eu quero que o tapete voe

Belo Horizonte, 28 de maio de 2023

🌤️ 15° – 26°


Um dia depois do aniversário do meu amado. Meu dia de anos. 28 de maio de 585 a.C. foi o dia do tradicional eclipse previsto por Tales de Mileto. É o dia considerado como o da fundação da Filosofia Ocidental. Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Dia do Brincar. Neste dia, em 1871 terminou a Comuna de Paris com 147 dos seus dirigentes fuzilados no muro do Cemitério do Père-Lachaise. Em 1779 nascia Thomas Moore, em 1908 Ian Fleming, em 1921 Celso Luft. Em 1923 chegava José Craveirinha, o poeta maior de Moçambique, em 1931 Waldir Silva, outro poeta incomparável. Em 1942 veio ao mundo Cecil Thire. João do Pulo (1954) nasceu e morreu neste mesmo dia, quase. E em 1972, exatamente um ano depois de mim, chegou a belíssima Chiara Mastroiani. Em 1849, neste dia, nos deixou a maravilhosa Anne Brontë.


Para, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!…
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!…

Álvaro de Campos

Fernando Pessoa – Poesia Completa de Álvaro de Campos – Cia. Das Letras


Autobiografia

“Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto. Isto por parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.

Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato… A seguir, fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros. Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: seu irmão. E a partir de cada nascimento, eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terra natal em termos de Pátria e de opção.

Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique. A opção por causa do meu pai branco e da minha mãe preta.

Nasci ainda outra vez no jornal O Brado Africano. No mesmo em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa. Muito desporto marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota, sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso. Talvez por causa do meu pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da Pátria. Por parte de minha mãe, só resignação. Uma luta incessante comigo próprio. Autodidacta.

Minha grande aventura: ser pai. Depois, eu casado. Mas casado quando quis. E como quis. Escrever poemas, o meu refúgio, o meu País também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse País, muitas vezes, altas horas a noite.” 

Entrevista de José Craveirinha em Antologia da nova poesia Moçambicana 

Em 1949, aos 16 anos, escrevia Susan Sontag em seu diário:

28/05/49

FUI ACEITA EM CHICAGO COM UMA BOLSA DE 765 DÓLARES

A abriu o Tin Angel na noite passada e Harriet me convidou para ir lá. Até eu ficar embriagada, achei tudo muito deprimente — Harriet ficou logo alta e passou a noite toda histericamente gentil com todas as mulheres com quem tinha dormido no ano passado (e que agora ela detestava): todas pareciam ter se reunido lá… A antiga namorada de Mary também estava, com um ar muito chateado… B e A ficaram muito embriagados, é claro, e quebraram uma janela… Posso imaginar o que devem estar falando nesta manhã!… depois de um milhão de outras pessoas, Harriet ficou me acariciando, o que, para dizer de modo suave, foi muito divertido… Aí apareceu um pentelho (Harriet ficou berrando para o salão inteiro: “Ela tem só dezesseis — não é legal? E eu sou a primeira amante dela”), que quis me “salvar”… Harriet me empurrou para cima dele (“Vá ter um pouco de experiência heterossexual, Sue”) e antes que eu percebesse, nós estávamos dançando, nos acariciando… [Na margem, ss anota: “Tim Young”.] Ele me disse uma coisa muito bonita que, eu acho, era sincera, mas quando me perguntou se eu acreditava em Deus, eu devia ter cuspido nos olhos dele… Mas não fiz nada disso, azar, dei para ele o meu telefone — era o único jeito de ele me deixar em paz — e voltei para a frente [do bar]. 

[Numa página em branco no meio deste relato, ss escreve: “Ler Moll Flanders”.]

Susan Sontag – Diários (1947-1963) – Cia das Letras


 

Oráculo da Semana

Eu não queria tirar uma carta para esse 28 de maio. É meu aniversário e a vibração do que saísse poderia ecoar por todo ano. Relutei bastante, e quando tirei não achei legal. Mas algum tempo passou e eu comecei a ver que sim, a mensagem da carta caberia num aniversário. E ainda bem, é uma carta de copas, o que quase sempre é alvissareiro. Aí resolvi acolher logo esse bonito Rei de Copas. Essa carta nos apresenta um rei com bastante controle emocional, com muita maturidade. Ainda não chega a ser uma sabedoria plena, mas é uma maturidade considerável. E é disso que ele vai falar.

