É certeza que um vento louco atrás vem

Belo Horizonte, 23 de abril de 2023 

🌥️ 23° – 15°


Dia mundial do livro, dia nacional do Choro. Dia de São Jorge. Em 1897 nascia Pixinguinha e o mundo mudaria para sempre. Em 1936, nascia Roy Orbison, no mesmo dia em que nos deixava Teresa de La Parra. Em 1960 nascia Leo Jaime. Em 303 morria Jorge da Capadócia, Mártir. Em 1616, exatamente no mesmo dia, deixavam a terra Shakespeare e Cervantes*. Em 1942 Olga Benario Prestes era assassinada. Em 2017, morria Jerry Adriani, ídolo da minha mãe e estranhamente isso contribuiu pra que ela própria deixasse o mundo alguns dias depois. Em 2005, o primeiro vídeo do YouTube, intitulado “Me at the zoo”, foi publicado.


Essa espada de São Jorge
que cresce no meu quarto
que nem pé de feijão mágico
E eu nem olhei, nem molhei,
nem notei, distraída e destruída
em minhas elucubrações
E vem na boca o gosto
inexplicável da noite,
o cheiro do cosmo
sob a lua que me espreita
Assinalo o meu desejo na lista da dor
Recebo um ofuscante vazio
das minhas desescolhas
Nas tentativas ensaiadas,
meu coração multiplica-se

Patrícia Gavazzi


Laerte

Num outro 23 de abril, com bastante raiva, escreveu Miguel Torga em seu diário:

Coimbra, 23 de Abril de 1975 – Às vezes apetece desabafar, não ao ralo de um diário, mas publicamente, alto e bom som. Atirar aos quatro ventos meia dúzia de verdades de que ninguém suspeita, e são cilícios cravados no coração. Mas o pudor, em certos casos, pode mais que o desespero. E calo-me. Além de nada me garantir que o feitiço se não voltasse contra o feiticeiro. Não há que fiar nesse pacto formal de conivências que dá pelo nome de senso comum. Só pelo facto de o ser, o poeta é um escândalo universal. Tudo o que ele parece é o que ele não é. Simplesmente e coerentemente, os juízos que o condenam baseiam-se nessa aparência. E não há volta a dar-lhe. Em todas as circunstâncias a culpa é toda sua. A culpa, precisamente, de ser poeta.

Miguel Torga – Diário – Volumes IX a XII – Editora Dom Quixote


Oráculos da Semana

O cavaleiro de paus esta semana vem protegido por São Jorge. E nós, protegidos por eles e pelo poder dos livros, com as bençãos de Shakespeare e Cervantes.

O fio que o cavaleiro de paus traz para gente desembolar é a raiva. Como cavaleiro, seu motif principal é a honra. Nenhum dos cavaleiros chega a tal posição sem honra, sem lealdade ou bravura. Então podemos esperar que tenhamos que lançar mão desses atributos essa semana. Vejamos com cuidado quais assuntos precisam ser tratados nessa semana com lealdade, bravura e honra.
Mas a real conversa que precisamos ter conosco mesmo é sobre a raiva. Sobre a raiva que vem junto com o duplo fogo do cavaleiro de Paus. Esse é um cavaleiro cheio de raiva. Justificada. E é disso que ele quer tratar, dessa raiva que move o mundo, mas que num segundo pode se derramar em lava destruidora. A raiva tem um poder criador incomparável. Podemos aproveitar essa raiva presa no peito e criar, criar, criar. O Cavaleiro nos dá carta branca pra liberar essa raiva de forma criativa. Conseguiremos? Quem sabe? Só não nos deixemos consumir nessa lava de ira e rancor. Vejamos que rancor é mais que raiva, rancor é ranço, é a raiva que já azedou. Anti criativo, ele é. Então não é pelo caminho do rancor. Vamos usar essa raiva presa no peito pra compor canções, cachecóis de crochê, pinturas de parede, tortas de chocolate ou noites de sexo ardente.

Vamos lembrar também que estamos sob a proteção de são Jorge, que mata todos os dragões, e o faz na força da maior raiva possível. Nesta semana ele mata os dragões à nossa frente, para que possamos passar com nossas echarpes de tricô e escritos mal ajambrados. Mas que – também – são arte. Mesmo que seja arte bem pequeninha, nascida do Coração das Trevas (aliás um livro que escoa raiva por todos os poros).
Salve Jorge.


Essa carta representa energia, aventura, coragem e paixão. Ela chama para a aventura. O Cavaleiro de Paus está pronto para partir para uma missão, sem saber o que vai encontrar pelo caminho. Ele é impulsivo, entusiasmado e otimista. Ele não se preocupa com os detalhes ou com as consequências. Ele simplesmente se lança na situação, confiando na sorte e intuição.

