dos filhos o cheiro doce

Belo Horizonte, 5 de novembro de 2023

🌤 17° – 30° 


05 de novembro é Dia Nacional da Cultura, Dia Nacional da Língua Portuguesa. Em 1917 Lenin convoca a Revolução de Outubro. Em 2006 Saddam Hussein é condenado à morte Em 2015 acontece o terrível rompimento de barragem em Mariana, deixando 19 mortos no que se tornou o maior desastre ambiental da história do Brasil. Em 1913 nasceu Vivien Leigh, em 1943 o adorável Sam Shepard, em 1960 Tilda Swinton, Em 1983 morreu Humberto Mauro, e em 2021 nos deixou de maneira muito trágica, Marília Mendonça.

Quem é belo é belo aos olhos — e basta.
Mas quem é bom é subitamente belo

♦️

Safo de Lesbos



Em 05 de novembro de 2001, o príncipe Fernando Henrique Cardoso escreveu em seu diário: (ahahahahahahahahahaha)

Falei com o Eduardo Santos por telefone porque estou preparando o discurso para Nova York. É difícil fazer um discurso de mais impacto do que aquele na França, mas terei que aprontar um bom discurso, porque o momento é para isso. Em Nova York tenho que falar mais da paz, das Nações Unidas, me lembrei agora de falar com mais intensidade dos refugiados, enfim, tocar em certos temas com força e energia. Vou dizer ao Bush, com franqueza, que acho que ele deve dar mais espaço para nós, para o Brasil, para a Índia… Ela entra junto, mas quero saber é do Brasil. Vou ter com ele, como tive com o Tony Blair, uma conversa para demonstrar que não dá para continuar assim. Com o peso que temos, com nossa capacidade de desenvolver políticas em nível internacional, com o país sendo uma espécie de ponte entre vários mundos, por que não ter, formalmente, um lugar de maior destaque? Claro que vão me dizer que é um perigo, porque temos uma eleição, pode ganhar o Lula. Sim, mas e daí? Se ganhar o Lula, ganhou o Lula, vê-se depois o que se faz. O importante é que o Brasil avance, e farei tudo para que não ganhe nenhum maluco aqui. Eu acho, e lamento dizer isto, que o Lula não está preparado para ser presidente da República, tem dito muita bobagem, a visão do PT é equivocada, eles têm raízes sociais, o que é bom para dar governabilidade, mas uma visão equivocada do mundo, das políticas econômicas, das políticas públicas em geral e, principalmente, do papel do Estado. Além disso, o Lula perdeu 25 anos (eu disse isso na entrevista que dei ao Roberto D’Ávila), não estudou nada, não trabalhou, não se aperfeiçoou e não pode ser bom presidente. Claro, se for eleito vai ser presidente, mas vamos pagar um preço alto. Vou tentar gravar em seguida a cantoria dos pássaros na árvore em frente à varanda onde estou lendo. Infelizmente não dá para captar, não se ouve nada.

Fernando Henrique Cardoso – Diários da Presidência – 2001-2002. Cia das Letras


Nós que viemos de Samaria

Essa semana, depois de uma morte prolongada vem nos socorrer o Rei de Ouros. O rei generoso, o rei que distribui e é sensato. Aquele rei praticamente inexistente na história de fato, aquele que distribui o que é justo. Aquele que cuida do seu reino, que ama seu povo. E cuja maior característica é a generosidade. Outras interpretações podem colocar no Rei de Ouro a praticidade, o pragmatismo, a capacidade acumular riqueza e ser próspero. Certamente estas são características dele. Mas o que faz dele o Rei de Ouros, o Rei da Terra, é sua generosidade. A generosidade é o que o diferencia dos outros arcanos
Esse arcano vive bem, tem abundância e opulência. Gosta de coisas boas e belas. Sabe conseguir as coisas materiais e tem muita inteligência prática. O que ele toca vira outro. No tarô mitológico, ele é Midas. Mas indo mais longe do que essa simbologia, esse rei sabe que a praticidade e a materialidade servem a um propósito muito maior. Ele é um Rei, com R maiúsculo. Ele sabe que é um descendente divino, mas acima de tudo sabe que é um servidor do povo. O Rei de Ouros, em que pese toda sua opulência e riqueza, é um servidor público. Sua existência não tem sentido se não for pra servir ao seu povo e melhorar as condições dos súditos. Por isso, para a nossa dupla real de ouro iremos a Minas Gerais novamente, o lugar que mais representou na história do ocidente a opulência real. Nossa Rainha de Ouro é Chica da Silva, de Diamantina. Nosso Rei de Ouro é Chico Rei, de Ouro Preto, esse rei congolês que jamais se esqueceu de dividir o seu muito, que era tão pouco com os seus.
O Rei de Ouros é a última carta do tarô. Se pensarmos o tempo em linha reta, nos ensina a mestra Rachel Pollack, veremos uma polaridade entre o Rei de Ouro e o Louco que é quem começa a viagem da roda da vida. Mas se pensarmos o tempo como um círculo, como um ciclo, veremos que os dois estão lado a lado, o fim é o começo, em cima como embaixo. Tudo se encaixa.