Mas o quer de nós o Rei de Copas? Como podemos refletir sobre a maturidade emocional que ele representa? Uma resposta possível seria através do autoconhecimento, do amor-próprio e da empatia. O Rei de Corações sabe bem sobre os seus sentimentos e os sentimentos dos outros. Ele sabe o que o motiva, o que o alegra, o que o entristece, o que o irrita. Ele não nega suas emoções, mas as aceita e as expressa de forma saudável. O rei de copas sabe, como diz Alain de Bottom que:

“a pessoa emocionalmente inteligente sabe que só será mentalmente saudável em algumas áreas e em alguns momentos, mas está empenhada em compreender suas inadequações e alertar os outros a tempo, com desculpas e charme.”

Para desenvolver o autoconhecimento, precisamos nos observar com honestidade e curiosidade. É sempre tempo de nos perguntarmos: O que eu sinto? Por que eu sinto isso? Como eu posso lidar com isso? Precisamos sobretudo sermos compassivos a nosso respeito. Acho que no meu dia de anos esse conselho soa muito bem, pois esse arcano se ama e se respeita. Ele não se compara nem se inferioriza, sabe o que tem de único e especial, e valoriza qualidades e talentos. Ele também cuida bem de si mesmo, da sua integridade física, mental e espiritual. Para desenvolver o amor-próprio, precisamos nos tratar com carinho e gentileza, como trataríamos um amigo querido. Precisamos nos elogiar, nos perdoar, nos gratificar, nos honrar, pelo menos algumas vezes. Mas em momento algum isso significa auto indulgência, ou um sentimento de auto importância exagerado.

O Rei de Copas também sabe se colocar no lugar dos outros. Ele entende e respeita os sentimentos alheios, mesmo que sejam diferentes dos seus. Ele acolhe e apoia, ele sabe se comunicar sem agredir nem se submeter. Ele expressa as suas opiniões e necessidades com firmeza e delicadeza, e escuta as dos outros com atenção e interesse. Esse é um tema muito, muito clichê, que enche várias páginas de autoajuda. Mas nem por isso é falso. E eu acho que ele não envelhece, e talvez seja por isso que ele apareceu no meu aniversário. E por mais que me desagrade escrever sobre ele, alguma lição boa terá que aparecer desse arcano.

O Rei de Copas incita a pensar sobre a maturidade emocional, que é base para uma vida harmoniosa. Ele nos mostra que podemos ser sensíveis e fortes ao mesmo tempo, que podemos ser gentis e firmes, amorosos e sábios. Ele ensina que as emoções também são fonte de riqueza e beleza.

Em tempos como os nossos, que não ajudam em nada a saúde mental, talvez seja sim um assunto relevante, pois estamos todos meio enlouquecidos, descontrolados e cercados de pessoas na mesma condição. Nesta semana vamos só pensar um pouco sobre isso, olhar para vida e tentar enxergar o quanto esse mundo louco, essa vida em sociedade que muitas vezes não faz sentido nenhum, estão prejudicando nossa  sanidade e nosso caminho rumo a um estado de mais equilíbrio.

Maturidade não é algo que venha de repente, que possamos forçar nem nada disso, sabemos todos desta obviedade. Como disse o filósofo David Whyte:

“A maturidade não é um ponto de chegada estático, onde a vida é vista de um oásis de sabedoria calmo e intocado, mas uma fronteira elementar viva entre o que aconteceu, o que está acontecendo agora e as consequências desse passado e presente; primeiro imaginado e depois vivido no futuro que espera”.

E eu penso que maturidade também depende muito das nossas condições materiais. Talvez seja mais fácil amadurecer numa aldeia Zo’é do que na periferia de Belo Horizonte. Mas por ora vamos apenas pensar sobre o nosso próprio caminho de amadurecimento e o que fazemos e faremos para amadurecer, ou se queremos isso mesmo, talvez esse caminho de maturidade não seja o nosso ¯\_(ツ)_/¯. Talvez não seja interessante sermos curados. Somente refletir sobre isso é o bastante como tarefa.

O Rei de Copas está anunciando outras coisas boas e concretas na semana. Vai trazer ótimas notícias (é a missão do naipe de copas, quase sempre anunciar boas novas), vai dar bons conselhos e talvez trazer a companhia ou intervenção de uma pessoa sábia. Com a proteção do Rei de Copas podemos ficar mais livres para essas reflexões menos práticas 😊.

Enquanto isso, um beijo, seja legal mano velho.

Boa semana.