Essa carta pode trazer boas surpresas para a nossa vida, como novas oportunidades, viagens, paixões, mudanças de curso e aventuras. Ela nos estimula a aproveitar cada segundo; o Cavaleiro vem e vai sem aviso prévio. Devemos ter coragem para enfrentar os desafios e os riscos que surgirem, sem (muita) irresponsabilidade. Que as aventuras sejam bem-vindas, mas não nos deixemos seduzir pela arrogância que às vezes pode vir com a liberdade e a aventura.

Essa carta é o impulso que faltava para colocar em prática nossos planos. Caso você não tenha prestado atenção ao enredo das últimas cartas, o Cavaleiro apareceu, sob a escolta de Jorge da Capadócia para que você entre em ação. É isso que as cartas nos têm convocado a fazer, desde a primeira: colocar os planos em ação. É hora, Jorge sentou praça na cavalaria, o momento é perfeito.

O cavaleiro de paus aparece num vento forte, ele vem apressado, cavalgando muito rápido, levantando muita poeira. Ele ajuda a resolver o seu problema, coloca as coisas em movimento, encanta com sua capacidade de ação. Mas ele é um egoísta nato e coloca seu próprio bem-estar em primeiro lugar. Por isso ele vai embora assim que cansa ou vislumbra outras possibilidades de aventura. É bom aproveitar a companhia desse moço, enquanto ele ainda está, pois a paciência dele não é grande.

Carta 42

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

 São Jorge Rogai por Nós.

Tarô Vozes dos Santos

Um texto para a semana dos cavaleiros andantes

A vida não se interessa pelo bem nem pelo mal. Dom Quixote estava sempre escolhendo entre o bem e o mal, mas fazia essas escolhas no seu estado de sonho. Ele era maluco. Só entrava na realidade quando estava tão ocupado tentando lidar com as pessoas que não tinha tempo de distinguir entre o bem e o mal. Como as pessoas só existem na vida, precisam dedicar seu tempo apenas a estarem vivas. A vida é movimento, e o movimento está ligado àquilo que faz com que o homem se movimente — que é a ambição, o poder, o prazer. O tempo que um homem pode dedicar à moralidade, ele sempre o terá de arrancar à força do movimento do qual faz parte. Ele é compelido a fazer escolhas entre o bem e o mal, cedo ou tarde, porque a consciência moral exige isso dele, para que ele possa continuar a viver consigo mesmo no dia seguinte. Sua consciência moral é a maldição que ele tem de aceitar dos deuses, a fim de obter deles o direito de sonhar.

William Faulkner – Entrevista à Paris Review – A arte da ficção 12


Ler & Assistir em Capadócia

 Temos uma semana com dois cavaleiros. E aconteceu uma coisa engraçada. Eu não sorteei São Jorge, era muito óbvio que essa semana é dele, que ele nos protegeria, fosse como fosse. Um santo de tantas maneiras tão importante para nós, brasileiros, no seu próprio dia. Ogum que vence demandas e corta mazelas. Estava dado. Mas o tarô eu tirei, como toda semana. E às vezes é possível ver a dança do universo nessas coisas pequenas. Apareceu um cavaleiro que muitas vezes é associado com São Jorge.  É bem bonito né?

A arte sobre a cavalaria e sobre cavaleiros honrados e fascinantes e nem tanto, é grande, sobram referências e indicações. Tudo sobre a Idade Média tem a ver com os temas da semana. O imaginário da semana é medieval, precisamos urgentemente que os cavaleiros que venham nos ajudar.  

Eu adoraria poder indicar a moça que escreveu sobre o lado feminino das lendas arturianas, mas no caso dela é muito complicado separar autor e obra. Se bem que só esse comentário já é uma indicação. Enfim, novos tempos, para o bem e para o mal, é aqui que estamos. E eu me perdoei nessas indicações porque não há nada mais padrão do que a cavalaria. Aproveitemos o ocaso com as armas de Jorge. Ogum yê!


Livros

E O Vento Levou – Margaret Mitchell – Estranho, talvez? Acho que não. Faço essa indicação em primeiro lugar porque é um livro maravilhoso, e depois porque nada me tira da cabeça que Rhett Butler é o personagem mais cavaleiro de paus dentre todos os não tão óbvios. Ele veio, ajudou no que pode, tentou conquistar, colocou as coisas todas em movimento, amou, mas uma hora seu amor próprio falou mais alto. Eu poderia indicar o livro que conta somente a história deste personagem, O Clã de Rhett Butler, de Donald Mccaig, mas ainda não li. Então fica a dica de E o Vento Levou, para percebermos como atua na prática o Cavaleiro de Paus.

