um cesto de alegrias de quintal
Belo Horizonte, 30 de dezembro de 2024
⛈️ 19° – 25°
30 de dezembro é aniversário do meu querido amigo Radamés.
Vive, dizes, no presente;
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; quero pensar nelas como coisas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
♦️
Escreveu Maria Gabriela Llansol em seu diário, num dezembro como o nosso:
Jodoigne, 30 de Dezembro de 1979
Anna Magdalena:
Termina-se ano de 79. Termino-o, ao nível deste Diário, na Cozinha que é uma sala de estar toda forrada de azulejos brancos, com uma janela de olhar para o alto, ao fundo; a sensação da cozinha foi a minha tendência / impressao dominante hoje, designou todo prazer da minha sensibilidade do meu canto que não é memória, nem conhecimento. É apenas uma partilha, herética /canora/ sonora, com uma morada; renunciámos a qualquer ideia de lar, palavra contrária à prática de liberdade e de sensualidade / música em que vivemos. Esta sala de estar é uma sala de ser da nossa natureza e, hoje, uma seda muito rala e leve.
Termina o dia. Principia a noite. Sinto o crepúsculo como um soro que se separa da claridade. O azul e as formas estão fechados comigo nesta arca, sem vestuário nem adereços. Mas há uma pessoa que tem essa voz que exprime o que canto, e que o inscreve novamente.
De súbito, batendo no vidro, recebo um poema de Aossê*
Respondo-lhe quase no mesmo instante:
«Como é que se lembrou de enviar-me um poema? Sobrecarregar-me com mais ser? Ou aliviar-me de uma certa dor?
Guardo-o até o entender.»
Maria Gabriela Llansol – O Azul Imperfeito – Livro de Horas V (Pessoa em Llansol) Ed. Assirio & Alvim
* Aossê ou AOSSEP, anagrama de Pessoa, que resulta da leitura e escrita que Llansol fez do poeta Fernando Pessoa na sua obra, ao longo de toda a sua vida.
Um Arcano para 2025
“Esqueçam o que se foi; não vivam no passado. Vejam, estou fazendo uma coisa nova!
Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem?
Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo.
Isaías 43:18-19
Cansaço, problemas de saúde e uma lesão na cervical que está irradiando dores para o braço e a mão direita não estão me deixando digitar, preciso poupar a coluna/braço. Mas embalada pelo clima de fim de ano (que eu adoro, apesar do luto que se intensifica) eu fiquei vários dias pensando que queria uma carta para o ano que vai começar. E apesar de não ser a carta que eu escolheria para começar o ano (eu SEMPRE escolheria o Mundo), conclui que não poderia ter carta melhor. O mundo tá um caos, o fim do mundo se apresenta nem que seja como metáfora, as guerras não pararam, a catástrofe climática, a pobreza, a extrema direita fungando no nosso cangote… Ufa, não precisa de dizer mais, apesar de ter muito mais.
Mas estamos vivos, ainda estamos vivos das mais diferentes maneiras, e continuamos, temos que continuar, porque ainda estamos aqui.
E foi assim que chegou para 2025 o Pajem de Ouro, o mensageiro das bençãos que se materializam. Esse Pajem, que também é uma Princesa, é quem toma o imaterial e transforma em material. Material, Real. Não necessariamente físico, mas quantificável, sabível. Ele transforma o que ainda não é benéfico em bençãos, em bens. E o espírito de um ano que começa se dá muito bem com esse Arcano. Podemos pensar em todo o patrimônio imaterial que nos compõe, em todo repertório que acumulamos durante nossa vida e que culmina agora, nesse momento. Somos neste momento tudo que colocamos dentro de nós, o que acumulamos como arsenal de sabedoria, de remédio. Temos nossa farmácia interna que nos ajuda em nossa cura e nossa travessia. Tudo que vimos, ouvimos, lemos, vivemos e nos deleitamos é nossa botica de vida.
O Tarólogo Leo Chioda diz a respeito do pajem
✨ O Pajem de Ouros, é bênção e demanda. Tanto lhe oferece oportunidades quanto lhe apresenta aquilo que merece atenção. Não há tempo para se manter na desordem e fingir que as coisas não estão acontecendo. Dá pra ser feliz na medida em que você se mostra cada vez mais responsável pelo que tem, pelo que quer e pelo que faz.
O Pajem de Ouros materializa, dá forma, torna real o que deve ser cuidado, melhorado e resolvido na sua vida. O Fim de ano é tempo de balanços, de listas de melhores isso e aquilo, de contabilidades mil.
