trouxe um broche de ametista

Belo Horizonte, 30 de julho de 2023

☼ 16° – 25°


Dia 30 de julho está para o cinema do mesmo modo que 23 de abril está para a literatura. Neste dia, no fatídico 2007, partiram Antonioni e Bergman. E no mesmo dia, em 1960, nasceram Richard Linklater e Christopher Nolan. Em 1832 fracassa o golpe de Estado contra o Brasil, liderado por 3 padres meio lelés. Pela Onu, esse é o Dia da Amizade.  Em 1930 o Uruguai venceu a primeira Copa do Mundo de Futebol. Em 1980 Vanuatu se livra de ser colônia da França. Em 1889 nasceu Vladimir Kosma Zworykin, inventor da televisão. Em 1818 nasceu a maravilhosa Emily Brontë, em 1906 passarinhou Mario Quintana, em 1948 chegaram Jean Reno e Kate Bush, que cantou lindamente para Emily Brontë, Em 1949 nasceu Martinha, cantora querida do meu pai. Em 1961 estreou neste mundo o maravilhoso Lawrence Fishburne. 30 de julho de 1921 também foi o dia em que pela primeira vez a insulina foi extraída com sucesso e aplicada num experimento que revolucionaria o tratamento da diabetes mellitus. E talvez eu e meu pai só estejamos vivos por causa disso.


Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobro
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
— só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?

Adélia Prado

Em 30 de julho de 1915, Marina Tsvetáieva escrevia em uma carta para a irmã de seu marido Serioja:

Cara, cara Lílenka,

Acabei de abrir a janela e para minha surpresa – os pinheiros farfalham. Aqui, apesar de ser a província de Khárkov, é a própria Finlândia: os pinheiros, a areia, a charneca, o frescor, a tristeza.
À noite, quando já está escuro – uma terrível inquietação e angústia: sentamos junto a um lampião de querosene de estanho, os pinheiros farfalham, as notícias dos jornais não nos saem da cabeça além disso, há oito días que não sei onde Serioja está, escrevo-lhe sem saber se para Bielostok ou se para Moscou, sem esperança de a resposta chegar rapidamente.
Eu amo Serioja para toda a vida, ele é carne da minha carne, jamais o deixarei. Escrevo-lhe diariamente ou, pelo menos, a cada dois dias; ele conhece minha vida inteirinha, apenas esforço-me para não escrever coisas muito tristes. Tenho um peso eterno em meu coração. Com ele acordo, com ele adormeço.
Sônia me ama muito e eu a amo igualmente – nosso amor também é para sempre e não poderei deixá-la. O dilaceramento vem dos dias que se arrastam; o coração concilia tudo.
A alegria – simples – parece que não a conhecerei jamais, aliás, não é minha natureza. Mesmo a felicidade, não a conheço profundamente. Não sou capaz de fazer mal e não sou capaz de não fazê-lo…

Marina Tsvetáieva – Vivendo sob o fogo – Ed. Martins Fontes


O que nos navega

Dois de Espadas

Temos uma faixa infinitamente pequena de liberdade nesta vida. Os parâmetros do ser são muito estreitos. E quase sempre, mesmo nessa pequenez, ou por causa dela, é tão doloroso escolher. Nos apegamos à uma noção de liberdade, que pode nem sequer ser real. Há séculos, desde a fundação da filosofia os melhores cérebros da humanidade debatem esse tópico, a liberdade. Não há um consenso sobre se somos ou não de fato, livres. De todo modo, tenhamos ou não a grande liberdade, precisamos a todo momento na vida fazer escolhas. Vamos deixar momentaneamente para a filosofia ou para a psicanálise resolver se o que fazemos é escolher ou não. Em nosso pequeno cotidiano, o que experimentamos é que de fato parecemos estar fazendo escolhas.

Nesta semana mesmo, sob os auspícios do dois de espadas eu tive que fazer uma escolha difícil, e pior, fazer uma escolha difícil por outra pessoa que não eu. Se eu de fato escolhi ou não, pouco importou, doeu do mesmo jeito.

É disso que vem o dois de espadas falar. Das escolhas que precisamos fazer no cotidiano. E não de quaisquer escolhas, o dois de espadas fala das escolhas difíceis. Gostaria também de poupar vocês de passar por isso, mas não é possível. No pequeno caso pessoal que mencionei, nenhuma alternativa era confortável, e eu escolhi, e teve dor.