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E o Vento Levou é um clássico da literatura norte-americana, escrito por Margaret Mitchell e publicado em 1936. O livro conta a história de Scarlett O’Hara, uma jovem sulista que vive na fazenda Tara, na Geórgia, durante a Guerra Civil Americana e a Reconstrução. Scarlett é uma personagem complexa, que mistura traços de egoísmo, vaidade, coragem, determinação e amor. Ela se apaixona por Ashley Wilkes, um cavalheiro casado com sua prima Melanie, mas acaba se envolvendo com Rhett Butler, um aventureiro cínico e charmoso. O livro retrata as mudanças sociais, políticas e econômicas que afetaram o Sul dos Estados Unidos após a derrota na guerra, e como Scarlett luta para sobreviver e reconstruir sua vida. E o Vento Levou é uma obra épica, que combina romance, drama, história e crítica social. O livro foi adaptado para o cinema em 1939, em um filme homônimo que ganhou oito Oscars e se tornou um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos.

Hoje, em plenos anos 20, precisamos de olhos críticos para ler este livro, fruto de outra época.


O Cavaleiro Inexistente – Ítalo CalvinoAcho que Italo Calvino dispensa justificativas. É um livro que tem todo o clima da cavalaria, que é gostoso de ler, é curto e vai encher mais um pouco seu baú de referências.

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O Cavaleiro Inexistente, de Italo Calvino, é um livro que mistura humor, fantasia e crítica social. O protagonista é Agilulfo, um cavaleiro da corte de Carlos Magno que não existe: dentro da sua armadura branca e brilhante não há nada, apenas o vazio. Agilulfo é um exemplo de perfeição, honra e lealdade, mas também de rigidez e frieza. Ele vive em busca de uma identidade que nunca teve, e que tenta provar através de documentos e testemunhas. O livro faz parte da trilogia Nossos Antepassados, que reúne três histórias ambientadas na Idade Média, mas que refletem sobre questões universais e atemporais, como a natureza humana, a liberdade, a memória e a imaginação. Calvino usa como narradora uma freira que escreve a história de Agilulfo como uma penitência imposta pelo seu confessor.

O Cavaleiro Inexistente é uma obra divertida e inteligente, que brinca com os clichês dos romances de cavalaria e ao mesmo tempo questiona o sentido da existência e da realidade.


Documentário

Pixinguinha – Um Homem Carinhoso – 2021 Allan Fiterman e Denise Saraceni.Essa indicação é para mim mesma, que não vi ainda. Abro essa exceção de indicar o que não vi porque acho imprescindível que a gente conheça mais sobre nossos grandes, e Pixinguinha foi um dos maiores, e não tem muito material sobre ele por aí. Vou assistir, com a expressa recomendação do @tariqmusashi

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Pixinguinha, Um Homem Carinhoso é um filme biográfico brasileiro de 2021 dirigido por Allan Fiterman e Denise Saraceni a partir de um roteiro de Manuela Dias. Conta a vida e a obra do cantor Pixinguinha, considerado o pai da MPB, interpretado no filme por Seu Jorge e Dan Ferreira. O filme conta ainda com Taís Araújo, Milton Gonçalves, Agatha Moreira e Lílian Waleska no elenco. Vida e obra de Pixinguinha, pai da MPB, gênio incompreendido e muito à frente de seu tempo, só teve sua importância reconhecida muitos anos depois.


HQ

 

São Jorge – Danilo Beyruth. Uma HQ deliciosa, super bem desenha da e bem escrita, que conta de um jeito muito interessante toda a história de Jorge da Capadócia. Vale a leitura demais, é muito boa e informa muito bem sobre a vida desse santo tão presente no nosso imaginário.

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No terceiro século depois de Cristo, o soldado romano Jorge enfrenta os inimigos do império em Alexandria, enquanto uma rede de intrigas se forma no palácio do imperador para impedir sua ascensão. Isso leva a uma jornada épica que o colocará frente a frente com uma criatura monstruosa e o fará caminhar para se tornar uma lenda. Escrito e desenhado por Danilo Beyruth (Graphic MSP Astronauta, Corso), São Jorge mistura mito e pesquisa histórica para reconstruir a biografia do mártir cristão.


Filme

Lancelote do Lago – Robert Bresson – 1974Lancelot, personagem das lendas arturianas é outro cavaleiro de paus. Escolhi um filme sobre ele completamente diferente do que costumam ser os filmes de cavalaria. É um filme de Robert Bresson, correto do ponto de vista histórico e bastante direto e anti glamouroso, mostra uma idade média muito mais próxima do que deve realmente ter sido, sem grandiosidades, apenas a secura e feiura das guerras e da ganancia e soberba humanas.