 

O Rei de Copas é a figura máxima do naipe de copas e representa a autoridade, a sabedoria e o amor. Ele é geralmente retratado como um homem maduro, com uma expressão serena e um ar de compaixão. Ele usa uma coroa e está sentado em um trono, rodeado por água e vegetação exuberante. A água que cerca o rei de copas simboliza as emoções e a intuição. O rei de copas é conhecido por ser um líder compassivo e amoroso, que governa com o coração em vez da cabeça. Ele é um mestre em lidar com as emoções e sabe como ajudar os outros a lidar com seus próprios sentimentos.

Quando o Rei de Copas aparece em uma leitura de tarô, ele pode indicar que você precisa seguir seu coração e confiar em sua intuição. Ele pode estar lhe dizendo para ser mais compassivo consigo mesmo e com os outros, ou para buscar ajuda emocional se necessário. El Rey de Corazones também pode representar um mentor ou uma figura paterna amorosa em sua vida. Ele pode estar lhe dizendo para procurar aconselhamento ou orientação de alguém que você respeita e admira. No entanto, o Rei de Copas também tem um lado negativo. Ele pode ser excessivamente emocional e sensível, ou pode ser manipulador e controlador. Se você está lidando com alguém que se encaixa nesse perfil, essa carta pode estar lhe dizendo para tomar cuidado e estabelecer limites saudáveis. O arcano representa a autoridade, a sabedoria e o amor, mas também pede para que exercitemos nosso autocontrole. Se você está enfrentando desafios emocionais ou precisa de orientação em sua vida, o Rei de Copas pode ser uma fonte valiosa de inspiração e orientação. Siga seu coração e confie em sua intuição.


 


Para ler enquanto a grama cresce

Tenho certeza de que já lhe disseram que este é o melhor momento da sua vida. Talvez seja. Mas se realmente este é o melhor momento da sua vida, se você já viveu ou está vivendo agora, nesta idade, os melhores anos, ou se os próximos se mostrarem os melhores, então você tem as minhas condolências. Porque você vai querer permanecer aqui, preso nesses chamados melhores anos, sem amadurecer, desejando apenas parecer, sentir e ser o adolescente ao qual indústrias inteiras estão se dedicando a forçá-lo ser.
Mais uma peça incrível de roupa, mais um gadget elaborado, a última dieta realmente perfeita, a droga inofensiva mas necessária, a cirurgia eletiva definitiva, o cosmético milagroso – tudo projetado para manter a passividade. Enquanto as crianças são erotizadas para se tornarem adultos, os adultos são exotizados para serem sempre jovens. Eu sei que mesmo disfarçada, a felicidade é o verdadeiro alvo de seus esforços, de suas escolhas amorosas, da profissão que você vai escolher. Você merece e quero que você a alcance, todos deveriam conseguir. Mas se isso é tudo o que você está desejando, então você tem minha compaixão, e se estes são realmente os melhores anos da sua vida, eu lamento, porque não há nada mais satisfatório, mais gratificante do que a verdadeira vida adulta, acredite em mim. A vida adulta que está diante de você. O processo de se tornar um adulto não é inevitável. É uma conquista de beleza árdua, de alcance glorioso, da qual as forças comerciais e o vazio cultural não deveriam privá-lo.

Toni Morrison – Discurso de formatura do Wellesley College

Ler & Ver & Ouvir no meio do caminho

Livro

As Cinzas de Ângela – Frank McCourt. Indico esse livro porque é uma jornada de amadurecimento muito bonita. Eu li já faz muito tempo, mas achei muito bom. Acho que o caminho do protagonista reflete bem a lição do Rei de Copas, o que ele pediu nesta semana.


O livro As Cinzas de Angela, escrito por Frank McCourt, é uma obra que retrata a vida de um menino irlandês que cresceu em condições extremamente precárias durante a década de 30. A história é contada através dos olhos de McCourt, que nos leva a uma viagem emocionante pelos seus primeiros anos de vida. O livro começa com a chegada da família McCourt em Nova York, vindos da Irlanda. A família é composta pelo pai, a mãe e os filhos, incluindo o pequeno Frank. A vida em Nova York não é fácil, e a família enfrenta inúmeras dificuldades, incluindo falta de dinheiro, fome e doenças. Frank é um personagem cativante, que nos conquista com sua inocência e sua determinação em superar as adversidades, mesmo com tanto preconceito e discriminação. McCourt nos mostra como a vida dos imigrantes era difícil nos Estados Unidos na década de 30, e como eles eram vistos com desconfiança pela sociedade americana. Frank McCourt mostra como a leitura e a escrita foram fundamentais para sua formação como pessoa e como escritor. A escrita de McCourt é simples, mas ao mesmo tempo poética e envolvente. O autor consegue transmitir com maestria as emoções e os sentimentos dos personagens, nos fazendo sentir parte da história.