Eu sempre adorei listas, catálogos e contabilidades, e isso no começo de um ano é da alçada desse Pajem. Os pajens/princesas são mensageiros, eles levam, eles trazem, eles sopram as boas novas. Todos os meses eu faço o inventário de tudo de intenso, interessante que aconteceu comigo. Eu anoto o que chamo de recheios do mês, aquelas coisas que “aumentam meu mundo”. Todos os encontros com amigos, todas as coisas legais que aconteceram, tudo o que li, vi, ouvi, celebrei. E isso é a minha farmácia particular, tão infinita. O Pajem de Ouros pega estes inventários e transforma em escudos, em recursos, em cura e sobrevivência. Pense em tudo que você entesourou dentro de si esse ano, (em todos os anos) e que te fortalece e serve de remédio e de caminho. Tire a poeira dessa drogaria e comece a usar em si. Pode funcionar, quem sabe?
A maravilhosa poeta Alejandra Pizarnik tem um conselho sobre isso:
“Que este ano me seja dado viver em mim e não fantasiar nem ser outras, que me seja dado me colocar boa e não procurar o impossível mas sim a magia e estranheza deste mundo que habito. Que me sejam dados os desejos de viver e conhecer o mundo. Que me seja dado o interesse por este mundo.”
Que a todos nós sejam dadas estas sagrações.
O Pajem de Ouro é benção e fortuna, é a sorte sorrindo. De dentro de si, de dentro para fora, sentinela esperando que você dê forma aos seus tesouros e coloque tudo que juntou dentro de si como força e remédio. Use seu repertório, seu arsenal. Tudo que você viveu, desfrutou e sofreu pode ser a matéria do seu pensamento que vira abrigo e força. É o que não mata. Tudo o que te criou, todo curare de cobra.
Eu fiz um balanço do que me fortaleceu esse ano, e não foi pouca coisa, pensando muito bem. Tenho certeza que todos podemos achar esse pedaço que não é inferno.
Feliz ano todo queridos, nos vemos em 2025, cada vez mais fortalecidos para enfrentar o que venha.
![]() Princesa de OurosA Princesa, ou Pajem de Ouros é uma carta que traz consigo uma série de bençãos e energias positivas. Ela representa a materialização dos sonhos e a concretização de projetos, trazendo consigo a promessa de prosperidade e crescimento. Essa carta está relacionada com a juventude, a energia e determinação. Ela nos ensina que, por mais que tenhamos grandes sonhos e desejos, é necessário agir de forma prática e realista para transformá-los em realidade. Uma das principais bençãos trazidas por essa carta é a capacidade de enxergar oportunidades onde outros veem apenas obstáculos. Ela nos encoraja a sermos criativos e a explorar novas possibilidades, sempre com os olhos voltados para o futuro. A energia do Pajem de Ouros nos impulsiona a buscar novos caminhos e a não nos contentarmos com a mesmice, incentivando-nos a buscar sempre o crescimento e a evolução. Além disso, essa carta também está associada à segurança e estabilidade material. Ela nos lembra da importância de cuidar das nossas finanças e de planejar o nosso futuro de forma responsável. O Pajem de Ouros nos incentiva a sermos prudentes e a agir com sabedoria em relação ao nosso dinheiro, garantindo assim uma base sólida para a construção dos nossos sonhos. Outra benção trazida por essa carta é a capacidade de aprender com as experiências do dia a dia. O Pajem de Ouros nos lembra da importância do estudo e do aprendizado contínuo, incentivando-nos a buscar conhecimento e a nos aprimorar constantemente. O Pajem de Ouros traz consigo uma série de bençãos que nos ajudam a materializar os nossos sonhos, cuidar da nossa estabilidade material, buscar conhecimento e enriquecer nosso mundo e nosso interior. Com essas energias positivas ao nosso lado, somos capazes de transformar os nossos desejos em realidade e construir um futuro próspero e abundante. |
Um texto que junta nossas tralhas e faz beleza
Abro as portas que dão acesso ao repertório que criei nesses 30 anos e dou de cara com estantes repletas de livros, sabores, músicas, lugares, filmes, cheiros e texturas que fazem de mim isso que me tornei.
A literatura e a música são, até hoje, as minhas principais companhias. Responsáveis por trazer conforto em dias difíceis, alegria em dobro nos dias bons e movimento nos dias tediosos. São também elas que criam perguntas e respondem tantas outras. São nascente e foz dos meus planos e sonhos.
