles entraram no anonimato. A pessoa deles desapareceu. A verdade e a beleza habitam esse domínio das coisas impessoais e anônimas. É ele que é sagrado. O outro não o é, ou, se o é, é somente como o poderia ser uma mancha de cor que, num quadro, representasse uma hóstia.
[…]O que é sagrado na ciência é a verdade. O que é sagrado na arte é a beleza. A verdade e a beleza são impessoais. Isso tudo é patente. Se uma criança se engana ao realizar uma soma, o erro leva a marca de sua pessoa. Se ela procede de maneira perfeitamente correta, sua pessoa está ausente da operação.
A perfeição é impessoal. A pessoa em nós reside no que temos de equívoco e de pecado. Todo o esforço dos místicos foi sempre no sentido de que não houvesse mais em sua alma parte alguma que dissesse “eu”.

Simone Weil – A Pessoa e o Sagrado

A semana de Galahad

Livro

Jubiabá – Jorge Amado. Eu li esse livro para fazer este post, e foi recomendação do Tariq. Nunca tinha lido Jorge Amado, shame on me. Mas sempre é tempo, estou viva e viver é isso, inaugurar. Jubiabá é a história da busca e do encontro de um Graal particular e muito brasileiro, apesar de muito latinoamericano também. Conta a história da busca de Antônio Balduíno por algo que finalmente dê sentido à sua vida. Eu gostei muito, adorei ler enfim Jorge Amado e gostei de poder indicar um livro não óbvio para esse assunto. Eu quero ver o filme, que tem no Youtube. E os quadrinhos também parecem ser ótimos. Boa indicação, Tariq ❤️


Quarto livro publicado por Jorge Amado, Jubiabá conta a história de um dos primeiros heróis negros da literatura brasileira. O romance é central na obra do autor: as contradições entre o mundo do trabalho, o conflito racial, a ideologia, a luta e, de outro lado, a cultura popular, o universo das festas, o sincretismo religioso, a miscigenação e a sensualidade vão marcar toda a sua produção.

Antônio Balduíno nasce órfão no morro do Capa-Negro, que tinha como grande referência espiritual o centenário feiticeiro e ex-escravo Jubiabá. Depois de uma infância de liberdade e pequenos delitos nas ruas de Salvador, num ambiente similar ao que seria desenvolvido em Capitães da Areia, vira malandro, sambista e desordeiro, até ser transformado em boxeador profissional por um empresário italiano. Encerra a carreira prematuramente ao tomar uma surra no ringue numa noite de bebedeira e acaba indo trabalhar nas plantações de fumo do Recôncavo Baiano. Explorado ao extremo, apunhala um homem, foge, se engaja num circo ambulante, volta a Salvador, vira estivador. Ao longo dessas muitas vidas, choca-se contra o mundo das mais variadas formas, até atingir um vislumbre de compreensão da realidade que o cerca e de seu lugar nela. Publicado em 1935, quando o autor tinha apenas 23 anos, Jubiabá constitui um verdadeiro romance de formação e trata de um dos temas mais caros ao escritor – a força da cultura afro-baiana contra a opressão política e as injustiças sociais -, atestando o vigor narrativo de Jorge Amado e seu talento para a criação de personagens vívidos e inesquecíveis. Além de Balduíno e de Jubiabá, merece destaque a branquíssima Lindinalva, por quem o protagonista nutre um amor platônico na pré-adolescência e que reaparece anos depois doente e prostituída. Surgem ainda, de passagem, personagens que retornarão no livro seguinte do autor, Mar morto: o marinheiro Guma, o mestre de saveiro Manuel e sua esposa Maria Clara. A edição francesa de Jubiabá acabou motivando a vinda ao Brasil de franceses ilustres como o fotógrafo e etnólogo Pierre Verger, o escritor Albert Camus e o fotógrafo Marcel Gautherot. Qualificado de “magnífico” por Camus, o romance foi adaptado para o cinema (por Nelson Pereira dos Santos), o teatro, o rádio, a televisão e os quadrinhos.


Filme

Senhor dos Anéis – A trilogia

O Senhor dos Anéis – A Trilogia – 2001-2003 – Peter Jackson. Eu devia indicar os livros?  Essa é outra falha na minha educação, eu não li nenhum deles ¯ \ _ (ツ) _ / ¯. Mas eu vi os filmes e adorei. Sei que para alguns fãs dos livros isso é uma heresia, mas aqui somos hereges de nascimentos e de cultura pop… A jornada do Frodo (e pra mim, mais ainda a do Sam) é a busca pelo Graal. É a busca e o encotro com o sagrado, com o que realmente importa. é uma história perfeita deste ponto de vista. É bonito demais acompanhar essa jornaa nos filmes. o Ás de Copas inicia a jornada ali e conclui também. E talvez chame ao recomeço. Além do que é diversão de primeira qualidade. Se alguém ainda não viu, tá na hora. E um dia eu lerei os livros…


Os filmes “O Senhor dos Anéis” são uma trilogia épica baseada nos livros de J.R.R. Tolkien. Dirigidos por Peter Jackson, foram lançados entre 2001 e 2003Com uma mistura de aventura, fantasia e drama, a trilogia se tornou um marco no cinema e na cultura pop. O primeiro filme, “A Sociedade do Anel”, introduz os personagens principais e estabelece o enredo da trilogia. A história começa com a descoberta do Anel por Bilbo Bolseiro, que passa a responsabilidade de protegê-lo para seu sobrinho Frodo. A jornada de Frodo e seus amigos para destruir o Anel é repleta de perigos, incluindo a busca incessante de Sauron, o Senhor do Escuro. O filme estabelece o tom sombrio e a grandiosidade do mundo de Tolkien, ao mesmo tempo em que apresenta os laços de amizade e coragem que unem os personagens.