E o Rei de Ouros aparece hoje para convocar de dentro de nossa constituição a generosidade. A tarefa alquímica da semana é descobrir onde se aloja a nossa generosidade. Sejamos generosos, realmente generosos. Vamos tirar a bondade do fundo do nosso baú. Este mundo não está favorecendo a generosidade, nem a bondade. Vamos olhar esse Rei tão pai, tão amigo e aprender a doar, a realmente ofertar o que temos de bom.

O Rei de Ouros é o mais livre dos reis, e por isso é generoso. Ser generoso é um dom da liberdade, é uma virtude de quem é livre. E em geral, mas não obrigatoriamente, o generoso é alguém grato. E a gratidão é um dom dos felizes.
Na terceira parte do seu tratado As Paixões da Alma, o filósofo Descartes diz o seguinte:

Art. 153. No que consiste a generosidade. Assim creio que a verdadeira generosidade, que leva um homem a estimar-se ao mais alto ponto em que pode legitimamente estimar-se, consiste apenas, em parte, no fato de conhecer que nada há que verdadeiramente lhe pertença, exceto essa livre disposição de suas vontades, nem por que deva ser louvado ou censurado senão pelo seu bom ou mau uso, e, em parte, no fato de ele sentir em si próprio uma firme e constante resolução de bem usá-la, isto é, de nunca carecer de vontade para empreender e executar todas as coisas que julgue serem as melhores; o que é seguir perfeitamente a virtude.

Ao comentar esse trecho, o filósofo Andre Comte-Sponville nos esclarece o raciocínio de Descartes dizendo que a generosidade é tanto a consciência da liberdade, como a resolução de usá-la bem. E é isso que o Rei de Ouro faz. E é isso que ele vem trazer essa semana, o sopro da generosidade e do bem fazer. Ser generoso é saber-se livre para agir bem e querer-se assim.

Mais à frente no mesmo tratado As Paixões da Alma, Descartes completa com essa belíssima passagem:

Os que são generosos dessa forma, são naturalmente levados a fazer grandes coisas, e todavia a nada empreender de que não se sintam capazes; e, como nada estimam mais do que fazer bem aos outros homens e desprezar o seu próprio interesse, por esse motivo são sempre perfeitamente corteses, afáveis e prestativos para com todos. E com isso são inteiramente senhores de suas paixões, particularmente dos desejos, do ciúme e da inveja, porque não há coisa cuja aquisição dependa deles que julguem valer bastante para ser muito desejada; e do ódio para com os homens, porque os estimam a todos; e do medo, porque a confiança que depositam na sua própria virtude os tranquiliza; e enfim da cólera, porque, apreciando muito pouco todas as coisas dependentes de outrem, nunca concedem tanta vantagem a seus inimigos a ponto de reconhecer que são por eles ofendidos.

André continua nos explicando Descartes e diz:

A generosidade nos eleva em direção aos outros, poderíamos dizer, e em direção a nós mesmos enquanto libertos de nosso pequeno eu. Aquele que não fosse nem um pouco generoso, a língua nos adverte que seria baixo, covarde, mesquinho, vil, avaro, cupido, egoísta, sórdido… E todos nós o somos, no entanto nem sempre ou completamente: a generosidade é o que nos separa dessa baixeza ou, às vezes, nos liberta dela.