Mas mesmo com essas certezas todas sobre o que gosto, vez ou outra ainda me pego distraída com coisas que não tem nada a ver comigo. O acúmulo de informações imensamente maior do que eu sou capaz de processar me devora antes do meio dia.
[..] Ao assistir “Dias Perfeitos” fiquei muito encantada com o que vi, mas não sabia dizer exatamente o que havia me causado o famoso quentinho no coração.
Revendo, notei que o que mais me trouxe encanto foi o quão satisfeito e preenchido Hirayama sentia-se com a própria rotina, com sua coleção de fitas e a repetição dos mesmos hábitos semana após semana: trabalhar, ler, fotografar árvores, revelar as fotos, regar as plantas.
Repetição esta que pode até soar tediosa para alguns, mas que pra ele funcionava como um lembrete diário de que já possuía uma vida repleta de coisas de seu interesse e que isso era suficiente.
E é justamente esse exercício – de olhar para quem eu sou, o que gosto e o que já possuo, que me ajuda a criar filtros criteriosos quanto ao que não merece a minha atenção (o meu dinheiro, o meu tempo…). Gosto da ideia de ter desenvolvido preferências que expressem quem eu sou de maneira tão fiel e de como isso me mantém longe de ser corrompida por tantas influências externas (mesmo sendo uma pessoa cronicamente online).
Carregar com orgulho a minha pastinha cheia de referências, além de me salvar da mesmice ditada pelos algoritmos, me serve também como um lugar seguro: se tudo der errado (e dá muitas vezes) eu sempre terei para onde retornar – as minhas músicas, aos meus comfort movies, ao moletom da minha cor favorita e as pequenas alegrias que fazem com que a minha existência flutue mais do que pese.
*
Manter o olhar atento a quem somos, ao mundo e a quem somos no mundo é a prática de se fazer presente com atenção e isso é muito difícil hoje em dia. A gente pula do Tiktok para o Instagram, lemos o pedaço de um livro enquanto ouvimos um podcast, falamos com um amigo enquanto lavamos louça… Vagando entre ambientes, pessoas e conteúdos sem estar realmente em nada. Como saber do que gostamos, de verdade, quando estamos sempre tão distraídos?
Tamires Correia – Inventário de Gostos
https://umpasso.substack.com/p/inventario-de-gostos
Botica de erroresEssa seção de hoje vai ser o inventário de tudo que tornou meu mundo maior e mais saboroso esse ano, para meu registro e para servir de ideia. O escritor Rafael Gallo disse no instagram que faz e lê essas listas de melhores isso e aquilo (no caso dele, livros) porque acredita que sugerirmos uns aos outros algumas leituras é uma ajuda bem-vinda e funciona. Eu também acredito nisso, e como muitas vítimas que me leem sabem, adoro listas e para mim elas funcionam, mesmo que eu nunca siga nenhuma. Desculpa, Isa (mas eu sei que você também curte, apesar de. 😉 ) |
O melhor livro de 2024
O Deserto dos Tártaros – Dino Buzzati. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini. Como esse livro me impactou. É um livro gostoso de ler, fluido, fácil, mas ao mesmo tempo é uma porrada. São reflexões sobre a espera e a passagem do tempo, a condição humana, a tensão entre o mundo real e o mundo ideal. Drogo, o protagonista, vive na expectativa da invasão dos tártaros, um evento grandioso que justificará sua vida e trará sentido à sua existência. Essa espera levanta a questão de quantos de nós passamos a vida à espera de algo que nunca se concretiza, negligenciando o presente em favor de uma promessa de plenitude futura. O tempo é retratado como uma força que destrói as ambições e sonhos. A juventude, inicialmente vista como uma promessa, é consumida pela monotonia. O envelhecimento é a irreversibilidade do tempo e diz como a vida frequentemente se esvai sem que alcancemos as nossas tantas metas. Eu também fiquei tocada com a solidão que permeia a vida que levam os personagens e que lembra as experiências contemporâneas de alienação. A sensação de isolamento e angústia existencial dos personagens diante da espera interminável e da passagem inexorável do tempo. É um livro que permanece. Mesmo que destrua algumas coisas, constrói outras. Recomendo demasiadamente (risos).