O Dois de espadas nem sempre traz dor, mas certamente traz um desconforto. Existe dor em escolher, porque escolher é sempre perder. Cada escolha, uma renúncia, isso é a vida.

André Gide tem uma passagem bonita sobre isso no seu livro Os Frutos da Terra. Diz ele:

Ah, poder escapar de mim mesmo! Saltaria por cima do constrangimento a que o respeito de mim me submeteu. Minha narina abre-se aos ventos. Ah, cortar as amarras, para a mais temerária aventura… E que isso não tivesse consequências amanhã.
Meu espírito tropeça nesta palavra: consequência. A consequência de nossos atos; a consequência consigo mesmo. Nada esperarei de mim senão uma continuação? Consequência; comprometimento; rota de antemão traçada. Não quero mais andar e sim saltar; num golpe decidido rechaçar, renegar meu passado; não estar mais adstrito a cumprir promessas: fiz promessas demais! Infiel, como te amaria, futuro!

O dois de espadas é sobre isso, sobre escolhas e consequências. É com isso que iremos nos deparar essa semana. Com a liberdade limitada de escolher. E como disse o incrível James Baldwin, nada é mais insuportável, uma vez obtido, que a liberdade.

A carta dois de espadas a representa um momento de escolhas difíceis, onde é necessário tomar uma decisão importante, que trará consequencias. A mensagem da carta dois de espadas é clara: toda escolha tem um preço. Às vezes, é necessário sacrificar algo para alcançar um objetivo maior. As escolhas difíceis fazem parte da vida e são inevitáveis. Elas podem ser relacionadas a diversos aspectos, como carreira, relacionamentos, saúde, finanças e o que mais pensarmos. O importante é saber que cada escolha regida pelo dois de espadas tem um impacto direto em nossa vida e que devemos estar preparados para lidar com as consequências. E seguindo o espírito do tempo, de uma positividade quase sufocante, talvez possamos dizer que essa carta também traz consigo uma mensagem positiva: toda escolha é uma oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal. É preciso estar atento às nossas emoções e pensamentos para tomar decisões conscientes e equilibradas. Como sempre o segredo parece ser conhecer-se o máximo possível.

O dois de espadas representa um momento de escolhas difíceis, mas também de oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal. Ela nos lembra de estar preparados para lidar com as consequências de nossas decisões. A importância das escolhas na vida reside em sua capacidade de refletir nossa pretensa liberdade, moldar nossa identidade, assumir a responsabilidade moral e influenciar nosso crescimento pessoal. É isso que o dois de espadas nos oferece, a capacidade de refletir sobre quem somos, o que valorizamos e como desejamos viver nossas vidas. Numa flor que tem espinhos, você pode se arranhar, se o bem e o mal existem, você pode escolher.

Escolham ter uma boa semana, se o destino assim permitir. 🙂

A carta de tarô dois de espadas representa a dualidade, o conflito interno e a necessidade de tomar decisões importantes. A imagem da carta mostra uma mulher vendada, segurando duas espadas cruzadas em frente ao peito. A posição das espadas sugere um impasse, uma situação em que é preciso escolher entre dois caminhos. A venda nos olhos da mulher simboliza a falta de clareza, a dificuldade em enxergar a situação com objetividade. Ela está presa em sua própria mente, tentando equilibrar suas emoções e pensamentos conflitantes. A dualidade da carta pode se referir a muitas coisas diferentes. Em geral, a carta sugere que é preciso tomar uma decisão importante, mas que há obstáculos ou incertezas no caminho. Em alguns casos, o dois de espadas pode indicar que é preciso deixar de lado as emoções e agir com lógica e racionalidade. Em outros casos, pode ser necessário confiar na intuição e seguir o coração. A carta pode sugerir que é preciso encontrar um equilíbrio entre esses dois aspectos da personalidade. O dois de espadas também pode ser interpretado como um convite para resolver conflitos internos. Ela pode sugerir que é preciso fazer uma pausa, refletir sobre os próprios sentimentos e pensamentos e tentar encontrar uma solução que seja verdadeira para si mesmo. A carta de tarô dois de espadas nos lembra que a vida é feita de escolhas e que nem sempre é fácil escolher o caminho certo.

Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.
Provérbios 19:21


Um texto que pode te escolher

VERSÕES
Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.
As, se apenas tivéssemos acertado aquele número (unzinho e eu ganhava a sena acumulada), topado aquele emprego, completado aquele curso, chegado antes, chegado depois, dito sim, dito não, ido para Londrina, casado com a Doralice, feito aquele teste…
Agora mesmo neste bar imaginário em que estou bebendo para esquecer o que não fiz — aliás, o nome do bar é Imaginário — sentou um cara do meu lado direito e se apresentou:
— Eu sou você, se tivesse feito aquele teste no Botafogo.
E ele tem mesmo a minha idade e a minha cara. E o mesmo desconsolo.
— Por quê? Sua vida não foi melhor do que a minha?
— Durante um certo tempo, foi. Cheguei a titular. Cheguei à seleção. Fiz um grande contrato. Levava uma grande vida. Até que um dia…
— Eu sei, eu sei… — disse alguém sentado ao lado dele.
Olhamos para o intrometido… Tinha a nossa idade e a nossa cara e não parecia mais feliz do que nós. Ele continuou:
— Você hesitou entre sair e não sair do gol. Não saiu, levou o único gol do jogo, caiu em desgraça, largou o futebol e foi ser um medíocre propagandista.
— Como é que você sabe?
— Eu sou você, se tivesse saído do gol. Não só peguei a bola como me mandei para o ataque com tanta perfeição que fizemos o gol da vitória. Fui considerado o herói do jogo. No jogo seguinte, hesitei entre me atirar nos pés de um atacante e não me atirar. Como era um herói, me atirei… Levei um chute na cabeça. Não pude ser mais nada. Nem propagandista. Ganho uma miséria do INSS e só faço isto: bebo e me queixo da vida. Se não tivesse ido nos pés do atacante…
— Ele chutaria para fora.
Quem falou foi o outro sósia nosso, ao lado dele, que em seguida se apresentou.
— Eu sou você se não tivesse ido naquela bola. Não faria diferença. Não seria gol. Minha carreira continuou. Fiquei cada vez mais famoso, e agora com fama de sortudo também. Fui vendido para o futebol europeu, por uma fábula. O primeiro goleiro brasileiro a ir jogar na Europa. Embarquei com festa no Rio…
— E o que aconteceu? — perguntamos os três em uníssono.
— Lembra aquele avião da Varig que caiu na chegada em Paris?
— Você…
— Morri com 28 anos.
Bem que tínhamos notado sua palidez.
— Pensando bem, foi melhor não fazer aquele teste no Botafogo…
— E ter levado o chute na cabeça…
— Foi melhor — continuou — ter ido fazer o concurso para o serviço público naquele dia. Ah, se eu tivesse passado…
— Você deve estar brincando.
Disse alguém sentado a minha esquerda. Tinha a minha cara, mas parecia mais velho e desanimado.
— Quem é você?
— Eu sou você, se tivesse entrado para o serviço público.
Vi que todas as banquetas do bar à esquerda dele estavam ocupadas por versões de mim no serviço público, uma mais desiludida do que a outra. As consequências de anos de decisões erradas, alianças fracassadas, pequenas traições, promoções negadas e frustração. Olhei em volta. Eu lotava o bar. Todas as mesas estavam ocupadas por minhas alternativas e nenhuma parecia estar contente. Comentei com o barman que, no fim, quem estava com o melhor aspecto, ali, era eu mesmo. O barman fez que sim com a cabeça, tristemente. Só então notei que ele também tinha a minha cara, só com mais rugas.
— Quem é você? — perguntei.
— Eu sou você, se tivesse casado com a Doralice.
— E…?
Ele não respondeu. Só fez um sinal, com o dedão virado para baixo.

Luis Fernando Veríssimo – Em Algum Lugar do Paraíso – Ed. Objetiva



A nova abolição,  pra trazer de volta a minha liberdade*

Essas indicações acabam sendo uma espécie de arteterapia leiga. Eu procuro falar sempre alguma obra que dialogue com os sentimentos e as dificuldades que o oráculo da semana traz. Gostaria de pensar que essas obras ajudam a aliviar mazelas e dificuldades que o tarô aponta. É esta a intenção. Quero acreditar que as indicações de hoje dialogam com os momentos em que precisamos fazer escolhas difíceis e complicados. Gostaria que fossem um alívio e uma distração para atravessar essas horas complicadas.  Escolham a diversão. 