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Á sua moda, Bresson trata aqui da busca espiritual do Graal. Lancelot, o cavaleiro da Távola Redonda coloca sua fidelidade ao rei Artur acima do amor que tem por Guinevere, a esposa do rei. “Antes de Bresson, nenhum cineasta tinha passado tão bem a realidade dessa época da história. Em sua busca pelo absoluto, ele fica nesta região fronteiriça da consciência em que a imaginação permite ao talento do artista se aproximar da perfeição”, escreveu o jornal France Soir, em 1974. Mais uma obra-prima do mestre francês Bresson.


Série

Templários – 2017 – History Channel – Indico a série Templários para uma imersão no universo dos cavaleiros, porque dizem que os templários que tornaram a cavalaria famosa. Para mergulhar um pouco no mundo e no ideário dos cavaleiros. 

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Knightfall é uma série de televisão histórica dramática que estreou em 2017. A série segue a Ordem dos Templários na França do século 14, no período que antecede a queda da ordem. A trama se concentra em torno do líder dos Templários, Landry de Lauzon, interpretado por Tom Cullen, que luta para proteger a ordem enquanto enfrenta inimigos internos e externos. A série é conhecida por sua reconstituição precisa da época, com atenção aos detalhes na ambientação, figurinos e cenários. Além disso, a série é marcada por cenas de ação intensas e bem coreografadas, com batalhas épicas e duelos de espadas que mantêm os espectadores entretidos.

Embora tenha sido elogiada por sua produção de alta qualidade e trama envolvente, a série recebeu algumas críticas por sua narrativa um tanto lenta e algumas inconsistências históricas. No entanto, os fãs da série apreciam sua fidelidade aos acontecimentos reais e a abordagem emocionante de um momento crucial na história europeia.

Knightfall teve duas temporadas com um total de 18 episódios e foi transmitida pela History Channel nos Estados Unidos e pela Netflix em outros países.


O Cavalo e o Cavaleiro

Pois ainda que pareça incrível, quando o homem chegou às portas do céu, São Pedro disse:

“- Não pode entrar!”

“- Como não posso entrar? Tenho folha corrida de bons antecedentes e tenho bons antecedentes mesmo.”

“- Sei – respondeu Saint Pierre – mas no céu ninguém entra sem cavalo.”

E o homem, não podendo argumentar com Saint Peter, voltou. No caminho encontrou um velho amigo e perguntou a ele aonde ia. Disse o amigo que ao céu. Ele lhe explicou então que, sem cavalo, “neca”. O amigo então sugeriu: “Olha aqui, San Pietro já está velho. Você fica de quatro, eu monto em você. Ele não percebe nada porque já está velho e míope e nós entramos no céu.” E assim fizeram. Na porta, o Santo olhou o nosso herói:

“Opa, você de novo? Ah, conseguiu cavalo, hem? Muito bem, amarre o cavalo aí fora e pode entrar.”

Millôr Fernandes – Fabulas Fabulosas

Rádio Relógio

– Curiosidade sobre os livros, no dia deles

  • O primeiro texto assinado no mundo foi escrito por uma mulher, Enheduana. Ela foi uma sacerdotisa e escritora suméria que viveu no século XXIV a.C. Enheduana compôs hinos religiosos dedicados à deusa Inana e ao deus Nana. Seus textos revelam sua visão pessoal sobre o mundo, sua fé e sua posição política.
  • Tsundoku é um termo japonês que se refere ao hábito de comprar livros, mas nunca chegar a lê-los, deixando-os acumulando-se em uma pilha de leitura. O termo é formado por duas palavras: “tsunde” que significa empilhar e “oku” que significa ler. É comum que os livros acumulados sejam deixados em um local específico da casa, como uma estante ou uma mesa, e que o proprietário tenha a intenção de lê-los eventualmente, mas que nunca encontre tempo ou disposição para fazê-lo. O hábito de tsundoku é comum em todo o mundo, não apenas no Japão.

23 de abril é o 113.º dia do ano no calendário gregoriano (114.º em anos bissextos). Faltam 252 dias para acabar o ano.

Quando a espada é curta, dá-se mais um passo…

Ditado Popular

Links

Cervantes e Shakespeare não morreram no mesmo dia *É tão difícil abrir mão de uma história tão mágica, não é?

Shakespeare e Cervantes, eis a questão

Quem foi Enheduanna


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meu dia.


© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Outono, graças aos céus.