O Deserto dos Tártaros é uma jornada pela complexidade da alma humana. Nesta obra-prima de Dino Buzzati, você será levado a uma atmosfera carregada de expectativa e reflexão sobre a vida e o tempo que passa. A história do jovem tenente Giovanni Drogo, destinado a um posto remoto no forte Bastiani, é uma metáfora arrebatadora da espera e da busca por significado na existência. Você irá se identificar com as emoções de Drogo, sua alegria inicial, o senso de dever e, eventualmente, a melancolia que acompanha a espera por um inimigo que parece nunca chegar. Este livro é um convite à reflexão sobre como a vida pode nos surpreender, nos confrontando com a passagem do tempo e a busca por propósito. O Deserto dos Tártaros é mais do que um romance; é uma experiência literária profunda que tocará a alma de qualquer leitor em busca de uma narrativa que ressoa muito além das páginas.
As melhores leituras de 2024
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Melhor Filme de 2024
Foi difícil escolher entre os filmes, pois vi alguns muito bons. Para o espírito desse post talvez eu devesse ter escolhido Dias Perfeitos. Que é um filme que nutre, que inspira, é bonito, moderno, é Wim Wenders. Ou Pobres Criaturas, que é um filme sobre o desejo humano de fazer justamente o que esse post diz, aprender, explorar, juntar experiências, se jogar no mundo. É o que Bela, a personagem principal do filme faz. Bela está construindo seu repertório de belezas e angústias neste mundo. Podia mesmo ter escolhido o Ainda Estou Aqui, sobre uma mulher cuja vida é uma tremenda inspiração. Todos estes filmes estão recomendadíssimos também. Mas vou falar de um filme que é uma obra-prima real. Uma joia do cinema, um filme imperdível e foi indicação do meu amigo Radamés e do diretor Karim Aïnouz num podcast. Esse filme me emocionou, impactou, incomodou e está comigo até agora, todos os dias, desde que eu assisti. É do primeiro diretor por quem eu me interessei como cineasta ainda lá no fim dos anos 80, quando nem gente direito eu era.
O Medo Devora a Alma – Rainer Werner Fassbinder – Alemanha Ocidental, 1974. Um romance quase acidental é aceso entre uma alemã de sessenta e poucos anos e um trabalhador migrante marroquino cerca de vinte e cinco anos mais jovem. Essas duas pessoas separadas pela idade e raça decidem abruptamente se casar, causando um escândalo entre todos à sua volta.
Mais um Filme
A Canção da Estrada – Satyajit Ray – Índia, 1955. Quase no fim da linha (ontem) eu assisti um filme que é tão belo, mas tão belo que preciso colocar aqui. A história de como foi feito já é uma novela em si. Mas o filme é outra obra-prima e igualmente foi indicação do aniversariante do dia, o meu amigo Rada, que tem um gosto impecável para tudo nessa vida. É um filme lindo, um deleite para os sentidos. Muito triste, mostra como a miséria parece tão semelhante mundo afora, épocas adentro. Assistam, é imperdível.
No início do século 20, Apu é um menino pertencente a uma pobre família brâmane de um vilarejo na Índia. Seu pai, poeta e sacerdote, é forçado a deixar seus entes queridos em busca de trabalho. Uma das obras-prima do cinema mundial, inédita no Brasil e nas Américas. Este filme foi a estréia espetacular de Satyati Ray. Recuperada a finais dos anos 90, pois um incêndio destruiu os negativos originais, esta é a primeira fita, que deu origem a Trilogia de Apu. Nela se narra a comovente história de uma família de Bengali perseguida pela má sorte. O pai, Harihara, é um sacerdote mundano, curandeiro, sonhador e poeta. Sabajaya, a mãe trabalha para alimentar a uma família, que recebe com alegria e esperança a chegada de um novo filho, Apu.
Documentário do ano
A Vida e Arte de Stanisław Szukalski – Ireneusz Dobrowolski – 2018. Eu já falei desse documentário aqui, e não vi outro melhor esse ano. E além de ter sido o que mais apreciei, ele tem tudo a ver com espírito do arcano que vai nos acompanhar em 2025. Esse artista, polêmico, que era muitas vezes imperdoável tinha dentro de si um arsenal extraordinário, que ele soube usar como poucos, talvez sendo até o que não lhe deixou sucumbir nem enloquecer. E a própria arte dele é algo que quando entramos em contato, o nosso mundo aumenta, sem dúvida nenhuma.
O documentário sobre o melhor (do) Pajem de Ouros.