Música

Waldir Silva – Qualquer seleção, mas pode começar por esse aí da foto.  Ouçam porque é um dos nossos grandes, e a música é uma delícia, mesmo que soe um pouco antiquada. Mas é só impressão, nada com esse nível de excelência envelhece realmente. 


Waldir Silva foi um compositor e instrumentista brasileiro, mestre de cavaquinho e autor do choro Telegrama musical. Tocou em diversos bailes por todo o Brasil, acompanhado pelo seu conjunto e lançando seus discos. Uma de suas primeiras composições foi Telegrama musical, pela qual recebeu elogios do presidente Juscelino Kubitschek. No ano 2000, participou das comemorações do 500 anos do Brasil, com apresentação em Portugal.
Lançou 29 LPs e nove CDS, entre eles Tangos e Boleros, com o qual recebeu o Disco de Ouro da gravadora Movieplay. Em 2010 lançou o CD Os mais belos tangos e boleros. Apresentou-se no Projeto Pizindin – Choro no Palco, no Conservatório da UFMG, em Belo Horizonte, em grupo formado por Waldir Silva (cavaquinho), Zé Carlos (cavaquinho), Mozart Secundino (violão 6 cordas), Carlos Boechat (percussão), Agostinho Paolucci (violão 7 cordas) e Lúcia Bosco (voz). (Wikipedia)


Documentário

Powaqqatsi – 1988 – Godfrey Reggio – Pensei neste documentário, pois maturidade pressupõe tempo e tempo é transformação. E esse belíssimo documentário mostra isso. Esse documentário, juntamente com os outro dois que formam uma trilogia são sensacionais, todo mundo deveria assistir. 


Powaqqatsi – A Vida Em Transformação é um filme de 1988 dirigido por Godfrey Reggio, que faz parte da trilogia Qatsi, que também inclui Koyaanisqatsi e Naqoyqatsi. O filme é uma exploração poética e visual da vida moderna e da tecnologia, e como elas afetam a vida humana e o mundo natural. As do filme imagens são acompanhadas por uma trilha sonora hipnótica de Philip Glass, que se tornou uma marca registrada da trilogia Qatsi. À medida que o filme avança, ele se concentra cada vez mais na tforma como o mundo está se transformando. Vemos imagens de fábricas automatizadas, cidades altamente desenvolvidas e arranha-céus imponentes. O filme também explora a relação entre a tecnologia e a natureza, mostrando imagens de paisagens naturais contrastadas com as estruturas artificiais criadas pelo homem.

Uma das coisas mais impressionantes sobre Powaqqatsi é a forma como ele usa a cinematografia para criar uma experiência visualmente deslumbrante. As imagens são muitas vezes filmadas em câmera lenta, o que permite ao espectador apreciar cada detalhe e movimento. O uso de cores vibrantes e contrastes dramáticos também ajuda a criar uma sensação de beleza e intensidade. Além da cinematografia, a trilha sonora de Philip Glass é outro destaque do filme. A música é complexa e hipnótica, muitas vezes repetindo o mesmo padrão musical por longos períodos de tempo. Embora possa parecer monótono em alguns momentos, a música ajuda a criar uma sensação de meditação e contemplação, o que é adequado para o tema do filme. Em última análise, Powaqqatsi é um filme que desafia as expectativas do que um documentário pode ser. Ele não tem diálogo ou narração, mas ainda assim consegue transmitir uma mensagem poderosa sobre a vida moderna e a tecnologia. É um filme que exige paciência e atenção do espectador, mas aqueles que se entregam à experiência serão recompensados com uma jornada visualmente deslumbrante e profundamente contemplativa.


Filme

MIB – Homens de Preto – 1987 – Barry Sonnenfeld. Esse filme é indicação do @tariqmusashi, eu anda não vi (verguenza!). Ele diz que é um filme que trata do caminho rumo à maturidade do personagem J. Nas palavras dele: J (personagem do Will Smith) é muito imaturo, principalmente sobre os alienígenas, chegando, no começo do filme a não acreditar que eles existem, mas com o passar do filme e dos acontecimentos ele percebe, com ajuda de seu parceiro, mais experiente, K (personagem do Tommy Lee Jones), que precisa encarar a vida de uma forma mais séria, e que a realidade do mundo não é a que ele pensava. 