Texto

🤢Hoje, excepcionalmente vou indicar um texto horroroso. Horrível. Mas que é já é um classico quando se fala de escolhas. É o famigerado editorial desse jornal apodrecido que é o estadão. Escrito logo antes das eleições de 2018 chamado Uma Escolha Muito Difícil. Um clássico da merda que é a elite desse país, um clássico da nojeira que é a imprensa nacional, em sua maioria. Um texto tão desonesto e sujo quanto a elite rançosa e podre desse país. Um texto que colaborou e coroou o que passamos nos ultimos quatro anos. Se não conhecem, leiam por sua conta e risco, ou não, talvez seja melhor se pouparem disso. É aviltante.


Livro

A Escolha de Sofia – William Styron. O clássico das escolhas difíceis. O livro que deu origem a expressão que significa a mais difícil das escolhas. A Escolha de Sofia – é um dos melhores livros de todos os tempos, um clássico da literatura. É bem escrito, é uma história ótima. Não há como recomendar mais. O filme também é sensacional, Meryl Streep está soberba, vale à pena demais ler o livro e ver o filme.


A Escolha de Sofia é um romance do escritor norte-americano William Styron, publicado em 1979, que narra a história de uma sobrevivente polonesa do Holocausto e seu relacionamento com um jovem escritor e um intelectual judeu em Nova York. O livro aborda as consequências psicológicas e morais de uma decisão terrível que Sofia teve que tomar em Auschwitz. O livro é narrado em primeira pessoa por Stingo, um aspirante a escritor que se muda para uma pensão no Brooklyn em 1947, onde conhece Sofia e Nathan, um casal que vive uma relação turbulenta e apaixonada. Stingo se torna amigo dos dois e se envolve em suas vidas. Ao mesmo tempo, Stingo se sente atraído por Sofia, que guarda um segredo doloroso sobre seu passado na Polônia ocupada pelos  nazistas. Ao longo do livro, Styron explora os sentimentos de Sophie e sua luta para lidar com a culpa e o trauma causados pela guerra.


Filme

Oldboy – Park Chan-wook – 2003. Existem vários outros filmes que têm uma escolha difícil como mote, mas esse é o último que vi com essa tema e é um perfeito expemplo de uma escolha muito difícil e suas consequências. É um filme que eu achei genial, ficou na minha cabeça por muito tempo. É um filme pesado, com temas delicados e bem polêmicos e talvez seja um filme forte demais para os dias de hoje. Mas é uma obra prima, e mesmo com vários momentos onde eu tive que virar o rosto, valeu demais assistir, recomendo muito. 


O filme Oldboy, dirigido por Park Chan-wook, é uma obra-prima do cinema sul-coreano que conquistou o mundo com sua trama intensa e imprevisível. Lançado em 2003, é baseado em um mangá japonês de mesmo nome e conta a história de Oh Dae-su, um homem que é sequestrado e mantido em cativeiro por 15 anos sem qualquer explicação. A trama começa quando Oh Dae-su é abduzido na rua e levado para um quarto de hotel onde fica preso por mais de uma década. Quando finalmente é libertado, ele começa uma busca implacável por vingança e por respostas para as perguntas que o atormentam, e precisa fazer uma escolha que terá um impacto em toda sua vida dali pra frente. A narrativa é repleta de reviravoltas e surpresas que mantêm o público em suspense até o desfecho final. Além disso, a atuação de Choi Min-sik, que interpreta Oh Dae-su, é simplesmente brilhante. Ele consegue transmitir todas as emoções do personagem de forma visceral, fazendo com que o espectador sinta empatia e compaixão pelo protagonista mesmo diante de suas ações mais extremas. Oldboy é uma reflexão sobre a natureza humana e sobre até onde somos capazes de ir para alcançar nossos objetivos.


Documentário

Ônibus 174 – José Padilha – 2002. Sim, é José Padilha, esse diretor que virou algo esquisito e meio nefasto. Mas antes disso ele dirigiu esse documentário que é uma das coisas mais sensíveis que já vi. É um documentário daqueles que fazem parte do que eu chamo A Arte Que Me Criou. Porque esse documentário me criou como essa pessoa que sou. Apesar de ser desse cara, é um documentário maravilhoso, que retrata tantas escolhas, todas difíceis, péssimas, na maioria. E também nos leva à imensa indagação do tema principal de hoje. Será que existem escolhas mesmo? Escolhemos algo em algum momento? É um ótimo documentário pra pensar sobre isso. Está em algumas plataformas e em serviços alternativos também.