E é isto, meus queridos, essa é a lição do Rei de Ouros, que é o Patrono do Tarô. Talvez esta seja a mais importante lição do Livro da Vida. A generosidade. Que não se confunde com solidariedade, nem com caridade, nem com nobreza ou magnanimidade. A generosidade é livre, meus amores. Pode ser ainda que você se depare nesta semana com um Rei de Ouros de carne e osso. E que ele seja generoso com você, exatamente onde você possa estar precisando. Preste atenção;

Boa semana, fiquem livres do jugo da mesquinharia, e lutem sempre cotra os muros pintados de cinza, como já dizia o profeta.

O Rei de Ouros do tarô é uma carta que simboliza a prosperidade, a abundância e a generosidade. Ele representa uma pessoa que tem sucesso material, mas que também sabe compartilhar seus recursos com os outros. Ele é um líder sábio, justo e benevolente, que inspira confiança e lealdade. O rei de ouros pode indicar que você está em uma posição de poder e influência, e que pode usar sua riqueza para fazer o bem. Você pode estar envolvido em projetos sociais, filantrópicos ou ambientais, ou simplesmente ajudar as pessoas que precisam. Você tem uma visão ampla e estratégica, e sabe planejar e executar seus objetivos com eficiência. O rei de ouros também pode sugerir que você está recebendo o reconhecimento e a recompensa pelo seu trabalho duro e dedicação. Você pode estar prestes a alcançar um marco importante na sua carreira, ou receber uma promoção, um aumento ou um prêmio. Você se sente satisfeito e orgulhoso das suas conquistas, mas não se deixa levar pela arrogância ou pela ganância. O rei de ouros é uma carta que incentiva a generosidade, tanto material quanto espiritual. Ele nos lembra que o verdadeiro valor não está no que possuímos, mas no que somos capazes de dar. Ele nos convida a ser gratos pelo que temos, e a compartilhar nossa abundância com os outros. Ele nos ensina que a prosperidade é um estado de espírito, e que a felicidade vem da generosidade.

Um texto que estende a mão

A generosidade das elites ou a gratidão dos humildes

Um homem de ombreiras bordada a ouro foi condenado a 100 chibatadas em público, por não pagar imposto de renda. No dia anterior à sentença encheu uma bolsa com 10.000 piastras e, encontrando na rua um miserável, pediu que, em troca das 10.000 piastras, o miserável recebesse as chibatadas em seu lugar, como a lei permitia.
O pobre-diabo achou extremamente boa a proposta (10.000 piastras!) e, no dia seguinte, estava lá, de cócoras, no centro da maior praça da cidade, para receber as chibatadas. Mas, logo nas primeiras 10, começou a chorar – viu que não resistia – e, em altos e lancinantes brados, pediu clemência a Alá. Alá surgiu como um auxiliar do chibatador, que disse ao ouvido do chibatado; “Me dás todo o dinheiro que tens e o chibatador apenas fingirá as outras 90 chibatadas”. Mas que gritasse ainda mais para que o povo em volta não percebesse a barganha.
O miserável concordou, a chibatação e os gritos continuaram até se completarem as 100 chibatadas e o povo saiu contente, porque agora, como todos tinham visto, também os poderosos eram castigados, embora por interpostas pessoas. No dia seguinte o miserável estava outra vez na sua esquina quando viu passar o potentado cujo lugar tinha tomado. Num ímpeto se atirou em frente ao homem e, ajoelhado, murmurou com os olhos em lágrimas: “Agradecido, mil vezes agradecido, meu louvado senhor; que o céu o faça cada dia mais poderoso. Se o senhor não tivesse me financiado com tanta generosidade, eu agora estaria morto com aquelas 100 chibatadas.”

Millôr Fernandes – 100 Fábulas Fabulosas – Ed. Record


A generosidade sempre vem da arte

Curiosamente não foi tão fácil achar material sobre generosidade. Não faço ideia do que isso quer dizer, mas achei intrigante. E sempre, sempre gostaria que vocês fizessem sugestões.

Livro

A Lista de Schindler –  Thomas Keneally. Schindler é um Rei de Ouro. Nunca dissemos que o Rei de Ouro era perfeito. Apenas que é muito generoso, que fez e faz coisas que a maioria de nós jamais faria. Não por sermos ruins, mas por não termos capacidade. Schindler fez, ao que parece. Os atos dele são o Rei de Ouro agindo. É o espírito do Rei de Moedas que agiu ali. É isso, lendo esse livro vamos ver um rei de ouro. Talvez inusitado para o sentido mais difundido desse arcano. Mas para mim indiscutivelmente um Rei Dourado. Além do que é uma história maravilhosa, e vale à pena ser conhecida. O filme também é sensacional, talvez seja o meu filme preferido da vida, eu que sou essa chorona piegas. 