MIB – Homens de Preto é um filme de ficção científica e comédia lançado em 1997, dirigido por Barry Sonnenfeld e estrelado por Will Smith e Tommy Lee Jones. O filme conta a história de uma organização secreta que monitora e regula a atividade alienígena na Terra, e de dois agentes que precisam impedir uma invasão intergaláctica. O filme é baseado em uma série de quadrinhos de mesmo nome criada por Lowell Cunningham, mas tem várias diferenças em relação à obra original. Por exemplo, no filme os agentes usam ternos pretos e óculos escuros, enquanto nos quadrinhos eles usam roupas coloridas e variadas. Além disso, o filme tem um tom mais leve e humorístico, enquanto os quadrinhos são mais sombrios e violentos.

O filme foi um sucesso de crítica e público, recebendo elogios pela química entre os protagonistas, pelos efeitos especiais e pela trilha sonora. Também foi indicado a três Oscars, vencendo na categoria de melhor maquiagem. O filme gerou duas sequências, Homens de Preto II (2002) e Homens de Preto III (2012), além de um spin-off, MIB: Homens de Preto – Internacional (2019).  Homens de Preto é um filme divertido e criativo, que mistura elementos de ficção científica e comédia com muita eficiência. O filme fala também sobre diversidade e da tolerância, mostrando que nem todos os alienígenas são perigosos ou mal-intencionados, e que alguns até se adaptam à vida humana. O filme também faz uma crítica à burocracia e ao controle excessivo do governo, mostrando que os agentes da MIB têm que apagar a memória das pessoas que testemunham eventos sobrenaturais.


Série

Okupas – 2000 – Bruno Stagnaro, Esther Feldman. Indico essa série deliciosa, peculiar, super bem feita. Eu adorei, me surpreendeu muito, eu esperava outra coisa bem diferente. Ouvi falar dela num livro que eu estava lendo, o Aqui América Latina, da Josefina Ludmer e fiquei super curiosa. Depois apareceu disponível nos serviços de streaming e eu fui ver. Adorei. Foi filmada em 2000 mas é tão atual que parece que foi feita ontem. Recomendo demais, é uma das minhas séries preferidas da vida. Ela também tem tudo a ver com o tema da maturidade, dos jovens virando adultos, amadurecendo ou não. 


Okupas é uma série de TV argentina que foi exibida originalmente em 2000 e que retrata a vida de quatro jovens que ocupam uma casa abandonada em Buenos Aires. A série é considerada um clássico da televisão argentina e uma obra-prima do gênero drama urbano. Acompanha as aventuras e desventuras de Ricardo (Rodrigo de la Serna), um rapaz que acaba de perder o pai e que decide se mudar para uma casa vazia que pertencia a um parente distante. Lá, ele conhece Walter (Diego Alonso), um amigo de infância que trabalha como mecânico; El Pollo (Ariel Staltari), um jovem viciado em drogas que vive fugindo de seus problemas; e Chiqui (Franco Tirri), um adolescente rebelde que sonha em ser músico. Os quatro formam uma espécie de família improvisada e enfrentam juntos as dificuldades da vida na periferia da cidade, como a violência, a pobreza, o desemprego, o amor e a amizade. A série mostra com realismo e sensibilidade as angústias e esperanças de uma geração que busca seu lugar no mundo.

Okupas é uma série que se destaca pela qualidade do roteiro, da direção, da fotografia e das atuações. Foi escrita e dirigida por Bruno Stagnaro e  conta com a participação especial de atores renomados como Ricardo Darín, Gastón Pauls e Leticia Brédice. A série foi premiada com vários reconhecimentos, como o Martín Fierro de Oro, o prêmio mais importante da televisão argentina, e o prêmio Clarín de melhor série de tv. A série também foi exibida em vários países da América Latina e da Europa, recebendo elogios da crítica e do público.


Radio Relógio

  • Em 28 de Maio de 1971, junto com meu nascimento, os Bee Gees lançavam “How Can You Mend a Broken Heart”. Foi a primeira música da banda a alcançar o primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos.
  • A música mais tocada neste dia, nos Estados Unidos era Sugar Brown, dos Rolling Stones. Era uma sexta feira, o signo era gêmeos e vivíamos em uma ditadura.

Maturidade

O Sr. e a Sra. Amadeu
Participam a V. Exa.
O feliz nascimento
De sua filha
Gilberta.

Oswald de Andrade

Primeiro caderno do alumno de poesia – Oswald de Andrade – Cia das Letras

28 de maio é o 148.º dia do ano no calendário gregoriano (149.º em anos bissextos). Faltam 217 dias para acabar o ano. 


Post com a colaboração de @tariqmusashi e @laismeralda


“A juventude é uma conquista da maturidade.”

Jean Cocteau

Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca de referências, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Outono, bem friozinho, graças aos céus.