Em “As Duas Torres”, a trama se desdobra em múltiplas linhas narrativas, acompanhando as jornadas paralelas dos membros da Sociedade do Anel. Enquanto Frodo e Sam seguem em direção à Montanha da Perdição, Aragorn, Legolas e Gimli se unem aos guerreiros de Rohan para enfrentar as forças de Saruman. O filme apresenta momentos épicos, como a batalha do Abismo de Helm e a ascensão de Gollum como uma figura central na narrativa. A dualidade entre a esperança e o desespero é explorada de forma magistral, culminando em um final que deixa os espectadores ansiosos pelo desfecho da jornada.

Por fim, “O Retorno do Rei” encerra a trilogia com grandiosidade e emoção. A batalha final entre as forças do bem e do mal atinge seu ápice, enquanto os destinos dos personagens são decididos. A jornada de Frodo e Sam atinge seu clímax na Montanha da Perdição, enquanto Aragorn assume seu lugar como o verdadeiro rei de Gondor. O filme é repleto de momentos emocionantes e cenas de tirar o fôlego, culminando em um desfecho bem bonito.


Série

Arquivo X – Chris Carter 1993-2002/ 2016 – 2018. A minha série do coração. Meu xodó, que acompanha toda minha vida adulta e espero que ainda me emocione até o fim. É um Ás de Copas, pois é a busca do agente do FBI Fox Mulder por seu Graal particular. São 11 temporadas e alguns filmes acompanhando essa busca. No caso desta série é uma busca mesmo, Mulder e depois Scully, estão em busca do que está lá fora, a Verdade. A Verdade é o que eles pensam ser o Graal de cada um. Eu amo demais essa série, recomendo que vejam, mesmo quem não curte ficção científica. Quando eu comecei a ver, lá nos terríveis anos 90, eu também não gostava nada de ficção científica. O seriado é mais do que isso. Bem mais, como todas as boas obras de arte.


Arquivo X é uma série de televisão norte-americana de ficção científica criada por Chris Carter. A série foi exibida originalmente entre 10 de setembro de 1993 e 19 de maio de 2002, e em mais duas temporadas adicionais exibidas entre 24 de janeiro de 2016 e 21 de março de 2018. Além da série de TV, dois filmes também integram sua franquia: The X-Files, lançado em 1998, que ajuda a explorar a história maior narrada pela série e The X-Files: I Want to Believe, lançado em 2008, que serve apenas como um evento episódico.

Na série, os agentes especiais do FBI, Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson), investigam os Arquivos-x: casos não solucionados envolvendo fenômenos paranormais. Mulder acredita na existência de extraterrestres e em paranormalidade, enquanto Scully, uma médica cética, é designada para fazer análises científicas das descobertas de Mulder e propor alternativas racionais ao seu trabalho. Ainda no começo da série, ambos os agentes tornam-se alvo de uma trama conspiratória e passam a confiar apenas um no outro e em outras poucas pessoas. Os agentes também descobrem os planos do governo de manter a existência de vida extraterrestre um segredo. Eles desenvolvem um relacionamento próximo, começando com um sentimento platônico e depois tornando-se um relacionamento romântico no término da série. Além dos episódios que ajudam a explorar esta história maior contada pela série, há também histórias curtas, que lidam com o paranormal, contadas em apenas um episódio.


Serie documental

Os Caminhos do Sagrado – Frédéric Lenoir – 2021. Esta é uma série que estou louca pra ver, mas que saiu dos serviços de streaming q eu tinha e não consigo pra baiar. Então é uma recomendação desejo, quero ver, e vou continuar procurando. Mas achei que devia colocar aqui, pois ela resume o que eu quis dizer com a carta Ás de Copas. 


Esta série documental convida você a seguir os “Caminhos do Sagrado”. Cinco episódios, cinco grandes jornadas a lugares míticos, mágicos e deslumbrantes; cinco buscas para descobrir as experiências emocionantes de homens e mulheres; cinco maneiras de saciar a sede da existência e a compreensão do mundo ao nosso redor.



♫ Playlist

Sagrado Mar – Timbalada
Esperança – Banda de pau e corda
Voarás – Paulinho Pedra Azul e Diana Pequeno
Meu pai Oxalá – Toquinho
Amor de Índio – Beto Guedes
Clube da esquina nº 2 – Milton Nascimento
Losing my religion – REM
Canção Amiga – Milton nascimento
Corra e olhe o céu – Cartola
Novena – Elomar, Xangai, Geraldo Azevedo
Milágrimas – Itamar assumpção
Graal – Lulu Santos
Sweet Sir Galahad – Joan Baez
Caçador de Mim – Milton Nascimento
American Pie – Don McLean
Calix Bento – Milton Nascimento
Monte Castelo – Legião Urbana

 

“Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado”

Rubem Alves

Post com a colaboração de @tariq e @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.


18 de fevereiro é o 49.º dia do ano no calendário gregoriano. Faltam 316 dias para acabar o ano (317 em anos bissextos).

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Verão.

Esta é a 40ª de 78 páginas que terá este almanaque.