O documentário “Ônibus 174”, dirigido por José Padilha, retrata um dos episódios mais trágicos da história do Brasil. O filme narra a história do sequestro do ônibus da linha 174, ocorrido em 12 de junho de 2000, no Rio de Janeiro. Durante o sequestro, o criminoso Sandro do Nascimento manteve os passageiros como reféns por mais de quatro horas, culminando na morte de uma das vítimas e do próprio sequestrador. O documentário revela as más decisões tomadas pelas autoridades durante o sequestro, bem como as falhas estruturais do sistema de segurança pública brasileiro. Uma das principais críticas feitas pelo filme é a falta de preparo dos policiais que atuaram na negociação com o sequestrador. As imagens mostram que os policiais agiram de forma truculenta e despreparada, o que acabou por agravar a situação e colocar em risco a vida dos reféns. O filme mostra que Sandro do Nascimento era um jovem que cresceu em situação de vulnerabilidade social, sem acesso à educação e oportunidades de trabalho. A falta de perspectivas e a exposição à violência urbana levaram Sandro a cometer crimes e culminaram no trágico episódio do sequestro. Além disso, o documentário destaca a falta de integração entre as diferentes esferas do poder público no combate à violência. “Ônibus 174” é uma obra importante para entendermos as falhas do sistema de segurança pública brasileiro e as consequências da falta de investimento em políticas públicas de prevenção à violência, bem como para a importância da formação adequada dos agentes de segurança pública.


Série

Na verdade é um episódio de uma série.  Game of Thrones, 10º episódio da Quinta Temporada. Essa série também contém o mundo todo né, tem assunto para as 78 cartas do Tarô, existem arcos e episódios para o que quer que se pense. Mas nesse caso, a Laís lembrou de um episódio que fala de uma escolha muito difícil que a personagem Arya (uma das favoritas né, minha e de todo mundo) tem que tomar, quando está passando o tempo na Casa Preto e Branco . Aliás a história dessa permanência da Arya na casa Preto e Branco é uma das minhas partes favoritas no seriado. Se não viram ainda, é uma ótima oportunidade pra começar. Eu sinto uma invejinha secreta de quem ainda não viu e tem todos os episódios pela frente.


No décimo episódio da quinta temporada de Game of Thrones, intitulado “Mother’s Mercy”, a personagem Arya Stark faz uma escolha impactante que redefine seu caminho na história. Após testemunhar a morte de seu pai, Ned Stark, e passar por inúmeras provações e tragédias, Arya se torna uma das personagens mais determinadas e vingativas da série. Nesse episódio em particular, Arya está em Braavos, treinando com o grupo de assassinos conhecido como os Homens Sem Rosto. Ela está empenhada em se tornar um dos membros dessa ordem misteriosa e mortal. No entanto, ela é confrontada com uma escolha difícil. Arya descobre que Ser Meryn Trant, um dos homens responsáveis pela morte de seu mestre e amigo, Syrio Forel, está em Braavos. Ela decide que é hora de buscar vingança e acertar as contas com aqueles que causaram tanto sofrimento a ela e sua família. Decidida a matar Ser Meryn Trant, Arya assume uma identidade falsa ao se disfarçar como uma prostituta. Ela usa suas habilidades adquiridas durante o treinamento com os Homens Sem Rosto para se aproximar do cavaleiro desprezível. No momento crucial, Arya o cega antes de finalmente tirar sua vida. Esse ato brutal é um ponto de virada para a personagem, mas as consequências de suas ações não demoram a chegar. O Templo do Deus de Muitas Faces, descobre que Arya matou alguém que não era seu alvo designado. Arya sofre a punição, consequencia de sua escolha.


30 de julho é o 211.º dia do ano no calendário gregoriano (212.º em anos bissextos). Faltam 154 dias para acabar o ano.


“O homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.”

Jean Paul Sartre

Post com a colaboração de @laismeralda.  A melhor cartomante do pedaço, marque sua hora com ela.


Se você leu até aqui, obrigada! Esse é o meu almanaque particular. Um pedaço do meu diário, da minha arca da velha, um registro de pequenas efemérides, de coisas que quero guardar, do tempo, do vento, do céu e do cheiro da chuva. Os Vestígios do Dia, meus dias. Aqui só tem referências, pois é disso que sou feita.

© Nalua – Caderninho pessoal, bauzinho de trapos coloridos, nos morros de Minas Gerais. Já no inverno, nem tão frio mais, que pena.

Esta é a 21ª de 78 páginas que terá este almanaque.