Clássico que deu origem ao aclamado filme de Steven Spielberg e emocionou milhares de pessoas pelo mundo. Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o regime nazista enviava milhares de prisioneiros para Auschwitz, o industrial alemão Oskar Schindler abrigava centenas de judeus em sua fábrica, de onde ele finalmente os transferia em segurança para a Tchecoslováquia. Um lugar na lista de Schindler significava a única chance de sobrevivência para um prisioneiro judeu. Oskar Schindler, um herói do Holocausto, é retratado de modo comovente pelo romancista Thomas Keneally, que passou dois anos entrevistando sobreviventes beneficiados por Schindler em sete países: Austrália, Israel, Alemanha Ocidental, Áustria, Estados Unidos, Argentina e Brasil. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, o autor realizou uma espantosa recriação de um episódio histórico, narrado com toda a ênfase de uma ficção.


Livro

Chico Rei – Agripa Vasconcelos. De Chico Rei não se tem muita comprovação histórica, factica. Mas está no imaginário mineiro e ouropretense. E faaz parte da história negra desse meu estado que sofreu tanto nas mãos dos anti reis de ouro. Tem outro porém. Agripa Vasconcelos é um escritor controverso, às vezes mal considerado, fez um péssimo trabalho com Chica da Silva. Mas infelizmente tem muito pouca coisa a respeito de Chico Rei. Aí vamos deixar o registro aqui para que ao menos a gente saiba que existe uma história que é contada a respeito deste personagem fabuloso da história mineira. Um personagem cuja lenda diz que a generosidde era sua marca. Que ele teria beneficiado muitos e muitos escravos, seus irmãos. Por tudo isso deixo sim, a indicação. Tem um filme de 1983 no YouTube também sobre a história desse rei que não merecemos.


O romance do ciclo da escravidão em Minas Gerais, conta a história de Francisco, rei africano, que aprisionado e vendido para escravo com toda sua tribo, atravessa o Atlântico e se transforma no Chico Rei das Gerais. Descobre um antigo veio de ouro e liberta toda sua “Côrte”, levando uma vida de realeza em Ouro Preto. […] Com Chico-Rei chega a Editora Itatiaia à publicação do último dos seis “romances históricos” de Agripa Vasconcelos, apresentados sob o título geral “Sagas do País das Gerais”, e, desde já, de pelo menos uma coisa podemos ter certeza: como aconteceu com “Dona Beja”, personagem que o autor mineiro, por assim dizer, redescobriu e revelou ao mundo, e que desde então tem sido objeto de freqüentes estudos, o legendário rei africano também irá tornar-se tema obrigatório de discussões, tanto na província literária como no terreno dos historiadores. […] Para escrever este livro, o Autor não se limitou – como seria perfeitamente lícito ao ficcionista, – a imaginar situações mais ou menos plausíveis, em que a figura de Chico-Rei fosse muito mais uma personagem da ficção do autor, do que — como de fato ocorreu — uma pessoa que realmente existiu, e, mais do que isso, uma pessoa que foi mesmo o que os menos informados afirmavam tratar-se de pura lenda… Ao contrário, descendo “às raízes do assunto”, conseguiu Agripa Vasconcelos reunir material suficiente para demonstrar – e com que brilhantismo! – que a sua história tem muito mais de realidade do que de lenda: é, inequivocamente, História, com maiúscula. Se não chega a afastar definitivamente todas as dúvidas – e nem uma centena de livros iguais a este bastaria para afastá-las por completo, forçoso é reconhecer, – não deixa de revelar alguns fatos nada menos do que surpreendentes, a começar pela própria existência comprovada de Chico-Rei, que já fora mesmo rei na África, antes que o trouxessem para o Brasil. Não foi, porém, o propósito de simplesmente mostrar a divisa entre a lenda e a realidade, que levou o Autor a escrever este volume. Mais importante que isso é o levantamento que contém das condições em que era obrigado a viver aquele gado humano — cuja humanidade, ignorada brutalmente quando capturado na África, só raramente era recuperada ou respeitada no Brasil. […] Resultado de investigações no curso das quais Agripa Vasconcelos revolveu “tudo, até a Torre do Tombo”, Chico-Rei mostra o que foi verdadeiramente a escravidão nas Gerais — um sistema de exploração do trabalho humano em que nunca a generosidade de alguns senhores foi maior que a crueldade da maioria deles.