Só dez por cento é Mentira – Pedro Cezar – Brasil, 2008. Esse documentário está aqui porque foi ele que mudou algo de forma muito particular em mim. foi depois que vi esse documentário que a noção de aumentar o mundo, aumentar o meu quintal cresceu dentro de mim e me deu uma força que eu precisava demais naquele momento. Foi a partir desse concieto totalmente conectado com o Pajem de Ouro que eu percebi o quanto temos diante de nós toda uma possibilidade infinita de viver o mundo e a vida com maiores janelas, portas e quintais. e está aqui também porque o poeta Manoel de Barros me lembra muito o meu amigo que aniversaria hoje, ele, que aumenta meu mundo toda vez que nos encontramos.
O documentário Só dez por cento é mentira traz uma entrevista inédita com Manoel de Barros, que até então nunca tinha se deixado filmar para tais fins. Seguindo a lógica – se pode se chamar assim – da obra do poeta, o documentário investe em produção ficcional, dramaturgia, representações gráficas e linguagem visual inventiva para narrar o universo extraordinário criado por Manoel de Barros.
O Melhor post
Da minha sobrinha, sobre minha mãe, um texto que emocionou todos nós e que nos fez ver quanto do nosso repertório se deve à essa mulher que foi minha mãe. E como estamos todos os dias, construindo nosso arsenal pessoal a partir do amor e da vida que ela nos deu.
https://sank0fa.blogspot.com/2024/12/conto-de-areia.html
♫ A Playlist de 2024
Try – Pink
Vapor Barato – Gal Costa
Meu Amigo Radamés – Tom Jobim
Hasta la Raíz – Natalia Lafourcade
Sin Más – Buenos muchados
Me olvide de vivir – Julio Iglesias
Alibi – Pablo Vitar
Infinito Particular – Marisa Monte
Fullgás – Marina
Daniel – Elton John
Maria la Curandera – Natalia Lafourcade
Andar com fé – Gilberto Gil
Killing me softly – Roberta Flack
Don’t let me be misunderstood – Nina Simone
Serpente – Pitty
Água de Beber – Tom Jobim
Nuvem Passageira – Hermes de Aquino
Meninos e Meninas – Legião Urbana
Just give me a reason – Pink
If You Believe – (feat. Patch Crowe) Strive to Be
Fast Car – Tracy Chapman
Conto de Areia – Clara Nunes
Disritmia – Martinho da Vila
Lucro – Baiana System
Quem sabe isso quer dizer amor – Milton Nascimento
Casa de Bamba – Martinho da Vila
Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria um pouco de mim? no trem que leva ao norte, no barco, nos anúncios de jornal, um pouco de mim em Londres, um pouco de mim algures? na consoante? no poço?♦️ Carlos Drummond de Andrade |
Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.
Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.
© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Muita chuva de Verão, graças a todo panteão. |
30 de dezembro é o 364.º dia do ano no calendário gregoriano (365.º em anos bissextos). Faltam 1 dia para acabar o ano. \o/
Feliz ano novo pra nós! Obrigada pelo enriquecimento que você sempre proporciona. Sejamos felizes no próximo ano 🫶🏻
Que coisa linda, Nalu!!
Amei a carta para 2025!! Quero acreditar em tudo que ela representa!!
Feliz ano novo!!
Muito obrigada por mais um ano de amizade e companhia.
Que 2025 seja gentil conosco!
Beijos! Beijos!
Quando leio teus cadernos, sempre acho sentido.
Te amo, Nalu!!!! E não gosto de listas porque, como geminiana, leio todas, fico ansiosa e sofro por não conseguir segui-las, ou seja: eu amo :))) Amo suas listas e suas escolhas. Brigada por tanto! Feliz ano novo pra nós todas, com as energias dessa carta linda 🌟🌟🌟
É sempre um prazer e um privilégio ler suas cartas, histórias e memórias. Feliz ano novo com muita saúde!
Obrigada por existir, Nalu!
Querida amiga… Adorei essa ideia da farmácia particular. E para que tem a benção de sua visitação, conhece a cura. Você é uma farmácia completa. Amei de paixão esse voto de ano novo da Alejandra Pizarnik: que nos seja dado e mantido o interesse por esse mundo. Isso é tão simples e tão especial. Um ano de interesses e curas.
Querida amiga… Adorei essa ideia da farmácia particular. E para quem tem a benção de sua visitação, conhece a cura. Você é uma farmácia completa. Amei de paixão esse voto de ano novo da Alejandra Pizarnik: que nos seja dado e mantido o interesse por esse mundo. Isso é tão simples e tão especial. Um ano de interesses e curas.