Filme

A Excentrica Família de Antônia – 1995 – Marleen Gorris. Um filme delicioso, maravilhoso, um dos meus filmes mais amados. Eu me lembro da alegria que senti ao assistir. Alegria, esperança e uma dose de beleza. É um filme lindo, especial mesmo. Forma caráter, e foi um filme anos luz à frente de 1995. Antônia é um Rei de Ouros sensacional. O filme todo quase, gira em torno da generosidade da personagem principal, que é a alma mais benfeitora possível, sem ser estereotipada ou ingênua. É lindo ver o percurso desse Rei de Ouros feminino. Recomendo demais que vejam, é uma ótima diversão.


O filme “A Excentrica Família de Antônia” é uma obra cinematográfica holandesa dirigida por Marleen Gorris, lançada em 1995. A trama se passa em uma pequena cidade rural no sul da Holanda, onde Antônia (Willeke van Ammelrooy), uma mulher forte e independente, retorna depois de muitos anos para cuidar de sua mãe doente. A partir daí, a história começa a se desenrolar, mostrando a vida de Antônia e sua família ao longo dos anos. A personagem principal é uma mulher à frente de seu tempo, que enfrenta preconceitos e desafios para criar sua filha, Danielle (Els Dottermans), e cuidar da comunidade em que vive. Antônia é uma mulher que não se submete às convenções sociais e, por isso, é vista como excêntrica pelos moradores da cidade. Ela é uma mulher forte, corajosa e determinada que luta pelo que acredita. Com sua personalidade forte, ela se torna um exemplo de força e perseverança para sua filha e para as pessoas ao seu redor. O filme aborda temas como amor, família, maternidade, amizade e sexualidade. Mostra a vida de mulheres que lutam para serem independentes e terem suas próprias escolhas em uma sociedade patriarcal. Além disso, o filme também aborda questões como homossexualidade, aborto e violência sexual.


Série

Succession – Jesse Armstrong – 2018-2023. Indico essa série porque ela é a narrativa do anti Rei de Ouros. Todos os bilionários são anti rei de ouros. É impossivel ser bilionário e ter uma gota de generosidade nas veias, ainda mais quando é tão claro o dano que eles estão causando ao mundo, como o planeta está sendo destruído por causa de bilionários. Que existam bilionários é indecente. E se você discorda procure saber a diferença de dinheiro que tem um milionário e um bilionário. E Succession mostra esse bando de parasitas feios, vazios e descolados da realidade fazendo coisas ridículas que os bilionários devem fazer. Enfim, uma classe pavorosa, nociva, que realmente não deveria existir. Mas a série é muito boa 🙂


Succession é uma série de televisão de comédia dramática norte-americana criada por Jesse Armstrong, transmitida originalmente pela HBO. A história conta a saga dos Roys, uma família americana de mídia global fictícia que não é apenas rica e poderosa, mas também magnificamente disfuncional. O programa explora a lealdade da família, os negócios internacionais e os perigos do poder no século XXI. Estreada em 3 de junho de 2018 a série traz Logan Roy, o poderoso e durão patriarca da família Roy e chefe de um conglomerado internacional de mídia controlado pela família; Kendall Roy, filho mais velho do segundo casamento de Logan, atualmente presidente de divisão na empresa familiar e o aparente herdeiro; Roman Roy, o filho franco e divertido de Logan e o irmão mais novo de Kendall, que ainda está no conselho de administração da empresa, mas já não trabalha lá; Shiv Roy, filha de Logan, que faz parte do conselho de administração, mas não trabalha na firma e persegue uma carreira na política.


Links

A Mina de Chico Rei

A Carta da Rainha de Ouro

Generosidade traz felicidade


O generoso produz o dissenso, a concorrência, e ele é diferente do bom, do bonzinho que produz o consenso. Essa generosidade do doador é contagiante.

Peter Sloterdjik

Post com a colaboração de @laismeralda, que é a melhor cartomante do pedaço, marque sua consulta com ela.


5 de novembro é o 309.º dia do ano no calendário gregoriano (310.º em anos bissextos). Faltam 56 dias para acabar o ano.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Primavera infernal.
Esta é a 33ª de 78 páginas que terá este almanaque.